quarta-feira, 25 de novembro de 2009



FERVENDO:


Embora a F1 esteja em férias, as noticias continuam fervendo e, a toda hora, novas revelações, novas contratações e novas expectativas. A “bomba” da semana foi à entrada da Mercedes, adquirindo a Brawn. De quebra, Jenson Button deixou Ross Brawn e aliou-se a Ron Denis, indo para McLaren, equipe agora subsidiária da Mercedes. Button contrariou a lógica e explicou que não foi valorizado na Brawn, após a conquista do campeonato, principalmente, alegando que correu quase de graça em 2009, para o espólio da Honda. Questões financeiras, portanto.

FINANCEIRAS:

Por questões financeiras, também, Kimi Raikkonen ficará – provavelmente – fora da temporada de 2010. Acontece que ele tem uma multa contratual para receber da Ferrari, cujo valor é superior as ofertas recebidas pelos demais pretendentes (McLaren e Mercedes). Assim, é mais vantajoso para o finlandês ficar fora da temporada e receber a multa da Ferrari. Poderá mudar de idéia, somente se surgir uma proposta melhor.

LUGAR SONHADO:

Um dos lugares privilegiados e desejados para 2010 é a vaga da Mercedes. Nico Rosberg já está garantido, porém, não creio que seja o primeiro piloto da nova equipe. A Mercedes correu atrás de Raikkonen, fala-se em Robert Kubica, sonda-se Vettel (teria a multa com a Red Bull). Mas, o sonho seria Michael Schumacher. Certamente, a equipe tentará alguém top de linha para empurrar os seus motores. É o lugar dos sonhos dos pilotos e lugar que gera a maior expectativa.

APOSTAS:

As casas de apostas européias apresentam o favoritismo de Lewis Hamilton para o título de 2010. Seguem pela ordem de preferências dos apostadores: Fernando Alonso, Sebastian Vettel, Jenson Button. O brasileiro Felipe Massa aparece em quinto.

NOSSO KART:

Deixo as minhas felicitações a dois uruguaianenses que conquistaram resultados expressivos na final do gaúcho de kart, realizada em Passo Fundo, no último domingo: na categoria Pro-400, Light, a vitória foi de Diego Rossi Kleinubing. Na categoria Speed, Clecio Bortolazzo foi o terceiro. Cumprimentos do Bandeirada. O “The Doctor Rossi” tem uma carreira fulminante. Em seis meses de kart é campeão gaúcho.

URUGUAIANA, 25 DE NOVEMBRO DE 2009.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

ENTRESSAFRA:

Nesta época do ano, para a F1. São as férias das pistas, da equipe de trabalho. Porém, muita agitação nos bastidores, com a montagem das equipes. Neste ano, em especial, as novidades correm a uma velocidade maior do que os próprios carros. O troca-troca é constante, talvez, como nunca antes visto.
Além da entrada de várias novas equipes, mudanças entre motores e montadoras. Saíram: Toyota, BMW, como já tinha saído a Honda. Mas, saudou-se a chegada definitiva da Mercedes, que – nesta semana – comprou a Brawn.
Entre os pilotos, Glock conseguiu uma das vagas na novata Manor. A outra pode ser de Luca di Grassi, o brasileiro, que também espera pela Renault. Barrichello foi para a Williams, com o atual campeão da GP2, Nico Hulkeberg.
Mas, a mais bombástica noticia da entressafra é a contratação de Jenson Button pela McLaren. Os ingleses terão dois campeões e continuarão exibindo o número UM em seus carros. Por esta, ninguém esperava.

MERCEDES:

A Mercedes revive as “flechas-de-prata” adquirindo a Brawn. Terá Nico Rosberg e busca um piloto de ponta para o primeiro carro. Principalmente, depois de perder Button para a McLaren. Fala-se até na busca de Michael Schumacher, o que seria um investimento de muitos milhões de euros. Mais fácil, mais econômico e mais recomendável é trazer o finlandês Kimi Raikkonen.

MOTOR:

Como já mencionei, Barrichello vai para a Williams. Dependerá da força do motor (novíssimo) Cosworth. É bom lembrar que enquanto todos os motores estão “gelados” em seu desenvolvimento, a velha nova marca continua desenvolvendo o seu propulsor. Isto, pode constituir vantagem. As informações são que o motor é bom, durável, mas beberrão.

OS OUTROS:

Felipe Massa terá a incomoda concorrência de Fernando Alonso na Ferrari. Bruno Senna estará na Campos, mas ainda não anunciado o seu companheiro. Di Grassi pode ser da Manor ou da Renault. Até Nelson Ângelo Piquet poderá arrumar um lugar na Force Índia. Esperemos, então.

URUGUAIANA, 18 DE NOVEMBRO DE 2009.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009




OS TOPS DEZ:

Na semana passada apresentei a minha lista dos dez melhores da temporada da F1. Sempre a primeira lista publicada. Pois hoje, justifico a escolha:

1º) ROSS BRAWN: pela primeira vez, o lugar principal não ficou com um piloto. Porém, a escolha é plenamente justificada, já que Ross Brawn entrou na temporada com o espólio da Honda, equipe que nos últimos anos vinha de fiascos, ocupando as últimas posições. Criou o revolucionário difusor duplo, que acabou decidindo o campeonato para seu time e seu piloto. Acreditou em dois pilotos que, também, não vinham tendo destaques: Jenson Button e Rubens Barrichello. O carro fez ambos ocuparem as principais posições durante toda a temporada. Por Brawn ter feito o carro e feito seus pilotos vencedores, se tornou mais importante personagem da temporada.

2º) ADRIAN NEWEY: De igual forma, o “mago” da engenharia da F1, conseguiu fazer da Red Bull, com o fraco motor na Renault, uma equipe vencedora. Equilibrou um campeonato que parecia ser todo da Brawn.

3º) JENSON BUTTON: pelas seis vitórias e o título aproveitando-se de ter o melhor carro da primeira metade do campeonato.

4º) SEBASTIAN VETTEL: saiu atrás na disputa pelos erros cometidos no inicio da temporada. Inclusive, desperdiçou pontos importantes como no GP da Austrália (bateu com Kubica). Mas, na segunda metade abalou o domínio da Brawn. Conseguiu vitórias importantes.

5º) LEWIS HAMILTON: literalmente, carregou o McLaren nas costas. Por isto, merece o quinto lugar.

6º) RUBENS BARRICHELLO: de mérito as duas vitórias na temporada e 100ª do Brasil na categoria. Consolidou a fama de segundo piloto. Mesmo com o carro mais eficiente da temporada, não conseguiu chegar ao vice-campeonato.

7º) MARK WEBER: duas vitorias, suas primeiras na categoria. Em certo momento, chegou a assustar o prestigio de Vettel na Red Bull. Mas, depois, voltou a sua realidade.

8º) NICO ROSBERG: leão de treino. Foi o destaque das sextas-feiras em quase todos os GPS. Além disto, conseguiu conduzir bem a fraca Williams em vários GPS. De quebra, parece ter conseguido um time de primeira linha para 2010.

9º) KIMI RAIKKONEN: da mesma forma que Lewis Hamilton carregou a McLaren, Kimi carregou a Ferrari. Principalmente, depois do acidente de Felipe Massa. Provavelmente, não estará nas pistas em 2010. O que é lamentável, pois trata-se de um ex-campeão.

10º) SEBASTIAN BUEMI: confesso que fiquei entre o suíço e o alemão Timo Glock. Mas, acabei escolhendo Buemi, pois pilotou uma das carroças da F1. Ao que parece, tem talento para progredir.

Bom pessoal! Aceito criticas. E elogios, também, é claro! Pensem na lista de vocês e mandem seus comentários. (vmmaia@uol.com.br)


URUGUAIANA, 11 DE NOVEMBRO DE 2009.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009



TEMORES:

Se o meu leitor verificar nos textos anteriores (www.blogbandeirada.blogspot.com) poderão verificar a minha insistência em mencionar que a Toyotta não estava garantida na F1 em 2010. Dito e feito! Os japoneses, alegando a crise, desistiram. Abandonaram a F1. Acertei na mosca, infelizmente! Acertei, mas lamento profundamente. É mais uma montadora que sai. Por enquanto, são três desistentes (Honda, BMW e Toyotta). Mais temores em relação ao futuro da própria F1. A Renault manifesta a vontade de seguir o mesmo caminho. A Bridgestone anunciou que em 2011, não mais fornecerá seus pneus. Sequer alguma fornecedora se dispôs a investir na F1. A situação é grave! Temerosa para o futuro da principal categoria do automobilismo mundial. Nunca vi situação igual.

DESCOMPROMETIMENTO:

A palavra chave da nova crise da F1 é o descomprometimento. As montadoras chegaram tomaram conta da categoria. Impuseram regras, acabaram com os velhos garagistas. Porém, nunca assumiram o compromisso com a categoria. Nos primeiros insucessos, desagrados ou crise, levando seu acampamento e vão “cantar” em outra freguesia.

FIM:

Domingo tivemos a última etapa do conturbado ano de 2009. Vitória e vice-campeonato para Sebastian Vettel. Sobrou o terceiro lugar para Rubens Barrichello. Corrida agora só em 14 de março de 2010. Com uma nova F1. Com novas equipes, novas regras, novos pilotos.


AS TRÊS:

As novas pistas de rua da F1 não aprovaram. Valência, Cingapura e Abu Dahbi (esta um misto de circuito e rua). As três corridas mais chatas da temporada. Simplesmente, horrível. Salva-se em tudo o belíssimo visual. Todos tentando imitar o charme e o glamour de Monte Carlo. Mas, não sei se para a F1 é interessante.

OS MELHORES:

Sempre a coluna BANDEIRADA é a primeira a fazer sua seleção dos melhores da temporada. Este ano, inovei. O melhor não foi piloto. A lista segue. A justificativa de cada um dos selecionados farei na próxima semana. Vocês fiquem a vontade para concordar, opinar e discordar. Via lá a lista:

1º) Ross Brawn; 2º) Andrian Newey; 3º) Jenson Button; 4º) Sebastian Vettel; 5º) Lewis Hamilton; 6º) Rubens Barrichello; 7°) Mark Weber; 8º) Nico Rosberg; 9º) Kimi Raikkonen; 10º) Sebastian Buemi.
URUGUAIANA, 04 DE NOVEMBRO DE 2009.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009



RUA:

Mais uma prova em pista de rua. Agora, a última da temporada, ocorre em Abu Dhabi. Ao exemplo de Valência, uma tentativa de uma “nova” Monte Carlo. Ninguém conhece a pista, ainda. Tem duas grandes retas e trechos mistos. E o privilégio de ser a última corrida do calendário. As equipes chegam lá descomprometidas, já que os dois principais resultados são conhecidos: Jenson Button é o novo campeão, e a Brawn GP a vencedora entre os construtores. A prova vale para os pilotos que não renovaram contrato, mostrarem serviço. É a última chance de arrumar um lugar para 2010.

AS TROCAS:

Aumentam a cada dia as informações sobre as trocas de equipes e pilotos para 2010. Tem até campeão sem emprego: Kimi Raikkonen. Definida entre as grandes somente a Ferrari que vai de Fernando Alonso e Felipe Massa. A McLaren ainda tem dúvida de quem será o companheiro de Lewis Hamilton. A Brawn provavelmente terá o campeão Jenson Button e o apoio fortíssimo da Mercedes. Há muitas vagas disponíveis, principalmente, nas novas equipes que não definiram seus pilotos.

PACTOS:

Se existe um pacto pouco democrático, este é o da “concórdia” que domina na F1. Cada alteração ou decisão terá que ter unanimidade. Falo nisto, pois é incompreensível que não seja liberada a participação da Sauber, no espólio da BMW, em 2010. Tudo porque Frank Williams velou. O veto sozinho de uma equipe pode atrapalhar um bom projeto. Atitude pouco aceitável numa categoria que perdeu muito prestigia com seus escândalos, o abandono de montadoras e mudanças constantes de regulamento.

AMEAÇAS;

Enquanto a Williams veta a Sauber, a Renault dá mostras de que ficará somente fornecendo motores. Quer sair da F1. Sair como saíram: Honda e BWM. Como a Toyotta sairá...

URUGUAIANA, 28 DE OUTUBRO DE 2009.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

DOUTRINAÇÃO GLOBAL:

Muitas pessoas que conheço deixaram de acompanhar automobilismo, quando da morte do Ayrton Senna, em maio de 1994. Não estavam ali, portanto, por gostarem de corridas de carro. Mas, pelo sentimento de “patriotismo” criado e elevado pela força da grande mídia nacional.
Era uma época em que o futebol estava em baixa e o “automobilismo” - com os títulos e as vitórias de Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet e Ayrton Senna – passou a gerar um grande interesse financeiro para a “grande” mídia.
Deste trio de ouro do nosso automobilismo, quem melhor se adaptou as exigências globais foi justamente Ayrton Senna. Virou um ídolo, quase que intocável, até hoje; principalmente, perante aquelas pessoas que acompanhavam o automobilismo por ocasião de termos um brasileiro vencendo. Insisto: pessoas que nada sabiam e nada sabem sobre esporte a motor.
Após este período, veio o mais grave! A “grande mídia” que praticamente doutrinou o “torcedor” brasileiro, incutindo os efeitos de Ayrton Senna, para não perder a gorda fatia de seus patrocinadores, passou a buscar um substituto. Um novo ídolo. Um novo herói para o automobilismo global.
Nosso último título correu em 1991. De lá para cá, a busca de um novo herói é constante. O primeiro deles foi Rubens Barrichello. Depois Felipe Massa. Nenhum deles atingiu o objetivo esperado, muito embora, as tentativas quase que desesperadas da grande mídia de fazê-los campeões. Muitas vezes, criando teorias conspiratórias como forma de proteção aos nossos pilotos.
No último sábado, após a conquista da “pole position”, por Rubens Barrichello, mais uma vez, o país foi contaminado por uma propaganda e uma euforia de que somos os melhores do mundo no automobilismo.
No domingo, veio à cruel e verdadeira verdade... Não se forja ídolos.

URUGUAIANA, 21 DE OUTUBRO DE 2009.



ABÓBORA:

A abóbora virou definitivamente uma carruagem. A gata borralheira saiu às pressas, quase ao apagar das luzes, do início da temporada da F1. Fez um novo campeão: Jenson Button. Fez um novo campeão de construtores: Brawn GP. De quebra, ainda conseguiu oito vitórias em 2009, metade das possíveis. Ninguém, em sã consciência, acreditaria neste feito. Nunca uma equipe novíssima tinha chegado à principal categoria do automobilismo mundial e surpreendido tanto.
Pouco dinheiro, muita criatividade, ótimos engenheiros e bons pilotos. E um estrategista. Segredos da vitória, dos títulos. Da surpresa.

HARAKIRI:

A Honda passou vários anos na F1. Investiu, sem limites. Nunca chegou perto do objetivo traçado. Veio a crise e uma saída “estratégica”. Uma desculpa para o seu fracasso. Deixou a espólio, quase na bancarrota. A abóbora transformou-se em carruagem. O que era para ser da Honda, foi para a Brawn. Hoje, aqueles que não acreditaram no projeto devem estar pensando no harakiri...

RECEITA:

A receita da Brawn GP para conquistar os dois títulos: duplo difusor traseiro. Foi o que desequilibrou a temporada até a sua metade. Oportunidade em que, tanto a equipe, como seu piloto abriram grande vantagem na tabela. Até os outros descobrirem o segredo.

CRIATIVIDADE:

O duplo difusor, decisivo na temporada, foi à arma da Brawn. Da prancheta de Adrian Newey surgiu o concorrente maior: Red Bull. As grandes favoritas ficaram para trás: Ferrari, McLaren, BMW e Renault. O mais incrível disto é que, Brawn e Red Bull, correram com motores Mercedes e Renault, respectivamente, e conquistaram mais destaques do que as equipes oficiais. Prova cabal da importância de um bom projeto. Da criatividade.

MALDADE:

Dizia o Barão de Itararé: “De onde menos se espera, daí é que não sai nada.” . Vocês sabem bem ao que me refiro...



URUGUAIANA, 21 DE OUTUBRO DE 2009.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

ÁGUAS DE MARÇO:

O GP Brasil era realizado no início da temporada da F1. As equipes ainda se aprontando para enfrentar o campeonato. As águas de março quase sempre eram despejadas sobre o nosso GP. A manutenção no calendário obrigou a mudança para o final, outubro/novembro, quando chove menos. Ganhamos o privilégio de decidir os últimos quatro campeonatos. De revelar novos campeões da F1, aqui, em Interlagos. Neste domingo, a prova não será tão decisiva como as dos últimos anos, porém, temos a chance de coroar o primeiro título de Jenson Button, embora a torcida brasileira deva “secar” o inglês, já que ainda tem chances na tabela o piloto da casa, Rubens Barrichello. Se decidido o título aqui empataremos com o Japão, lugar predestinado a formar campeões na F1.

CHANCES:

Para Jenson Button conquistar seu primeiro título basta-lhe subir ao podium. Em qualquer posição. Independentemente dos seus adversários: Barrichello e Vettel. Porém, a tarefa não será das mais fáceis, já que – na última parte do campeonato – o inglês não anda conseguindo mais do que um sexto lugar. Porém, é fundamental para os pretendentes a vitória. Nada mais interessa para Barrichello e Vettel.

MOMENTO:

No atual momento, quem tem mais chances de conquistar a vitória entre os pretendentes ao título é Sebastian Vettel. Vem de vitória no Japão, através um ótimo momento no campeonato e pode dificultar as coisas para a dupla da Brawn GP. Porém, todos eles terão adversários fortíssimos para a vitória no GP Brasil. Entre eles: Lewis Hamilton e Kiki Raikkonen.

UM:

O número UM é importante na F1. Principalmente, como estratégia de marketing. Para a Brawn GP é importante carregar em 2010, sua segunda temporada, o numero um e o campeão. Assim, se Rubens Barrichello realmente assinou com a Williams, certamente, não terá mais chances em 2009. É a lógica. Levo em conta que a Brawn ainda não tem um patrocinador forte para 2010 e as questões financeiras atrapalharam o desenvolvimento até em 2009, imaginem em 2010, sem dinheiro. Portanto, ter o campeão e o número UM pode significar vantagem na negociação de um grande patrocinador.

HABITAT:

Chuva, barro, falta de energia elétrica, não tiraram o brilho da última etapa do Kart Oeste. Ótimos pegas, bom público, novos campeões. Na foto, apareço no meu “habitat natural”.

URUGUAIANA, 14 DE OUTUBRO DE 2009.


FINAL DO KART – 2009

A festa começou com uma inédita carreata no sábado pela manhã, quando os kartistas desfilaram pelo asfalto das ruas do centro de Uruguaiana.
No domingo, a chuva torrencial, a inundação da pista, a falta de energia elétrica, não foram obstáculos para tirar o brilho da última etapa do KART OESTE 2009, no domingo, no Kart Internacional de Uruguaiana, localizado no Aeroclube.
A grande final do campeonato teve 26 karts, belíssimos “pegas”, bom público apesar do mau tempo e no final consagrou novos campeões nas três categorias.
Na categoria PRO-400: as duas baterias foram vencidas por Renato Reschke, que acabou, também, ficando com o título. Na categoria Speed “B”, ambas as baterias foram vencidas pelo são-borjense José Bola de Paula, que levou o título da categoria. Na Speed “A” as baterias foram vencidas pelo kartista Jonas Simon, de Venâncio Aires, mas o título ficou para o uruguaianense Clécio Bortolazzo.
A direção da prova coube a Bruno Briekoff e Edson Ricardo Trojan.

À noite a Associação Uruguaianense de Automobilismo recebeu kartistas, familiares e convidados para um jantar de entrega da premiação, realizado no Martin Pescador. Na oportunidade, foi exibido em telão, imagens da história do kart de Uruguaiana, sendo que usaram da palavra o Presidente Fabiano Piconi e o desportista Vicente Majó da Maia que contou a História do nascimento do Kartismo em Uruguaiana.
Receberam premiação especial os kartistas: Diego Kleinubing, revelação da temporada. A equipe Hotel Mainardi e o kartista Rodrigo Rosina.
A classificação final das categorias segue:

PRÓ 400:
1º) Renato RESCHKE, 65 PTS; 2º) José Armigliatto, 62 pts; 3º) José “bola” de Paula, 45; 4º) Diego Kleinubing, 37 pts e 5º) Jonas Simon, 33.
SPEED “B”:
1°) José “Bola” de Paula, 82 pts; 2º) Rodrigo Rosina, 71; 3º) Elísio Schimitt, 47;
SPEED “A”:
1º) Clécio Bortolazzo, 66 pts; 2º) Anderson Rocha, 59; 3º) José “Bola” de Paula, 58; 4º) Jonas Simon, 44.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009



DECIDIDO:

Faltando três provas para o termino do campeonato, dou a coisa como decidida. Teremos um novo inglês campeão do mundo: Jenson Button. Ninguém apostou nele no inicio da temporada, onde as “fichas” estavam depositadas em Felipe Massa, Lewis Hamilton e Robert Kubica. O resultado do GP Cingapura sacramentou o título do inglês. A vantagem em relação ao seu companheiro de equipe aumentou. De quebra, vem a noticia de que Barrichello não ficará na Brawn GP em 2010. Isto, deixa claro que as atenções serão exclusivamente ao título de Jenson Button de forma a manter o número um na equipe que terá apoio financeiro da Mercedes na próxima temporada.

INUSITADO:

Claro que uma reviravolta é matematicamente possível. Porém, improvável que Barrichello e Vettel consigam descontar em três a vantagem conseguida por Button. Tem gente que lembra a reação de Raikkonen, em 2007. Porém, hoje, posso ter dúvidas em relação à saída de pista de Hamilton, na entrada do box na China e do engate do “ponto-morto” após a largada no Brasil. Fatos que acabaram permitindo o título do finlandês. Depois da espionagem da McLaren, do muro de Cingapura, passei a acreditar em bruxas...

RUAS:

As corridas nas novas pistas de rua do calendário não agradam. Nem Valência e nem Cingapura. Muitos muros, telas de proteção, carrossel, sem pontos de ultrapassagens. A corrida de domingo foi das mais chatas do ano. Sobrou apenas o visual das imagens de cima da iluminada Marina Bay.

OSSO DURO:

Agora é definitivo! Fernando Alonso na Ferrari. Osso muito duro de roer para Felipe Massa. Talvez, o maior perdedor de 2009. Não se deu bem numa temporada que entrou como favorito. Sofreu acidente. Agora, vê seu espaço ser dividido com um bicampeão, cuja fama e o retrospecto todos conhecem...

JAPÃO:

O campeonato pode ser decidido no Japão. Basta que Button marque cinco pontos a mais que Barrichello. Pouco provável, mas possível. Se o campeonato fosse decidido pelo critério medalhas, já teríamos um novo campeão. Com as seis conquistadas até agora pelo inglês, não perderia mais o campeonato. A prova é na madrugada. Volta a Suzuka.

PALPITE:

O campeonato acaba no Brasil. Vitória de Barrichello e título para Jenson Button. Todos felizes para sempre....

URUGUAIANA, 30 DE SETEMBRO D3 2009.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

OS INTERESSES:

Na última semana, neste mesmo espaço, antecipei que – em nome dos interesses – a Renault não seria punida pelo episódio de Cingapura. Dito e feito. A sentença é apenas justificativa, não punitiva. Sobrou para quem deveria sobrar, no caso, Flávio Briatore. Expulso, por definitivo, da categoria. A imprensa segue fazendo estardalhaços com a matéria. E, nós, no processo de esquecimento do assunto. Para confirmar toda a minha razão no texto anterior, basta que – breve – seja anunciado o novo lugar de Nelson Ângelo Piquet na F1.

EXPURGADO:

Muita coisa levou a FIA, proteger Nelson Ângelo, punir não punindo a Renault. O alvo era somente Flávio Briatore, cujo passado e presente aborrecia por demais os principais dirigentes da categoria (leia-se: Mosley/Ecclestone). Aproveitaram a chance para se livrar do desafeto. Custe o que custar, estão livres.

ESCÂNDALOS:

De uns tempos para cá, a F1 se vê envolvida numa interminável série de escândalos. Certamente, que na sua história de 60 anos, muita coisa escabrosa ocorreu, porém, sem que ficássemos sabendo. De uma hora para outra vieram várias revelações: a espionagem da McLaren, o vídeo pornô do dirigente máximo da categoria. Agora, o muro de Cingapura. Numa época de crise mundial, isto – querendo ou não – acaba abalando fortemente a imagem da categoria. Afugentando patrocinadores que não querem ver seus produtos expostos em escândalos. A F1, caríssima, precisa urgentemente zelar para sua credibilidade. Caso contrário, o seu risco é sério.

CALENDÁRIO:

Saiu o calendário de 2010. Teremos 19 corridas. Ótimo. Quanto mais, melhor para quem gosta. Para quem escreve. Para quem comenta. Teremos muito assunto em 2010. Estão confirmadas, por exemplo, quatro novas equipes: US F1, Manor, Campos e, por último, mais recentemente, a Lótus. Sai a BMW e, por sair outra montadora. Muda muita coisa na F1 2010.

CINGAPURA:

Em meio aos escândalos, teremos o seguimento da temporada de 2009, neste final de semana, justamente em Cingapura. Prova à noite. Circuito de rua. Iluminado artificialmente. Particularmente, não gostei do circuito, embora a corrida tenha sido interessante, justamente, por força da batida de Nelson Ângelo. E da mangueira de combustível que Felipe Massa carregou por toda a área de box. A prova será muito importante para a definição do campeonato. Previsão de chuva que complica ainda mais o quadro. Principalmente, pois os três pretendentes: Button. Barrichello e Vettel, são bons de chuva.

URUGUAIANA, 22 DE SETEMBRO DE 2009.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

OS SANTOS:

Realmente, não sei mais o que pensar do esporte que amo! São trinta e sete (37) anos acompanhando ininterruptamente todas as provas de F1. Quase 600 provas (completo no Japão). Já vi de tudo! Gente batendo para garantir título, várias vezes. Gente batendo por vingança. Gente burlando o regulamento. Outros espionando e copiando a criação alheia. Vi gente entregando vitória, por contrato. E mais esta – agora – gente sem jogando no muro para ficar na F1. Todos com uma desculpa pronta. Na ponta de língua para justificar suas atitudes, muitas vezes, com a complacência dos dirigentes, da imprensa e, principalmente, do torcedor, aquele que enxerga com os olhos do coração.
Não vejo comportamento ético em nenhum deles. Não vou minimiza nenhuma das atitudes tomadas contra o esporte. E não vou cria nenhuma hierarquia de pesos. Nenhum é santo. O peso de suas atitudes são todas iguais. Não se pune o crime pela quantidade, mas pelo ato. E, nestes casos da F1, os próprios dirigentes são coniventes, pois – em nome dos INTERESSES – passam a “mão” na ética e não punem exemplarmente nenhum infrator.
De outro lado, a imprensa, também por seus interesses, forja ídolos, santos intocáveis, maximizando seus feitos e minimizando seus erros. Tem sua parcela de culpa nesta história toda.
Enfim, passados 600 GPs, firmo a convicção de que não há santos no automobilismo. Não adianta insistir. Nossos ídolos são todos – sem exceção – de barro.

OS INTERESSES (I):
Querem saber como vai acabar a história do muro de Cingapura? A FIA tem interesse na continuidade de Renault na F1. Sua saída é perda certa. Portanto, não haverá punição. Piquet é um sobrenome de prestigio dentro da categoria. Três títulos mundiais. Certamente, tem um lugar reservado para ele em uma das equipes que estarão no grid em 2010. A imprensa caberá fazer muito estardalhaço em cima da matéria. Nós vamos esquecer tudo, como esquecemos as outras vezes...


OS INTERESSES (II):

Que mundo é este? Na política é um escândalo atrás do outro. No comércio, uma ganância maior do que a outra. No Esporte são fraudes aos resultados. Em quase todas as modalidades. Por trás de tudo: interesses. Este é o nosso mundo. O mundo dos interesses.

MONZA:

Em meio a tudo isto, tivemos o GP Monza. Nova vitória do Rubens Barrichello. A segunda no ano. E chegou à frente de seu companheiro de equipe Jenson Button. Ora vejam!! Não foi orientado a ceder à posição... Ainda sonha com o título, até que chegue a ordem superior.


DIFUSORES:

O polêmico difusor traseiro da Brawn GP desequilibrou o campeonato no seu início. Legalidade, no mínimo discutível. Abriu pontuação na tabela. Praticamente, título definido para um de seus pilotos. Mundial de construtores nas mãos. Ninguém mais fala no assunto. Com também, breve, ninguém mais lembrará o muro de Cingapura. Tudo em nome do esporte. Tudo em nome dos INTERESSES.

URUGUAIANA, 16 DE SETEMBRO DE 2009.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009



ESPÍRITO ESPORTIVO – VICENTE MAJÓ DA MAIAvmmaia@uol.com.br

ORIGEM DO NOSSO KART:

No início de maio de 1988, houve um encontro na “Balança” (*1*), em Uruguaiana, que acabou – mesmo sem querer – sendo o marco do kartismo. Estávamos no auge da guerra Piquet/Senna (mais Prost e Mansell), na F1. O automobilismo dominava a mídia esportiva do país, o futebol vinha de fracassos quatro copas do mundo.
Por aqui, a nossa vontade de ser piloto era latente. Foi quando o Augusto Azevedo, descobriu um kart em Caxias do Sul e trouxe para nossa cidade. No nosso primeiro encontro, portanto, tínhamos um só kart, três pilotos (Augusto Azevedo, Jô Fagundes e Vicente Majó da Maia), quando tentamos realizar a primeira prova. O pobre motorzinho não agüentou as nossas diabruras. Não agüentou a nossa ânsia de ser piloto na vida! Quebrou e nem bem chegava o meio da tarde...
A nossa frustração acabou sendo o porta-voz e a onda de propagação do feito. Em todas as rodas de amigos que chegamos depois deste dia, fazíamos absoluta questão de mostrar a nossa satisfação por ter pilotado. Nosso exibimento. E isto acabou criando uma imensa curiosidade entre os nossos amigos.
Não sei bem se isto acabando sendo definitivo, mas o certo é que tempos depois, começaram a surgir novos karts, novos pilotos e o lugar escolhido para a nova aventura foi exatamente a “balança”.
No início da década de 90, chegaram novos carrinhos, mais modernos, trazidos pelo Frederico Antunes e Ricardo Tramunt. Mas passaram a participar as famílias: Silva, Scelzo, Tellechea, Reschke, Trojan, Gattiboni, Martini, Greco entre outros vários (E Azevedo, Fagundes e da Maia, por óbvio). Virou moda! (*2*)
A BR-290 era invadida nas tardes de domingo por milhares de carros que ficavam estacionados nos arredores da “balança”. Não demorou muito para a proibição. O órgão Federal responsável pela área, não permitiu mais a nossa pilotagem no lugar. Indiretamente acabou firmando a nossa posição de que tínhamos que construir o kartódromo.
Criamos em junho de 1990, a Associação Uruguaianense de Automobilismo. Era a entidade que assumiria a construção do kartódromo.
Enquanto isto, o circo foi montado na frente do Parcão. Para os primeiros treinamentos, criamos um oval. Depois, veio a Pampeana, do Paulo Santana, e propôs a realização do PEGA DE KART PAMPEANA FM, em quatro etapas. Tudo isto na metade final do ano 1991. O nosso “novo” circuito tinha, entre outras atrações, a subida na Rodoviária, onde eram localizados os Box. Diria que é possível esquecer, descrever, o que aconteceu em nossas vidas, durante das quatro etapas. Chego a me arrepiar só de lembrar. Desfilavam nas nossas ruas, frente ao Parcão, mais de 120 karts, distribuídos em várias categorias. Uma verdadeira loucura! Até o maciço público que prestigiava os “Pegas” nunca mais esqueceu aqui. Foi um momento extraordinário. Marcou a nossa existência, nossa geração e também a história de Uruguaiana.
O kartódromo chegou em agosto de 1992. A prova inaugura duas horas de duração. Pleno sucesso. Mas, isto, é outra história...

(*1*) BALANÇA, lugar de pesagem de caminhões nunca usada que fica na BR-290 a pouco mais de 15 quilômetros da cidade.
(*2*) Certamente, a minha memória deixou de fora alguém importante. Desculpas!

APROVEITO PARA PEDIR AJUDA PARA RESGATAR A HISTÓRIA E AS ESTÓRIAS, DO NOSSO KARTISMO, QUE MUDOU AS NOSSAS VIDAS (vmmaia@uol.com.br).

URUGUAIANA, 09 DE SETEMBRO DE 2009.



TEMPLO DE MONZA:


Saímos duas semanas atrás do Templo de Spa-Francorchamps e chegamos ao Templo de Monza, na Itália. Ambas provas de alta velocidade, cujos resultados quase sempre imprevisíveis. Principalmente, quando se tem equilíbrio entre os carros, caso desta temporada de 2009, em especial.
Mas, a prova de Monza será importantíssima para a definição do campeonato. Depois dela, somente falarão quatro provas. Portanto, é fundamental um bom resultado para os três pilotos (Barrichello, Vettel e Weber) que querem tirar o título de Jenson Button.

CÀLCULOS:

Especulasse que Jenson Button perdeu rendimento e que está com o seu título comprometido, face aos cinco últimos resultados, quando conseguiu somente 11 pontos. Nas mesmas seis, Barrichello conseguiu 21. Vettel fez 24. Weber, também, 24. Como Button tem 16 pontos de vantagem, bastaria a ele repetir mais 11 pontos nas próximas cinco provas, desde que os outros não melhorem muito os seus desempenhos. Portanto, não é só Button que precisa melhorar. Os pretendentes, também. E diga-se que a missão está mais complicada, agora, pois outros pilotos estão “roubando” pontos importantes nas últimas cinco corridas. Entre eles dois em especial: Lewis Hamilton (18) e Kimi Raikkonen, que fez mais pontos entre todos nos últimos cinco GPs: 25.

MOTORES:

Faltando cinco provas, os pilotos da Red Bull já utilizaram sete dos oito motores disponíveis. Isto pode ser um fator importante na definição do campeonato. Principalmente, levando-se em conta que – Monza – é circuito de alta velocidade e exige muito de motores e freios. Creio que pelo menos um de seus pilotos deverá usar o nono motor e perder dez (10) posições num dos grids até o final.
Porém, tem mais gente nesta situação. Ter que usar o nono motor e perder posições no grid.

TROCAS:

Discutem-se muito as trocas. Parece certo que a Ferrari vai assumir a bronca Fernando Alonso. Há briga por Rosberg. Tem a dupla da BMW desempregada. Três novas equipes definindo. Portanto, muitas serão as novidades para 2010.

KART AQUI:

No domingo tivemos a terceira etapa da Copa Kart Oeste 2009. Grid cheio, colorido, gente jovem reunida. Mostrando que o movimento voltou com muita força. Agora, estamos preparando a última etapa, em 11/outubro, quando – certamente – teremos pista e arquibancada locadas.

URUGUAIANA, 09 DE SETEMBRO DE 2009.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009



PEDIDO DO CHEFE:

Muitas vezes, vimos na F1, contratos obrigando pilotos a cederem posição, por ordem da equipe. Às vezes, até sem eles. Felipe Massa, por exemplo, teve que ceder a vitória no GP Brasil de 2007, para que seu companheiro Kimi Raikkonen fosse campeão. Ayrton Senna, a pedido da equipe, cedeu a vitória no GP Japão, em 1991, para seu fiel escudeiro Gerard Berger. Já Rubens Barrichello, inexplicavelmente, teve que ceder a vitória no GP da Áustria, em 2004, para o alemão Michael Schumacher. Este o maior exemplo da força do contrato.
Mas, quero chegar ao episódio de Cingapura/2008. Questionar o leitor: Seria possível alguém jogar-se ao encontro de um muro, a mais de 100 quilômetros por hora para atender um pedido do chefe?

NÃO CREIO:

Pensem! Entregar uma vitória por força de contrato não é uma atitude esportiva. Mas, poderia ser compreensível. Fere a ética do esporte. Porém, cumprem-se questões contratuais. Mas, jogar-se contra um muro... Não creio ser possível.

O FIM:

Não quero imaginar que alguém possa fazer isto com o esporte que me dedico, acompanho e amo. Seria o fim...

SPA:

Como sempre, Spa teve um GP dos bons. Surpresas, ultrapassagens, acidentes, coisas que deixam interessante as corridas. Não pode ficar fora do calendário nunca. Raikkonen, especialista neste circuito, venceu. O “velho” Fisichella surpreendeu. Vettel aproveitou para superar o seu companheiro Weber e manter as esperanças de título. Quem desperdiçou a chance foi Barrichello. Poderia ter sido melhor...


TÍTULO:

Muito se especula sobre o rendimento de Jenson Button nas últimas provas. Com a diferença na tabela diminuindo para 16 pontos em relação a Barrichello e 19 em relação à Vettel. Estamos a cinco prova do final do campeonato. Vejo a posição de Button como tranqüila. Creio que o seu principal adversário é Vettel. Não acredito que a equipe Brawn vá permitir uma disputa forte entre seus pilotos, até porque já deu mostras claras de que Button é o número um. Não creio que Vettel e a Red Bull tenham força e sorte (precisariam muito dela) para reverter 19 pontos em cinco provas. Mas... Esperemos então.

KART:

Tem KART aqui, domingo. Terceira etapa do citadino/2009, organizado pela Associação Uruguaianense de Automobilismo. Local: Kartódromo Internacional, no Aeroclube, BR-290. Horário: todo o domingo, mas a coisa esquenta na parte da tarde. Vale a pena conferir.

URUGUAIANA, 02 DE SETEMBRO DE 2009.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009



CEM:

Chegou finalmente a centésima vitória brasileira na F1. Muito aguardada. Ficamos atrás nas estatísticas apenas da Grã-Bretanha (206), que soma as vitórias dos pilotos da Inglaterra e Escócia e para a Alemanha (106), que soma as 91 de Michael Schumacher. Grupo seleto. E chegou num momento inusitado, quando não tínhamos mais do que um só representante no grid. Coisa que não ocorria há muito anos. E veio atrás de Rubens Barrichello. De onde menos se esperava...

PERFEITA:

Não era o melhor momento da Brawn GP. Por isto, relevante o feito de Barrichello, domingo. Cumpriu a risca e com louvor as determinações táticas e estratégicas da equipe. Mesmo que não tivesse ocorrido o erro no pitstop de Lewis Hamilton, a vitória não escaparia das mãos do brasileiro. Feita no velho estilo Brawn/Schumacher. Mas, o brasileiro cumpriu o seu papel exemplarmente.

PÉSSIMA:

Apesar da vitória do brasileiro, não podemos nos enganar em relação ao espetáculo de Valência. Foi péssimo. O lugar é espetacular. Na marina espanhola no mediterrâneo. Porém, isto não basta para uma boa corrida de F1. De fora a pista é belíssima, mas dentro é um verdadeiro túnel de concreto, cujos carros passam enfileirados, sem qualquer chance de ultrapassagens. E com risco, pois a velocidade é de médio-altas.

TEMPLO:

Se tiverem dois lugares especiais na F1, que não podem ficar fora do calendário, estes lugares são: Mônaco e Spa-Francorchamps, na Bélgica. Circuito de verdade. Um templo. Lugar belíssimo, dentro de uma floresta. Estradas que ligam as cidades de Spa e Francorchamps. Da Eau-Rouge, “S” em descida, seguida de subida, desafiador. Limita e diferencia os homens (pilotos) e os meninos (aprendizes). Tem a Blanchimont, curva mais veloz da F1. E tem as duas paradas: da La Source e da antiga Bus-Stop. São os freios na alta velocidade. Encontro fundamental, neste próximo domingo, para aqueles que apreciam a F1.

MÁQUINA:

Recebi na jornalista Alicia Klein, o seu livro: A MÁQUINA, Michael Schumacher, o melhor de todos os tempos. Editora Best Seller, já devorei. Indico.
URUGUAIANA, 27 DE AGOSTO DE 2009.

;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;;

ESPÍRITO ESPORTIVO – VICENTE MAJÓ DA MAIA

O ESCOLHIDO:

Se existe um dia na semana que vejo televisão, este é o domingo. Nos outros, não! Por óbvio, devido à vasta programação esportiva. O resto não me interessa.
O meu começou com a F1, nas ruas de Valência, com a 100ª vitória brasileira na categoria. E foi ele, o Barrichello, ora vejam!! De onde menos se espera...
Teve o tênis, em Cincinnati, com um massacre de Roger Federer, primeiro contra Andy Murray, na semi e depois contra Djokovic. Mas, o Rubinho...
Veio o vôlei feminino, que – pela oitava vez – ganhou a Liga. Não respeitaram as demais adversárias. Novo massacre. Igual ao que já havia acontecido com o time masculino. Mas, o Rubinho...
Pit Stop, para o almoço, um ravióli feito pela mãe. E ela disse que não gosta da cozinha... Mas, o Rubinho...
Vi, na tarde, a Nascar. Já estou viciado nela, há algum tempo. Provas longas, muitos acidentes, nenhuma possibilidade de saber quem vai vencer, antes da última curva. São 43 carros embolados, geralmente, em circuitos ovais. Emoção a flor da pele. A categoria está num momento decisivo em sua temporada, com a escolha dos 12 melhores que vão participar do play-off final. Quem busca a vaga, neste grupo, e venceu a prova foi o jovem, polêmico, Kyle Busch. Uma espécie de “ame-o ou deixo-o” da Nascar. Mas, o Rubinho...
E veio a F-Indy, Sonoma, um misto: - como guiam mal os pilotos da Indy! A disputa acabou ficando entre o escocês Dario Franchitti e o australiano Ryan Briscoe. E na briga do título são acompanhados pelo neozelandês Scott Dixon. Mas, o Rubinho...
Terminei o domingo, contrariando a minha regra e fora da área do esporte. Fui dar uma espiada na Miss Mundo, mas, afinal, quem não fez isto no domingo? Quem não fez, perdeu! A Venezuela é bicampeã e eu passo a desconfiar que a água de lá esteja melhor do que a água do nosso chimarrão gaúcho. Mas, o Rubinho...
Todos que me conhecem sabem muito bem, que não torço pelo Barrichello. Não engoli aquele GP Áustria, em 2004. Já ocupou os melhores lugares, nunca foi campeão. Fico triste com suas declarações, com a submissão e com aquela “sambadinha” ridícula.
Mas, entre as meninas do vôlei; as costumeiras vitórias de Federer; o Buschinho, na Nascar; as barbeiragens da Indy; o bi da Venezuela na Miss; o Barrichello só perdeu para o ravióli. Mas, isto é comum. Ele sempre perde para alguma coisa...

URUGUAIANA, 27 DE AGOSTO DE 2009.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

SOZINHO:

Vejam só!! O contestado, criticado, Rubens Barrichello é o único representante da pátria amada, no GP Valência, e quiçá dos próximos todos da temporada. Felipe Massa, como se sabe, está fora, sem prazo determinado, após o acidente em Hungaroring. Nelson Ângelo verá Romain Grosjean largar na sua Renault. Então, resta ao torcedor brasileiro, a bandeira de Barrichello. Representante da nação verde e amarela.

FONTE:

Temos que nos acostumar com esta possibilidade. De ter um ou poucos brasileiros no grid. Com o fim da geração Massa, com o destino incerto de Nelson Ângelo e a provável aposentadoria de Barrichello, a tendência é de que poucos brasileiros vejam a ocupar lugares na F1. Tudo isto, pelo fato de que não revelamos mais pilotos de primeira linha. Muito embora, creio que a fonte não tenha secado. A diminuição tem uma origem, que foi o quase fim das categorias de monopostos, no Brasil. O reflexo está aparecendo agora. Tínhamos no passado revelador de talentos: F-Ford, F-Chevrolet, F-Renault. Agora, temos somente a desmotivada F-3 sul-americana.
A tendência, portanto, é que o Brasil diminua a sua participação, num futuro próximo, na principal categoria do automobilismo mundial.


VALÊNCIA:

Depois de três semanas sem F1, retornamos as emoções. Mas, sem Michael Schumacher, sem Felipe Massa, sem Nelson Ângelo. A briga será entre Jenson Button e sua Brawn GP e as duas Red Bull (Weber/Vettel). Mas terão que dividir espaço com a McLaren, que evoluiu na última prova e, também, com a Ferrari, apesar de desfalcada, poderá surpreender com Raikkonen. Pista de rua, difícil ultrapassagem. Resultado imprevisível.

LUTADOR:

Peter Sauber pediu prazo para a FIA e registrou a BMW no campeonato de 2010. Para nós, ótima notícia. Grid cheio no próximo ano. Mas, a atitude de Sauber revela a possibilidade de mais um do velho estilo garagista retornar a F1. Sem a montadora alemã, certamente, o velho suíço irá recorrer a um motor alugado e montar a sua equipe numa “garagem”.

GARAGENS:

Guardadas as devidas proporções, voltarão ao estilo equipes de garagens na F1, em 2010: Williams, Brawn GP, Campos, Manon e Sauber. Não é o fim das montadoras. Mas, a independência da categoria.

URUGUAIANA, 19 DE AGOSTO DE 2009.


FRUSTRANTE:

Criamos todos uma grande expectativa com a volta de Michael Schumacher à F1. Não deu em nada. Por uma lesão no pescoço, oriunda de um “tombo” de motocicleta, em fevereiro, o alemão não agüentou as dores após os treinamentos realizados com a Ferrari. Não estará no grid de Valência. Frustrante para os apreciadores do automobilismo.

TERCEIRO:

A Ferrari estaria interessada em colocar na pista mais um carro em 2010. Justamente, entusiasmada com a volta de Michael Schumacher. Quem sabe não seja por aí o caminho...

DORES:

Massa com dor de cabeça. Schumacher anuncia que não volta por dor no pescoço. Recebe o comentário no twitter de Barrichello, que há algo mais do que isto. Parece haver algo mal resolvido. Ou alguém está com dor de cotovelo...

INCOMPREENSÍVEL:

Uma das grandes polêmicas desta temporada foi o anuncio dos dirigentes de que havia mais de dez equipes querendo entrar na F1, com o novo regulamento “tabelando” gastos. Foram escolhidas três delas (Manon, USF1 e Campos). Sobraram outras sete interessadas, no mínimo, segundo o que foi anunciado: Brabham, Lótus, Prodrive, Épsilon entre outras.
Incompreensível, portanto, que a BMW não tenha uma substituta pronta para ocupar a vaga. Alguém que não estava nesta “lista” terá que assumir o “espólio” da equipe.
Alguém andou exagerando...

SALVADOR:

Se muita gente que não corre, critica o circuito de Tarumã, no Rio Grande do Sul, tem o dever de manifestar agora algo sobre a primeira corrida de rua da Stock Car Brasil, realizada domingo, em Salvador...Estou esperando.

URUGUAIANA, 12 DE AGOSTO DE 2009.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

RETORNO:

Pena que as condições sejam proporcionadas pelo acidente com Felipe Massa, mas sensacional para a F1 a volta de Michael Schumacher. Mesmo que sejam poucas corridas.
Ninguém perderá de assistir do GP Valência no dia 23 de agosto. Até a parada de três semanas parece contribuir para que todos aumentem sua expectativa para o retorno do alemão. Para que todos tenham tempo suficiente para darem as suas opiniões e os seus “achismos” sobre as condições da volta.
Realmente, para a F1 é alentador. Principalmente, num ano de tantas noticias ruins, tantas polêmicas, enfim... O significado da volta do “devorador” de recordes é tamanha, que os ingressos para o GP Bélgica, prova que será disputada depois de Valência, foram esgotados, com um mês de antecedência.

ENCONTRO:

Não pensem que Michael Schumacher vai sentar na Ferrari de Felipe Massa e fazer a pole, liderar toda a corrida e conquistar a sua 92 vitória na categoria. Terá um trabalho imenso pela frente. Aliás, somente adversidades. Explico: nunca andou na pista de rua de Valência. Nunca andou com os novos modelos da F1, cujo desenho aerodinâmico mudou por completo, inclusive, os pneus são diferentes de sua época. Portanto, não esperem grandes resultados.

MANCHA:

Tem gente (especialistas) dizendo que Michael Schumacher não deveria se expor. Manchar a sua imagem, já que – se fracassar – será lembrado por isto. Ora, a carreira do alemão foi construída em 15 anos nas pistas. Sete títulos mundiais, 91 vitórias e quase todos os recordes. Não é pelo resultado de uma ou outra corrida que ficará MENOS.

APROVEITAR:

Na verdade, para nós que gostamos de automobilismo, daquilo que é melhor nele, devemos – sim – aproveitar. Aproveitar a chance de rever um dos maiores pilotos da história do automobilismo mundial, quiçá, o maior de todos. O resto é frescura.

COMEÇO:

Estamos todos esperando pelo recomeço de Felipe Massa. Até acho melhor para ele, que nasceu de novo, curtir a chegada do filho. Se preparar para voltar com tudo em 2010.

FIM:

Se Massa preparasse para recomeçar, por sua vez, a semana foi de FIM para a BMW e para Nelson Ângelo. Talvez, unidos possam também recomeçar em 2010.

PAPELÃO:

Depois de todos os embates sobre a redução de custos, sobre o modo de sobrevivência da F1, a montadora BMW votou pela manutenção dos “livres” gastos. Agora, menos de um mês depois, retirasse da categoria. Abandona tudo. Papelão! Coisa muito feia. O pior é que pode ser copiada por outras. Que falta de comprometimento com o esporte e com os torcedores.

URUGUAIANA, 04 DE AGOSTO DE 2009.

quarta-feira, 29 de julho de 2009



PREDESTINAÇÃO:

Estou escrevendo um livro sobre os ACIDENTES DA F1. Obviamente, que me detenho a pesquisar aqueles que causaram morte nas pistas. Quase tive que abrir um novo capítulo, no GP Hungria. Mas, o último, continua sendo o da Tamburello, em 1994.
Mas, vejo uma predestinação dos pilotos brasileiros, no envolvimento com acidentes inusitados. Como acompanho a categoria desde o início da década de 70, convivi com o incidente de Emerson Fittipaldi, de cujo seu Lótus, partiu uma “pedra” que atingiu Helmunt Marko, que acabou perdendo a visão em um dos olhos. Num caso, absolutamente semelhante ao que ocorreu com Felipe Massa, no sábado, em Hungaroring.
Os brasileiros, nos últimos anos, tem se envolvido com fatos estranhos as pistas. Cristiano da Matta deixou de correr após sobreviver a um acidente com um cervo, que cruzou a sua frente. Bruno Senna foi com um cachorro. Massa com uma mola. Que coisa! Senna, por exemplo, perdeu a vida por força dos pedaços da suspensão dianteira de seu Williams, que “furaram” a viseira de seu capacete. A saída da pista, na Tamburello, não seria suficiente. Fatalidades...

OUTROS CASOS:

Mas, não é só com brasileiros que ocorre acidentes estranhos. Embora a nossa predestinação para eles. Stefan Johansson também “atropelou” em cervo, em 1987. Tom Pryce, uma das revelações do final da década de 70, perdeu a vida ao bater no “extintor de incêndio” carregado por um Fiscal. Tentava-se apagar o fogo do carro do companheiro de equipe de Tom, Renzo Zorzi, em Kyalami, 1977. Morreram o fiscal que atravessa a pista e o piloto pela batida no extintor.
Inusitado, também, o que ocorreu com Alberto Ascari, em Mônaco, 1955. Um mergulho com sua Ferrari, nas águas do Mediterrâneo, após não conseguir contornar a curva do Porto. Foi salvo por mergulhadores. Morreu não prova seguinte, em Monza. Destino...

OLHO:

A grande preocupação com o acidente de Felipe Massa sempre foram com o olho atingido. Um piloto de F1 precisa estar 100% bem com os braços e com os olhos. São seus principais objetos de trabalho. Nelson Piquet, por exemplo, após o acidente e a desaceleração que sofreu em Imola,1987, disse ter perdido a noção longitudinal da visão. Disse que pilotava bem, quando estava com alguém a sua frente. Mas, perdia um pouco da noção, quando estava sozinho, sem ninguém a sua referência. É um dos problemas, certamente, que terá que passar o Felipe Massa, na sua recuperação.

ESPECULAÇÃO:

Não esperem uma definição breve das conseqüências do acidente de Felipe Massa. Ninguém, quiçá nem os médicos, terão respostas. Só o tempo! O problema do olho e a desaceleração podem deixar seqüelas.

GP:

Para nós, brasileiros, o GO Hungria se tornou quase irrelevante, diante do acidente de Felipe Massa. Mas, em se tratando de Hungaroring, uma das piores pistas em termos de emoção, até que o GP se salvou. Tivemos boas “brigas” e a vitória – quase surpreendente de Lewis Hamilton e com autoridade. No que se refere ao campeonato, à disputa tornou-se intensa entre Button e os dois pilotos da Red Bull. Agora, teremos um intervalo de três semanas.

PUNIÇÃO:

Na corrida passada, um episódio da largada envolvendo Weber e Barrichello, ocasionou a punição do australiano. Manifestei contrario, já que no miolo do pelotão vário são as manobras iguais e que não merecem averiguação dos Fiscais. Pois a prova veio a meu favor na manobra realizada por Raikkonen e que não gerou punição no Hungria. Mesmo tendo tirado da corrida o Vettel. Ambas, em minha opinião, manobras de corrida.

URUGUAIANA, 30 DE JULHO DE 2009.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

BANDEIRADA – POR VICENTE MAJÓ DA MAIA

ESCUTE A RÁDIO GRID (Pod cast do GRI BRASIL)

WWW.GRIDBRASIL.COM.BR


HUNGARORING:

Apesar de ter entrado no calendário da F1, em 1986, o circuito de Hungaroring já está fora dos padrões da atual F1. É travado, estreito e ondulado. Quase um longo kartódromo. Por estar dentro de um parque, com muitas árvores, não tem como ser reformado e adequado ao novo padrão da F1. Portanto, é uma das pistas que está na mira para sair do calendário. Poderia se disser, ainda, que o único ponto de ultrapassagem é o final da reta, reformado e ampliado. No passado, na abertura do circuito, tivemos ali, uma das mais antológicas ultrapassagens da história da F1: Nelson Piquet, de Williams, contra Ayrton Senna, de Lótus. Quem não lembra?

HORA DA DEFINIÇÃO:

O GP Hungria, no domingo, no carrossel de Hungaroring, é a hora da definição da nova tendência do campeonato. Explico: A Brawn GP venceu em todos os circuitos travados até agora na temporada. A Brawn também se deu bem nas provas com temperatura mais elevada, em face de melhor adaptação de seus pneus. A Red Bull não se dá bem em circuitos com muitas ondulações. Portanto, o favoritismo para a prova é da Brawn, pois a pista é travada, quente e ondulada.
Se houver uma nova vitória da Red Bull, é a confirmação da nova tendência do campeonato e, certamente, teremos a Brawn e Jenson Button em sérios apuros.
Resumindo: para o campeonato seria ótima uma vitória da Red Bull.

ESCOLHA:

Neste critério de avaliação, com uma nova vitória da Red Bull, obrigará a equipe escolher um de seus pilotos para enfrentar Button no restante do campeonato. Não poderá haver mais a divisão de pontos. Então, além da briga com a Brawn, a Red Bull terá intensa briga interna, durante o GP Hungria. Por óbvio, que a direção da equipe não poderá dividir os pontos entre seus pilotos e facilitar a vida do adversário. Outra questão, portanto, a ser definida na Hungria.

BRASILEIROS:

Os brasileiros, também, terão um GP especial. Barrichello quer se convencer que não é fiel escudeiro, eterno. Felipe Massa quer uma nova fase na Ferrari. Sonhar até com uma vitória nas próximas corridas. Enfim, busca a confirmação da reação. Já Nelson Ângelo corre pelo seu emprego.

URUGUAIANA, 22 DE JULHO DE 2009.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

INVERSÃO DE FORÇAS:

Depois de um domínio avassalador da Brawn GP nas primeiras sete provas da temporada, chegou à vez da Red Bull mostrar a sua força. Inverteu-se o leme do campeonato. Já não se pode afirmar com plena convicção de que Jenson Button será o campeão. Nem pode se afirmar que é o seu verdadeiro adversário, em face de indefinição entre os pilotos dos carros energéticos (Vettel/Weber). A vantagem do inglês ainda é grande e confortável. São 21 pontos, faltando oito provas para o final. Portanto, ainda basta para Button simplesmente chegar em segundo em todas elas. Ficaria com o título com a vantagem de cinco pontos.

DIVISÃO:

Um dos grandes benefícios que Button terá nas próximas provas é a divisão de pontos interna entre os pilotos da Red Bull. Ambos lutam pelo título, portanto, a equipe ainda não definiu e isto pode acabar beneficiando ainda mais o inglês, que corre com todas as atenções de sua equipe. Sem concorrência interna.

SEGUNDO:
Quando Ross Brawn escolheu Rubens Barrichello como segundo piloto de sua equipe, deixando de lado as opções (entre elas Bruno Senna), estava quase que evidente, que o brasileiro serviria para a nova equipe com sua experiência de recordista em participações na F1. Todo mundo enxergava Barrichello como segundo piloto da Brawn. Ao que parece, somente ele acreditou no contrario.

CULPADO:

A Brawn errou no segundo pit-stop de Barrichello. A mangueira não funcionou. Porém, não se pode atribuir a isto o seu sexto lugar e toda a sua reclamação no final da prova. Ele ficou várias voltas atrás do Massa e não conseguiu passar e acompanhar os Red Bulls que estavam a sua frente. Nem com a punição de Mark Weber (achei injusta, embora irrelevante para o resultado final). Portanto, foi culpado pelo resultado. Culpado por ter iniciado uma discussão inútil com a sua equipe.

OFICIAL:

A “cobertura” oficial equivocou-se, como sempre. Afirmou que Barrichello foi prejudicado no primeiro pitstop, já que poderia ter voltado à frente de Felipe Massa (aliás, Barrichello ficou 11 voltas atrás de Massa, sem conseguir passar, fato que decidiu o seu destino na corrida). Terrível o equivoco do “GB” e sua turma! Na primeira parada, a Brawn usou somente 6,6 seg para colocar o brasileiro de volta na corrida. Melhor pitstop do final de semana inteiro. Queriam o quê??

MONOPÓLIO:

Está difícil de agüentar a “cobertura oficial”. Com as constantes “teorias conspiratórias”. Como não existe outra opção sou obrigado acompanhar. Mas, torcendo pelo fim do monopólio.

RÁDIO GRID:

Já está no site GRID BRASIL (www.gridbrasil.com.br) a mais nova atualização da RÁDIO GRID, o POD CAST do site. Comentários de especialistas e analistas de automobilismo. A produção e apresentação são minhas.

URUGUAIANA, 15 DE JULHO DE 2009.

terça-feira, 14 de julho de 2009

R Á D I O G R I D


Pessoal;


Está no AR mais uma edição da RÁDIO GRID.
o POD CAST do GRID BRASIL um dos melhores
sites de AUTOMOBILISMO do Brasil.

Endereço: www.gridbrasil.com.br

Participam: Robson Calefi, Stanley Ragazzi, Rodrigo Caliman.
A apresentação e comentários de VICENTE MAJÓ DA MAIA.


IMPERDÍVEL!!!

quarta-feira, 8 de julho de 2009



DE VOLTA:

Está de volta a F1!! Depois de uma parada de três semanas, as equipes estarão em Nurburgring, em mais um capítulo (9ª etapa), metade da temporada. A parada certamente serviu para ajustes das equipes que ainda pretendem vencer nesta temporada. Na engenharia de ponta da F1, é tempo suficiente para que as equipes descubram novos segredos. É tempo para a Brawn GP achar soluções para pistas frias, já que o asfalto da Alemanha estará na temperatura aproximada de 15º. É tempo da Red Bull achar novas peças e equilibrar definitivamente a temporada.

VANTAGEM:

O carro da Brawn GP continua muito bem. A vantagem de Button (64p) em relação à Vettel (39p) é de 25 pontos. Faltam nove (09) prova. Como a tabela prevê a diferença de somente dois pontos entre o primeiro e o segundo, fica difícil descontar. Assim, para que o campeonato ganhe emoção, necessário é que Button não marque pontos em uma das próximas provas, com Vettel conquistando bons resultados. Caso contrário, não há como descontar a vantagem.

AS NOVAS:

Tenho dúvida sobre a entrada das novas equipes na F1. Aquelas escolhidas “a dedo” pela direção da categoria (Campos, USF1 e a “Manon”). Explico: elas requereram a inscrição baseadas no fato de haver o tabelamento de gastos, o dito “teto”. Com o novo acordo entre as grandes equipes e o adiamento da regra, creio discutível a entrada desta turma nova na F1, em 2010. Vejam que não há qualquer movimento delas até agora. Ninguém viu seus carros, ninguém foi especulado como piloto, não se sabe de engenheiros e sedes. Creio ser possível que o grid continue com 20 carros em 2010, ou menos, com a retirada de uma das montadoras. Espero que não! Mas, tenho dúvidas...

CONDIÇÕES:

Não quero crer que as “novas” entrem na F1, com carros “econômicos”, barateando os custos, concorrendo com as grandes. Se fizerem isto, será um fiasco anunciado. Imaginem encher o grid com seis carros, chassi e motor básico e concorrerem com as grandes montadoras. Provavelmente, “queimarão o filme”. Ninguém quer perder na f1. Principalmente, levando-se em conta que as equipes de ponta sempre estão em melhores condições na hora de partilhar o “bolo” e negociar os patrocinadores, estes fundamentais para a manutenção dos investimentos. As pequenas ou novas que entrarem com um “kit” básico, certamente, ficarão para trás em tudo. Portanto, vamos aguardar o desfecho de tudo.

URUGUAIANA, 07 DE JULHO DE 2009.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

PARADA PROVIDENCIAL:

Três semanas de intervalo na F1. Não será somente para as equipes que ainda tentam algo na temporada, melhorarem seus carros. O intervalo estratégico servirá para acalmar os ânimos, engatar a F1 nos trilhos e acabar com os movimentos separatistas. Colocar os dirigentes em seus devidos lugares.
Ânimos mais calmos, oportunidade para os engenheiros trabalharem para melhorarem seus carros, para o enfrentamento da metade final da temporada. Principalmente, os ligados as equipes: Brawn e Red Bull, que ainda pretendentes ao titulo.

PASSES:

Começa a discussão sobre os “passes” dos pilotos para a próxima temporada. A primeira noticia entre os “grandes” é a ida de Fernando Alonso para a Ferrari. A discussão agora é saber quem sai: Massa ou Raikkonen. Assunto de difícil solução: Raikkonen já foi campeão com a Ferrari e goza de bom conceito frente a Luca di Montezemolo. Porém, não tem mais motivação na F1. No que se refere a Massa, seu grande triunfo é justamente estar sempre motivado. Mas, terá que abdicar de qualquer preferência, frente ao bicampeoão Alonso.

PREENCHIMENTO;

Outra grande especulação é sobre o preenchimento das vagas nas “novas” equipes (Campos, Manon e US F1). Pouco se sabe, porém, é certo que teremos um espanhol na Campos, um inglês na Manon e um norte-americano, na US F1. Muita gente da turma da GP2 está correndo atrás de uma vaga na F1, nas equipes novas. Muita coisa vai mudar em 2010, na composição dos “times”.

OS NOVOS:

Vejo um problema: as equipes novas, que passaram na seleção de Mosley (Campos, Manon e US F1) estavam contando com a redução dos custos. E agora? Como ficam? Será que vão correr em 2010, com um orçamento limitado? Ou irão entrar de “cara” na briga com o poderio financeiro das montadoras. Alguém responda a pergunta...

URUGUAIANA, 01 DE JULHO DE 2009.
MINHA ESCOLHA:

Por tantas vezes, desdenhei da “crise” da F1. Da briga entre FOTA e FIA. Sempre achei que terminaria em pizza! Depois de anunciado o calendário da “New F”, tive certeza do blefe das “grandes”. Mas, fiquei imaginando que me obrigaria a escolhe: F1, a tradição das corridas de automóveis, com gastos controlados, com a volta dos garagistas ou a Nova “New” com as montadoras e todas as suas tecnologias, sem limites de orçamento e testes liberados o ano inteiro? Imaginem-se no meu lugar, um fanático, tendo que escolher, no mesmo horário das nove de domingo, qual delas assistirei?
O bom senso prevaleceu. A guerra acabou. Teremos em 2010, só uma F1. Não precisarei escolher...

INTERESSES:

São muitos os interesses por trás de todo este conflito. A verba da comercialização dos GPs e a fatia que cabe a cada equipe é um dos grandes pontos de discórdia. Do bolo, a parte menor cabe para as equipes, que – na verdade – são as responsáveis pelo espetáculo e são as que fazem o investimento para colocarem os carros na pista. A outra “migalha” cabe as empresas administradas pelos “pobres” Bernie Ecclestone e Max Mosley, FOM e FIA, respectivamente. O segundo ponto, é o teto de “gastos”. Montadoras não aceitam o controle e divergem em relação ao limites de testes. O terceiro ponto é o poder. O fiel da balança sempre foi a Ferrari. Está é a primeira vez que a tradicional equipe italiana está do lado das equipes. Esquecendo um pouco os seus interesses. A Ferrari, pelo que se sabe, acabou sendo decisiva no acordo, já que na noite de terça, houve uma reunião entre o seu diretor Luca de Montezemolo e Bernie Ecclestone, onde – certamente – costuraram as condições, homologadas nesta quarta.

FRAQUEZA:

Se o racha fosse definitivo, todos PERDERIAM! Exemplo disto, aconteceu na ramificação da antiga Fórmula Indy norte-americana. Ficou de um lado a F-Indy e de outro a F-Mundial. Ambas fracas e sem interesse. Se ocorrer isto na F1, certamente, ambas as categorias teriam um enfraquecimento. Por isto, torci para que a união fizesse a força.

RESULTADO:

Enquanto continuava a guerra de interesses e de poder, tivemos a corrida de domingo com o GP Inglaterra tendo uma nova vitória (com autoridade) de Sebastian Vettel. O jovem alemão reascendeu a chama do campeonato. Diminuiu a desvantagem. Porém, o mais importante foi o fato de que a sua Red Bull está se aproximando da Brawn GP. A próxima batalha será daqui a três semanas, onde veremos se ainda há chances para os carros austríacos.

URUGUAIANA, 24 DE JUNHO DE 2009.
INTERESSES:

Segue o jogo de interesses na F1. Um verdadeiro “cabo-de-guerra” onde objetivo é arrastar milhares e milhares de dinheiros. Ninguém quer perder, muito embora, exista a grande possibilidade de ambas as partes cansarem e caírem. Com a declaração de paz entre os interesses.
O principal fator de discórdia é a limitação de orçamento das equipes. As grandes montadoras, reforçadas pelas tradicionais (Ferrari e McLaren) entendem não ser viável a aplicação do limite. Enquanto isto, a direção da categoria se vangloria de ter varias equipes novas interessadas nas vagas das grandes. Por enquanto, empate técnico e esforço gigantesco, onde cada parte “puxa” a sua corda.
O destino final será um acordo, tenho certeza. Ninguém vai querer perder. As grandes querem continuar. As pequenas querem entrar. O público quer espetáculo e aos dirigentes resta dividirem o lucro. E todos felizes!!!

ESCOLHA:

A FIA estabeleceu há um bom tempo, o limite de 26 carros no grid, como “teto”. Há muitos anos, estamos convivendo com somente 20. Então, o novo regulamento deu margem para que o grid fosse completado com mais seis (06) carros.
Segundo o que é divulgado pela direção da categoria, teriam havia o pedido de dez (10) novas inscrições no campeonato de 2010. Porém, somente três delas poderiam fazer parte do calendário, já que as outras vagas estavam (ou estão) reservadas para as atuais ocupantes (em número de dez, também). Coube a FIA escolher, então: Campos, Manor e US F1. A primeira, Campos, é do ex-piloto Adrian Campos e que já tem história na GP2. A segunda, Manor, também espanhola, é a surpresa das escolhas (esperava-se a Lola). E, finalmente, a estratégia de marketing que constitui a escolha da norteamericana US F1. Que já começa badalada e com o intuito de recuperar o mercado americano.

SILVERSTONE:

No domingo, Jenson Button corre em casa, em Silverstone. Se vencer novamente, pode ser declarado o campeão de 2009. A pista é das mais velozes da temporada e a corrida é a mais curva em termos de duração (1h20min). Se alguém quiser disputar o título com o inglês é a última chance.
A tradicional Silverstone é uma pista que reaproveitou um antigo aeroporto, está na F1, desde a sua primeira corrida em maio/1950. Durante este tempo, passou por algumas reformas, porém, está longe (muito longe) de ser comparada com as modernas pistas da história recente da F1, que não chegaram à Inglaterra, berço do automobilismo europeu.

URUGUAIANA, 17 DE JUNHO DE 2009.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

MAIS IMPORTANTE:

Mais uma vitória de Jenson Button. Mais uma vitória da Brawn GP. Venceram em todos os tipos de pistas, em todas as condições, faça chuva, faça sol. Nada mais resta, a saber, no campeonato. Button já é campeão. Porém, algo de muito relevante vai ser objeto de muita analise a partir do que se viu nesta temporada: a importância da engenharia.
Veja-se que – até o final da temporada passada – Jenson Button amargava as últimas posições com um carro extremamente problemático como era a Honda. Num Passo de mágica, assumiu – quase na abertura desta temporada – um dos carros da Brawn e lidera facilmente o campeonato.
Qual a leitura que se pode fazer disto? Simples !! Um ótimo engenheiro é muito mais importante do que um bom piloto. O engenheiro consegue fazer milagres de transformar um carro perdedor, num vencedor. O piloto, me desculpem, não!!!

CABAL:

Tínhamos a noção da importância do carro. Agora, temos a prova cabal. Incontestável. Não estou dizendo com isto, que o piloto não tem importância. Porém, reduzo esta. A transformação da Honda em Brawn é a confirmação. Lembro da velha máxima: “Maior inimigo é o companheiro de equipe”. Única chance que o piloto tem de provar que é melhor.

REPROVADO:

O regulamento deste ano, com pneus lisos, limitações aerodinâmicas, difusores e etc está reprovado. Com nota vermelha e baixa. Vínhamos de quatro temporadas decididas na última prova. No detalhe, como a última em Interlagos. As novas regras deram ampla vantagem para uma só equipe, que soube “LER” melhor o regulamento. Não teremos mais interesse. As próprias equipes já estão se desmotivando e trabalhando no projeto do próximo ano. Portanto, retrocesso num momento crucial da F1.






REUNIÃO DA CUPULA DAS EQUIPES GRANDE DA F1, REALIZADA NO IATE DE FLÁVIO BRIATORI


FRIAMENTE CALCULADO:

Não lembro bem o nome do personagem que dizia fazer as coisas “friamente calculadas”. Creio que se tratava do Agente 86. Uma versão mais moderna da “Pantera Cor de Rosa”. Acertava as suas ações no último detalhe, sem a mínima intenção, com carregadas doses de sorte. E seguia sobrevivendo...
A história do novo regulamento da F1, com a LIMITAÇÃO DE GASTO, estão mais ou menos parecidas com a carreira do atrapalhado “86”. Os agentes Mosley e Ecclestone chegaram a montar uma estratégia, noticiando que as equipes deles (March=Mosley e Brabham=Ecclestone) estariam escritas no campeonato mundial de 2010. A seguir, o todo poderoso Mosley fez uma declaração tão bombástica, quanto ao nosso político (**) gaúcho: “- Estou me lixando para as montadoras.” E, ainda: “- Elas que criem uma competição...”
Na verdade, os “agentes” da F1 querem mesmo é colocar pressão nas “grandes” para a aprovação da “tabela” de gastos. Para isto, querem demonstrar que tem muita gente interessada em ocupar vagas na F1, desde que aja a drástica redução dos custos. Na listagem deles, já chegam a vinte (20) o número de inscritas para 2010.
Certamente, como no caso do atrapalhado agente 86, a F1 sobreviverá a mais esta. As montadoras ficarão; não vai haver nenhuma categoria nova, os custos descerão, e a March e a Brabham não disputarão a próxima temporada. Tudo friamente calculado...

(**) Aliás, político que construiu o autódromo de Santa Cruz do Sul.

URUGUAIANA, 10 DE JUNHO DE 2009.


sexta-feira, 5 de junho de 2009

FRIAMENTE CALCULADO:


Não lembro bem o nome do personagem que dizia fazer as coisas “friamente” calculadas. Creio que se tratava do Agente 86. Uma versão mais moderna da “Pantera Cor de Rosa”. Acertava as suas ações no último detalhe, sem a mínima intenção, com carregadas doses de sorte. E seguia sobrevivendo...
A história do novo regulamento da F1 está mais ou menos parecida com a carreira do atrapalhado “86”. Os agentes Mosley e Ecclestone chegaram a montar uma estratégia, noticiando que as equipes deles (March=Mosley e Brabham=Ecclestone) estariam escritas no campeonato mundial de 2010. A seguir, o todo poderoso Mosley fez uma declaração tão bombástica, quanto ao nosso político (**) gaúcho: “- Estou me lixando para as montadoras.” E, ainda: “- Elas que criem uma competição...”
Na verdade, os “agentes” da F1 querem mesmo é colocar pressão nas “grandes” para a aprovação da “tabela” de gastos. Para isto, querem demonstrar que tem muita gente interessada em ocupar vagas na F1, desde que aja a drástica redução dos custos. Na listagem deles, já chegam a vinte (20) o número de inscritas para 2010.
Certamente, como no caso do atrapalhado agente 86, a F1 sobreviverá a mais esta. As montadoras ficarão; não vai haver nenhuma categoria nova, os custos descerão, e a March e a Brabham não disputarão a próxima temporada. Tudo friamente calculado...

(**) Aliás, político que construiu o autódromo de Santa Cruz do Sul.

RETORNO





TÚRQUIA:

Agora é a vez da Turquia, um dos mais modernos autódromos da nova geração Helmann Tilke. Ao estilo de Barcelona (porém mais moderno) o circuito de Istambul oferece as mais variadas formas de curvas, retas, subidas e descidas. Além é claro da desafiadora curva oito (batizem ela, por favor!!), em quatro tangentes, em altíssima velocidade. Uma curva que diferencia os pilotos. O circuito é um dos poucos em sentido anti-horário (Brasil, também). O brasileiro Felipe Massa sempre se deu bem nesta corrida.

CHANCES:

Evidentemente, que o grande favorito para vencer na Turquia é a Brawn e Jenson Button. Mas, duas equipes teoricamente têm chances: Ferrari, pelo retrospecto e a Red Bull, por se tratar de uma pista lisa, asfalto sem ondulações, onde se adaptam perfeitamente os carros projetados por Adrian Newey. Então, olho aberto para estes detalhes.

IDEAL;

Ideal seria uma vitória de outra equipe que não a Brawn. Para dar um novo animo no campeonato. Alguém que se credencie a dividir espaço que hoje é ocupado somente por Button. Penso, portanto, que a temporada nem chegou na metade e mais uma vitória do inglês agora, deixa o campeonato sem qualquer perspectiva.
O RETORNO:

A adesão de novas equipes ao novo plano de controle de gastos está levando a euforia os dirigentes da categoria e os amantes em geral do automobilismo. Anuncia-se a inscrição de quase vinte (20) equipes para a próxima temporada (embora somente 13 estejam garantidas). Muitas delas, lembrando os “velhos garagistas”, que marcaram a história da categoria até a invasão das grandes montadoras. É o retorno da F1 a sua origem. Não há como não ficar satisfeito e esperançoso com a nova onda de equipes. A velha Brabham fez inscrição, dizem com a estrutura da extinta Super Aguri (outro espolio da Honda). A Lola fabricante de chassi, também. A Prodrive, que já tinha a garantia de participar desta temporada. De quebra, a Mercedes anunciou que tem a intenção de fornecer motores para quem precisar. Eles que já tem seis carros no grid, estão dispostos da fornecer para quem mais precisar. Estamos diante de uma grande revolução. Tomara que ninguém desista e que tenha lugar para todo mundo. Este é o espírito que queremos na principal categoria do automobilismo mundial. Merecemos!!

LISTA:

Aparecem entre as equipes inscritas para a próxima temporada, embora não tenham garantida a participação, com exceção das dez atuais que já tem vaga: BMW Sauber, Brawn, Ferrari, Force India, McLaren, Red Bull, Renault, Toro Rosso, Toyota, Williams, que são as atuais. Novas inscrições são: Campos, Epsilon Euskadi, Lola, Prodrive, Superfund, USF1, Brabham, Litespeed e March.
URUGUAIANA, 03 DE JUNHO DE 2009.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

ACEITANDO A REALIDADE:

Quem gosta de automobilismo sempre espera que um campeonato tenha muita disputa, com vários pilotos conquistando as vitórias, pontuação equilibrada na tabela, enfim... Desde o início da temporada, alguns pilotos e dirigentes “entregaram” os pontos, firmando posição de que a nova Brawn GP seria quase imbatível. Tipo aquela história: “-entreguem a taça para eles”.
Teimosamente, fiquei esperando pela reação das grandes (Ferrari e McLaren) ou surgimento de uma nova surpresa (Red Bull). Nada disto aconteceu.
A vantagem de Jenson Button, na Brawn, em Mônaco foi o golpe de misericórdia. A facilidade da vitória, a ausência de qualquer percalço até agora, deixam claro que o campeonato está decidido. Só um milagre ou um acidente terrível tira o titulo do inglês. Entregue a taça, portanto.

LADO BOM:

O único lado bom da história é que os “dirigentes” da categoria vão desistir definitivamente da história de apurar o campeão pelo número de vitórias. Já viram – no efeito Button – que isto não vai dar certo...

CHATURA:

O GP Mônaco é prova mais charmosa, a mais esperada, de visual mais bonito. Porém, as corridas – geralmente – são muito chatas. Foi isto que ocorreu no domingo. Uma chatura. Na Saint Devote as posições finais já estavam definidas. Nada mais mudou, da primeira curva, até o final, entre os três primeiros colocados (Button, Barrichello e Raikkonen).


POUCO:

Pouco pode se comentar em relação ao GP Mônaco. A reação da Ferrari somente poderá se medida na próxima corrida. Igualmente, o avança da McLaren. Como destaque só a turma que andou atrás: Webber, Fisichella (ora vejam!!!), Hamilton.

TETO:

Segue a discussão sobre o regulamento da FIA, estabelecendo teto de gastos a partir da próxima temporada. Reuniões, brigas intensas, ameaças de boicote. Tenho certeza que tudo acaba em pizza.

DESTINO:

Coisa incrível o destino do Helio Castroneves. De um processo movido na severa Corte Americana, ele acaba como tri nas 500 Milhas de Indianápolis. Absolvido e vitorioso.

URUGUAIANA, 27 DE MAIO DE 2009.

quinta-feira, 21 de maio de 2009


O DIA:

Aqui, no Brasil, estabeleceram o dia do futebol, em 19/julho, face ao primeiro clube brasileiro de futebol, o Rio Grande, criado nesta data. Pois o automobilismo mundial deveria estabelecer, o dia mundial da velocidade, no último domingo de maio.
Por repetidas vezes, temos nesta data, as duas das provas mais importantes do calendário: GP Mônaco e as 500 Milhas de Indianápolis.
Assim, neste domingo, teremos o DIA MUNDIAL DA VELOCIDADE. Pela manhã, os carros da F1 enfrentam as apertadas ruas do principado. Na tarde, os velozes carros da Indy, enfrentam os perigosos “muros” de Indianápolis. Prato perfeito para quem ama o automobilismo.

RACHA:

Depois das lamentações de Rubens Barrichello, após a estratégia do GP Espanha, vejo que seja em Monte Carlo a sua grande chance de vencer a primeira na temporada. Acho que o brasileiro se adapta muito melhor que Jenson Button ao circuito e, desta forma, leva favoritismo na disputa. Aliás, é quase um vai ou racha.

ADVERSÁRIOS:

Os principais adversários de Barrichello deverão ser: Sebastian Vettel e Jarno Trulli, este que só ganhou uma vez na vida, justamente, em Mônaco. Os treinos serão de vital importância. Mais que a estratégia, desta vez, pois nela há o problema de trafego, que pode mudar a sorte de quem ficar preso no transito.

QUEDA DE BRAÇO:

Segue a queda de braço entre a FIA e as equipes da F1 (FOTA). As grandes não querem limitação de custos. A direção da categoria alega que tem muita gente querendo entrar, face ao novo regulamento de limite de gastos. Estabeleceu-se uma nova NOVELA. A Ferrari ameaça abandonar a categoria, foi para a Justiça, contra o novo regulamento, não levou! Há prazo para o registro das equipes até o dia 29 de maio. Até lá, muita reunião, mídia, bate-boca. No final, pizza...

SEM FERRARI:

Uma das coisas mais debatidas na imprensa é sobre a F1 sem a Ferrari. Dizem ser coisa igual a Copa do Mundo sem a seleção brasileira. Não vejo este risco. A F1 pode perfeitamente sobreviver sem a Ferrari. O problema é que – junto com a Ferrari – outras grandes podem migrar para outra categoria e ABAFAR completamente o mais tradicional campeonato de automobilismo do planeta. Nisto, vejo o grande risco da deserção. Muito embora, tenha convicção de que nada vai acontecer.

INDIANAPÓLIS:

A prova começa as 13:00 horas e vai até às 17:00 ou mais. Tem cinco brasileiros no grid. O pole é Hélio Castroneves. Vale a pena conferir!

URUGUAIANA, 20 DE MAIO DE 2009.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

REVIRAVOLTA:

Depois das quatro primeiras corridas, onde o grid se inverteu, em comparação ao ano passado, espera-se uma reviravolta na prova da Espanha, no domingo das mães. Não creio. Acho que pode até haver uma reação da Ferrari e da McLaren, não aponto de chegar perto da Brawn, da Red Bull e Toyotta, pela ordem. Imagino isto, pois a pista de Barcelona não ajuda. Sempre ali, temos a prova mais chata do ano. Com grid e posições disputadas entre companheiros de equipe. Sempre em “dobradinhas”. Tudo porque, ali, tirando a curva três, o resto os pilotos fazem de “olhos fechados”.

INSISTO:

A prova da Espanha é – quase sempre – chata, pois os pilotos e engenheiros conhecem demais o traçado. Serve para os testes das equipes, para ajustes em outros circuitos, devido a sua variedade de curvas. Porém, tudo mundo conhece Barcelona como a palma da mão. Claro que – agora – o regulamento limitou os testes. Poderia também a FIA proibir que sejam realizados em pistas que fazem parte do calendário.

ÚNICA:

A única forma de haver uma grande disputa, domingo, é a estratégia de cada piloto e de cada equipe. Se todos optarem pela mesma seqüência de pneus, dificilmente, teremos algo diferente de uma “procissão”.

PERDIDOS:

Os grandes do passo continuam perdidos. Ora, usam o KERs. Ora, não! Sem muito critério naquilo que estão fazendo. Alguns usam o artefato em um só de seus carros (BMW, Ferrari, McLaren e Renault). Não tem certeza de nada. Enquanto estiverem cheios de dúvidas, não há como haver a reação tão esperada. Acho que – pelo tamanho da reta de Barcelona – seria o grande momento para testar a peça. Porém...

ESTRELA:

Polêmicas envolvendo Barrichello continuam. Primeiro, ele declara “fingir” amizade com Schumacher. Depois, é atacado pela basqueteira Hortência que lhe atribui estrela na bunda. Sinceramente, Barrichello é afeito as polêmicas. Por declarações e por atitudes. Mesmo com larga carreira, ainda precisa provar o seu valor. Precisa conquistar o respeito do torcedor.

URUGUAIANA, 06 DE MAIO DE 2009.
RESULTADO ESPERADO:

Não me surpreendeu a nova vitória de Jenson Button. Muito pelo contrário, pois já havia manifestado aqui, na edição passada, que a vitória de Sebastian Vettel tinha sido circunstancial, na China. Porém, o treinamento feito pela Toyotta e o segundo lugar conquistado pela Red Bull mostram que a concorrência está - a passos largos - de equilibrar a disputa. A McLaren também evoluiu com o difusor duplo e pode crescer. Registro negativo, mesmo, só para a Ferrari e para a BMW. Fiasco até agora.

FRACA:

Quem esperava uma prova equilibrada, cheia de bons momentos, teve uma terrível decepção, durante o GP do Bahrein. Depois dos primeiros pit-stops, pouco mudou na corrida. Button abriu vantagem, Vettel segurou o segundo lugar e Trulli contentou-se com o terceiro. Formou-se o podium e nada mais mudou.

VALOR DO CARRO:

Muita coisa tenta-se fazer pelo equilíbrio da categoria. Fórmulas mirabolantes que acabam sucumbindo as pranchetas dos engenheiros, que sempre encontram caminhos de burlar regulamentos ou criar soluções de forma a seus carros andarem na frente. Sempre foi assim. A temporada de 2009, até agora, trouxe uma novidade, que foi a inversão do GRID. Quem andava lá, bem atrás, agora, vence corridas. E vice e versa. A dominadora Ferrari fez migalhas de pontos em quatro provas. Mas, fica uma lição: a importância de um ótimo projeto, de um ótimo carro, é fundamental. Pouco vale um excelente piloto. Há muito tempo, a F1 é assim. Muito tempo, mesmo...

IMPORTÂNCIA DO CARRO:

Vejam o caso de Jenson Button. Sem carro, ano passado, fez três pontos. Este ano, em quatro provas, três vitórias. Será que Button apreendeu a guiar agora? Ou será que o carro é muito mais importante do que o piloto?

ESTRATEGIA:

Vi criticas na imprensa brasileira sobre a estratégia de corrida de Barrichello e suas três paradas, no Bahrein. A F1 é risco, também. Se Barrichello não ganhou posições com a tática, também, não perdeu nenhuma. Portanto, não se pode dizer que tenha sido errada. O pior de tudo é ver alguns insinuarem novas “teorias conspiratórias”, onde Ross Brawn teria feito de propósito para beneficiar Button. Ora, deixem disto!! Brawn sequer garantiu dinheiro para a temporada inteira. Precisa de cada resultado para se garantir. Imaginem se dá um problema com Button e ele não termina a prova. Sinceramente, às vezes, o torcedor (digo torcedor, pois não acredito que alguém que conheça a F1, diga uma besteira igual) precisa enxergar o automobilismo como um grande negócio que é. E nele, o fundamental, é andar na frente. Pouco importa o nome e a nacionalidade do piloto.

UM TIRO E DOIS COELHOS:

Depois do que ouvi, na transmissão de domingo, empregaria “GB” como estrategista da Brawn e ficaria livre dele para sempre.

URUGUAIANA, 29 DE ABRIL DE 2009.