quarta-feira, 21 de outubro de 2009

DOUTRINAÇÃO GLOBAL:

Muitas pessoas que conheço deixaram de acompanhar automobilismo, quando da morte do Ayrton Senna, em maio de 1994. Não estavam ali, portanto, por gostarem de corridas de carro. Mas, pelo sentimento de “patriotismo” criado e elevado pela força da grande mídia nacional.
Era uma época em que o futebol estava em baixa e o “automobilismo” - com os títulos e as vitórias de Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet e Ayrton Senna – passou a gerar um grande interesse financeiro para a “grande” mídia.
Deste trio de ouro do nosso automobilismo, quem melhor se adaptou as exigências globais foi justamente Ayrton Senna. Virou um ídolo, quase que intocável, até hoje; principalmente, perante aquelas pessoas que acompanhavam o automobilismo por ocasião de termos um brasileiro vencendo. Insisto: pessoas que nada sabiam e nada sabem sobre esporte a motor.
Após este período, veio o mais grave! A “grande mídia” que praticamente doutrinou o “torcedor” brasileiro, incutindo os efeitos de Ayrton Senna, para não perder a gorda fatia de seus patrocinadores, passou a buscar um substituto. Um novo ídolo. Um novo herói para o automobilismo global.
Nosso último título correu em 1991. De lá para cá, a busca de um novo herói é constante. O primeiro deles foi Rubens Barrichello. Depois Felipe Massa. Nenhum deles atingiu o objetivo esperado, muito embora, as tentativas quase que desesperadas da grande mídia de fazê-los campeões. Muitas vezes, criando teorias conspiratórias como forma de proteção aos nossos pilotos.
No último sábado, após a conquista da “pole position”, por Rubens Barrichello, mais uma vez, o país foi contaminado por uma propaganda e uma euforia de que somos os melhores do mundo no automobilismo.
No domingo, veio à cruel e verdadeira verdade... Não se forja ídolos.

URUGUAIANA, 21 DE OUTUBRO DE 2009.

Nenhum comentário: