sexta-feira, 27 de março de 2009



DIFUSOR – O DIFERENCIAL:

O treino livre da madrugada na Austrália revelou a verdade e aumentou a chiadeira das equipes. Vejamos o seguinte: dos oito primeiro colocados, seis carros usam o difusor, na parte traseira de seus carros, que são Williams, Brawn e Toyotta. O único que não tem o sistema é a Red Bull, que conseguiu o 4º (Weber) e o 8º (Vettel) tempo.
Portanto, se a expectativa era o KERs, a atração é o DIFUSOR.
A história não vai acabar bem. Creio que a “força” das grandes equipes, mas – com absoluta certeza – o resultado da corrida já está sob “judice”.

Os tempos dos treinos LIVRES da madrugada (extraido dos dois treinos livres):



quarta-feira, 25 de março de 2009

INQUIETAÇÃO

INQUIETAÇÃO:

Dominei a ansiedade jogando xadrez. Afinal de contas, a cada movimento que faço, sou obrigado a esperar pela resposta do adversário. Restou-me a inquietação, eventual; principalmente, quando se trata de algo novo ligado ao esporte. É assim que me encontro na espera pela abertura da temporada da F1, em 2009.
A prova será na madrugada de sábado para domingo (03:00 horas). Melhor ainda... Sempre me confessei um apaixonado pelas provas da madrugada. Mas, a cobertura da televisão começa cedo. Na quinta, às 22:00 horas já teremos um verdadeiro desfile dos novos carros, pelas apertadas “ruas” do Albert Park, em Melbourne, Austrália. Ali já poderemos tirar a “febre” das possibilidades de cada competidor, de cada equipe. Alguns mistérios revelados.
Estou abrindo a minha 38ª temporada, acompanhando a F1. Uma vida. São quase 600 provas ininterruptas. Sendo que – em toda a história – a F1 correu 804 vezes. Cheguei a calcular muito mais de mil horas de minha vida, assistindo provas da F1. Só de provas ao vivo. Sem contar o resto... Não gastei e não desperdicei um segundo sequer deste tempo de dedicação. Foi tudo sempre extremamente prazeroso.
Começou com a companhia de um rádio de pilhas, no distante ano de 1971, quando não tínhamos ainda um campeão brasileiro. Nem televisão em Uruguaiana... A primeira – ao vivo – foi pela televisão em Porto Alegre, em 1978, quando ainda não estudava Direito (Ciências Jurídicas e Sociais, na época).
De lá para cá, montei um arquivo invejável, onde – entre outras relíquias – tenho toda a carreira de Ayrton Senna, gravada no meu velho e arcaico videocassete.
Este gosto, que vocês podem chamar de fanatismo, doença, qualquer outra coisa, acabou contribuindo decisivamente para outro vício: a escrita. Hoje, meus textos são publicados em vários jornais e sites do Brasil e do exterior (Argentina, Portugal e Espanha). Tornei-me até conhecido e “alimento” meu blog especialmente sobre automobilismo, onde armazeno meus textos (www.blogbandeirada.blogpot.com).
Neste final de semana, depois de cinco meses (da última prova no Brasil), vou preparar o meu ritual. Vejo todos os treinos, leio tudo que posso na internet, principalmente, as opiniões dos especialistas e amigos que convivo. Mas, no domingo, preparo e atraso bastante a janta, cuja sobremesa será a BANDEIRADA de largada de mais uma temporada. Aliás, campeonato que tem tudo para ser sensacional, com as regras novas, carros praticamente reconstruídos, pneus lisos, sem favoritos, por enquanto.
Vou curtir muito este momento. Para mim absolutamente especial. Assim como, curto muito parar a vida para assistir o esporte na televisão. Fiz disto, um dos grandes prazeres da minha vida e a convicção de que a felicidade está presente sempre neste momento.

URUGUAIANA, 25 DE MARÇO DE 2009.

CONVIDO aos leitores: acompanhar o especial do VOZES DO ESPORTE, no sábado pela manhã, a partir das 9:15 horas, pela Rádio São Miguel – AM 880, ou pela internet: (www.portaluruguaiana.com/smiguel). Confirmada a participação de CELSO ITIBERÊ, do Globo do Rio de Janeiro, um dos grandes especialistas da F1.

ENFIM, COMEÇA A TEMPORADA



FIM DA ESPERA:

Cinco meses se passaram entre o emocionante desfecho da temporada passada. Decisão na última curva. Dupla comemoração dos envolvidos. Ninguém tinha absoluta certeza do resultado final. Algo nunca visto na principal categoria do automobilismo mundial.
A F1 volta! Abalada pela crise financeira, pela polêmica do regulamento (mudança no critério de apuração do campeão), pela surpresa (resultado dos testes, a volta da Barrichello e a criação da Brawn GP).
Volta da F1 se dará, segundo o que se pode apurar nos testes, mais equilibrada, sem um favoritismo destacado. Um grupo maior de pretendentes aos melhores lugares no pódio: Ferrari, BMW, Toyotta, Brawn, Williams, Renault, somente depois a McLaren, ainda enfrentando problemas com o carro novo.
Tudo pode acontecer, no final de semana.

PONTO CORRIDO III:

Evidentemente, que venceu o bom senso. Seria uma temeridade modificar a regra para o apontamento do campeão e mexer nos números, na história da categoria. Nosso meio de comparativo das épocas. Além é claro, da possibilidade de se cometer uma séria injustiça e entregar a “taça” a alguém com muito menos pontos que os demais.
Fica melhor assim. O campeão será aquele que – ao longo de dezessete provas – conseguir os melhores resultados.
A medida era – no mínimo – inoportuna. Nos últimos quatro anos tivemos a decisão do campeonato na última corrida. Nos dois últimos anos, a diferença foi de um ponto. Portanto, não havia qualquer sentido em mudar agora.

EXPECTATIVAS:

A temporada (como quase todas) começa mediante expectativa, já que não se revelou claramente o favoritismo das equipes, nos testes. Segue a dúvida em relação ao desempenho da novíssima Brawn GP. Blefe ou mágica? Ainda preferi apostar no blefe. Afinal de contas, o carro estava montando para receber o motor Honda. Recebeu o motor Mercedes, de tamanho, forma e peso diferente. Não havia testado antes de Barcelona e Jerez. Acrescente-se a isto o fato da quase obrigatoriedade de chamar a atenção dos patrocinadores, para garantir o cumprimento integral da temporada. Tudo me leva a crer no blefe.
DESENHO DA BRAWN GP: a incógnita. (Marcel Marchesi),

HORÁRIOS, MADRUGADÃO E VOZES DO ESPORTE:

Como a nossa expectativa é gigante, seguem os horários das transmissões dos treinos e da prova de abertura da temporada. Com um detalhe: no canal Sport TV, a narração é do Sergio Maurício e os comentário do Lito Cavalcanti (este vale a pena ouvir).
Vale a pena, também, acompanhar o especial do VOZES DO ESPORTE, no sábado pela manhã, a partir das 9:15 horas, pela Rádio São Miguel – AM 880, ou pela internet: (WWW.portaluruguaiana.com/smiguel). Confirmada a participação de CELSO ITIBERÊ, do Globo do Rio de Janeiro, um dos grandes especialistas da F1.

Quinta-feira, 26 - 22h30 - 00h00: 1º treino livre (SPORT TV) Sexta-feira, 27 - 02h30 - 04h00: 2º treino livre (SPORT TV) Sábado, 28 - 00h00 - 01h00: 3º treino livre (SPORT TV NÃO CONFIRMADO)
03h00: treino de classificação (GLOBO)Domingo, 29 - 03h00: largada (58 voltas) (GLOBO)

URUGUAIANA, 25 DE MARÇO DE 2009.

sexta-feira, 20 de março de 2009

PONTO CORRIDO

PONTO CORRIDO:

O antes badernado e inventivo futebol brasileiro rendeu-se ao PONTO CORRIDO em seus principais campeonatos, acabando com o formulismo e regulamentos mirabolantes. Adequou-se aos tempos modernos e a própria legislação esportiva.
Enquanto isto, já em pleno Século XXI, os dirigentes da F1 cometem a blasfêmia de modificar a regra histórica da categoria e o apontamento do campeão será feito pelo número de vitória e não de pontos conquistados. Um retrocesso sem igual na categoria.
A regra somente poderá dar certo por linhas tortas. Ou seja: que os “Deuses” do automobilismo, todos, em conjunto tracem o destino que as vitórias nesta temporada sejam divididas e que cheguemos ao último GP, com mais de um candidato ao título, disputando a vitória final. Será a consagração da fórmula por linhas tortas. Mas, se os “Deuses” não conspirarem a favor de Bernie Ecclestone e sua turma, teremos o início do fim da categoria. Tudo porque, em meio uma grande financeira, ninguém aprovou as medidas. A revolta é geral. De dirigentes até pilotos. Passando, principalmente, pelo torcedor.

PONTO CORRIDO II:

Vejam que nos últimos quatro campeonatos, tivemos a decisão na última prova. No ano passado, na última curva. Valia para apontar o campeão, o ponto corrido. Prova de que a regra estava certa. Pouco importa que – no ano passado – só nele, o campeão tenha tido menos vitórias.
A base do campeonato esdrúxulo criado, limita o interesse das demais posições na corrida. Quem não tiver condições de vencer, vai se arrastar, economizar equipamento e tentar na próxima... Não vejo nenhum lucro ou atrativo para o público nisto. Portanto, sem essa de viva a vitória. Sou do ponto corrido. Quem fizer mais pontos é o legítimo campeão.

SEM PROJEÇÕES:

Não vou aqui divagar e fazer projeções que um piloto possa ser campeão com vinte (20) pontos, oriundo de duas vitórias, bastando que os demais dividam as 15 provas restantes. Quero deixar por definitiva a minha posição sobre o assunto: PONTO CORRIDO. E pronto... Não gostei nem na época do descarte. Quanto mais agora que os pontos nenhum valem mais.

VALORIZAÇÃO:

Se a turma da FIA quer valorizar a vitória, repito o texto da minha última BANDEIRADA: 15/10/7/5/4/3/2/1. Super valorização da vitória. Com pontos...


PELÉ E MARADONA:

Em um programa de TV, na Itália, o brasileiro Felipe Massa (participando ao lado do jogador Kaká) teria afirmado que Ayrton Senna foi o Maradona da F1 e que Michael Schumacher foi o Pelé. Bastou para reacender a velha discussão de que foi o melhor. Bastou para que Felipe Massa tenha ficado na alça de mira dos Sennistas. No primeiro descuido ou insucesso do brasileiro, pronto: avalanche de criticas. Podem ter certeza.

URUGUAIANA, 20 DE MARÇO DE 2009.

quarta-feira, 18 de março de 2009

FIM DA HISTÓRIA

FIM DA HISTÓRIA:

Mais uma surpresa para a temporada de 2009. A quinze dias do inicio da temporada, a FIA aprova a mudança na pontuação do campeonato. Agora, valem as vitórias e não os pontos. Não teremos as medalhas pretendidas pela "turma" do Bernie Ecclestone, porém, estabeleceram uma verdadeira "bagunça" com os dados históricos da categoria. Pouco me importa saber que 12 das 59 temporadas passadas, o campeão teve menos vitórias que o vice. Pouco me importa saber que Felipe Massa poderia ter sido o campeão, em 2008, mesmo tendo vencido o GP Bélgica, da forma que venceu. Importa-me o fato de que o campeonato de 2009 modifica a história da categoria. Prejudica os números, as estatísticas, a forma que usávamos como meio de comparação entre os pilotos e os registros históricos da F1.
Foi uma imposição absurda da FIA, algo arquitetado esdruxulamente por Ecclestone. Podemos até ter um final de temporada emocionante com mais de dois pilotos disputando o título, na última corrida, na última curva. Mas, poderemos ter muitos eliminados na disputa logo nas primeiras corridas. Basta que ajam quebras e que os companheiros de equipe tenham bons resultados. Acho que o jogo de equipe pode correr frouxo em 2009, com este novo regulamento. Além de aumentar o risco.
Sinceramente, não gostei da regra. Contraria todos os princípios de uma disputa que sempre foi historicamente uma competição de pontos, de regularidade, de estratégia. Se o objetivo é valorizar as vitórias, então que se estabeleça um aumento significativo de pontos para que obtê-la. Tipo: 15, 10, 7, 5, 4, 3, 2 e 1.
Em plena preocupação com a crise que abalou as estruturas da categoria, os dirigentes (leia-se Bernie Ecclestone) preocupasse em mudar a regra mais básica do automobilismo, que é o critério de pontuação, sinceramente, é o fim da história.

ABAIXO-ASSINADO:

A coisa mais incrível é a rebelião dos especialistas da F1. Aquelas pessoas que acompanham automobilismo, que entendem do assunto corridas, estão unanimemente indignadas. Prepuseram um abaixo-assinado contra a decisão da FIA. Uma petição em inglês dirigida ao Presidente Max Mosley pedindo o fim do critério. O endereço para os indignados. Já assinei!!! http://www.thepetitionsite.com/1/cancel-the-fia-approved-wdc-selection-criteria-for-f1-world-championship-2009

PALPITE:

Tem gente que não milita e não acompanha automobilismo que está dando palpite. Acham que a F1 é igual aos diversos campeonatinhos de final de semana, cujo regulamento se acerta na beira de campo. A F1 é principal categoria do automobilismo mundial. Infelizmente, ali, as equipes não têm a força de modificarem as imposições esdrúxulas dos dirigentes.

BRAWN:

Enquanto a Brawn domina os testes, os dirigentes abafam o fato, criando este sistema esdrúxulo de determinar o campeão da F1. A Brawn, em minha opinião, está fora do regulamento. Não posso crer que – em tão pouco tempo – um projeto que previsto para o motor Honda, tenha recebido o Mercedes tão perfeitamente. Vejam que o tamanho dos motores é diferente, a distribuição de peso, as questões aerodinâmicas de cada um. Portanto, diferente do que pensa a maioria, acho que a Brawn tenta chamar a atenção para obter um grande patrocinador e fazer a temporada. Dou o meu braço a torcer se as coisas forem realmente mágicas do Ross e sua turma.
URUGUAIANA, 17 DE MARÇO DE 2009.

VOLTANDO

VOLTANDO:

Volto, com imenso prazer, semanalmente ocupar este espaço. Para passar a vocês a minha opinião – mesmo a distância – daquilo que é notícia no automobilismo mundial, em especial, na F1, categoria principal e mais badalada do planeta.
Venho de um recesso (“férias”) de dois meses, onde o assunto predominante foi à crise mundial que afetou, abalou, preocupou a principal categoria do automobilismo mundial.
Agora, com a proximidade da abertura da temporada, novos assuntos surgem e retomo o meu lugar.

SURPRESA:

A grande surpresa deste início de 2009, é Rubens Barrichello. O brasileiro parecia definitivamente fora da categoria, aposentado, sem chances após o fim da Honda. Mas, quis o destino que nenhum empresário e/ou montadora se interessasse pelo espólio da Honda e, no final, quase no “apagar das luzes” foi adquirido por um grupo de remanescentes da própria equipe, liderados por Ross Brawn, engenheiro, que trabalhou sete anos com Barrichello (seis na Ferrari e um na própria Honda). Entre as opções do mercado e o fato da BRAWN GP ser novíssima, cabia ao seu “novo” proprietário investir em alguém experiente. Nada melhor do que confiar no seu velho amigo de todas as horas. Brawn recorreu, portanto, aos serviços de Barrichello. Escolheu o brasileiro pelo próprio momento delicado da equipe não ter realizado qualquer teste até então. Não poderia ele (Brawn) começar um projeto apostando em alguém sem experiência para desenvolver o carro. Mesmo que – com isto – tenha aberto mão de alguns dólares oferecidos pela vaga.

FUTURO:

Ross Brawn trabalhou todo o ano passado no projeto do Honda que virou Brawn. Ao assumir a equipe, levar a ela o seu nome e reputação, não quis apostar em novos nomes e nem vender a vaga. Preferiu investir no futuro. Pensou a equipe como um grande projeto permanente.


TESTES:

Nos primeiros testes realizados pela BRAWN GP, em Barcelona, os resultados chamaram a atenção. Ocupou sempre as primeiras posições e causou mais uma grande surpresa deste início de temporada. Mas, tem aquela história de que – nos testes – os carros andam com alguns segredos, que não podem ser usados no campeonato.

EQUILIBRIO:

Pelo grupo de testes realizados a partir de novembro, pode se afirmar que haverá equilíbrio nas primeiras corridas do ano. Muitas delas andaram bem: BMW, Red Bull, McLaren, Toyotta e Ferrari (esta última um pouco superior as demais). Aguarda-se com expectativa a abertura da temporada no dia 29 de março.

URUGUAIANA, 11 DE MARÇO DE 2009.