domingo, 11 de abril de 2010

NEM TANTO:

Nem tanto Bahrein, nem tanto Austrália, eis a definição do GP Malásia. Tiveram-se as ultrapassagens que faltaram em Bahrein. Tiveram-se as mesmices de ver definida as cinco (05) primeiras posições, tão logo passada a segunda curva (Vettel, Weber, Rosberg, Kubica e Sutil). Porém, do sexto para baixo, tiveram-se variações, brigas e indefinições. Foi o lado bom do GP Malásia.

CIRCUNSTÂNCIAS:

A indefinição das posições do sexto para baixo foi ocasionada pela chuva de sábado. Com a inversão do grid, provocada pelos erros da Ferrari e McLaren, que obrigou seus pilotos a largarem no fundo do pelotão. Portanto, tudo que ocorreu de bom no GP Malásia foi circunstancial.

ARROJADO:

Quem é o piloto mais arrojado da atual F1? Aquele que não se entrega. Que luta e que consegue as ultrapassagens. Aquele que – quando larga atrás – busca insistentemente um lugar melhor, às vezes, sem se preocupar com os riscos. Na minha modesta opinião, o piloto mais arrojado do grid é Lewis Hamilton. Demonstrou isto nas três provas da temporada.

INCOERÊNCIA:

A mudança da pontuação para valorizar a vitória, acabou – após três corridas – beneficiando o mais regular. Tivemos três vencedores (Alonso, Button e Vettel), nenhum lidera. O líder da pontuação, Felipe Massa não venceu nenhuma. Não liderou sequer uma volta até agora na temporada. Mas, chegou duas vezes no podium.

SURPRESA:

O carro da Red Bull é o mais festejado das primeiras provas da atual temporada. Desenho do mago Adrian Newey. Porém, pelas atuações da Renault/Genii com Kubica deixam claro que o motor está afinado com o novo regulamento. Para quem não sabe, ambas usam o mesmo motor. Talvez, seja a grande surpresa até agora: os Renaults.

CARROÇA:

Enquanto isto, Barrichello diz que tem pilotado uma carroça. Se não medir as palavras, certamente que, em breve, vai continuar pilotando a sua carroça e seu companheiro de equipe, Nico Hulkenberg, pilotará uma Williams.

URUGUAIANA, 07 DE ABRIL DE 2010.

quinta-feira, 1 de abril de 2010



CORRIDAÇA:

Tirei o chapéu para o GP Austrália. Teve de tudo que precisa ter uma grande corrida de automóveis. Tudo. Chuva na largada, enrosco entre três campeões (Alonso, Hamilton e Schumacher). Estratégia de corrida de Button, que acabou premiada com a vitória. Novo problema na Renault/Red Bull do favorito Vettel. Teve várias e diversas ultrapassagens. Talvez, a pista e suas condições tenha sido decisiva para o grande espetáculo, mas foi a rendição da F1, em relação a chatice do GP anterior, realizado no Bahrein.

COMPARATIVO:

Incrível a diferença entre as duas corridas iniciais da temporada. No Bahrein, circuito criado pelo “especialista” Hermann Tilke, tivemos uma das provas mais chatas da história da categoria. Agora, num circuito comum, improvisado dentro de um parque, tivemos uma baita corrida. Assim, ao que parece, a tentativa de modernizar os circuitos pelo mundo a fora, não tem dado certo. Os novíssimos circuitos criados pelo engenheiro alemão não tem funcionado. Não tem emoção. São politicamente seguros, mas o espetáculo é apenas de natureza visual. Arquitetônico, como o caso de Abu Dhabi. Corrida, mesmo...Nada!

“S” DO SENNA:

Quando houve a alteração do circuito de Interlagos, o piloto Ayrton Senna deu a dica do “S” no final da reta. Pois bem! Hoje o lugar é privilegiado em termos de possibilitar ultrapassagens. Não é só na F1 que o ponto é especial. Ali se vê ultrapassagens em todas as categorias que competem. Talvez, a solução para os circuitos de Tilke seria consultar uma comissão de pilotos, para que ajam pontos de ultrapassagem que tragam emoção nas corridas.

MALÁSIA:

Malásia foi a primeira obra de Tilke. Talvez, a melhor delas em termos de ultrapassagens. É larga e tem um retão que termina em grampo. Vamos ver como a nova F1 se comporta nesta pista. É o teste.

PONTUAÇÃO:

Não estamos ainda habituados a nova pontuação. Mas, o campeonato está bem equilibrado após as duas primeiras corridas. Alonso, 37; Massa, 33 e Button, 31. Pouca diferença. Muitos pontos em jogo. Tudo pode acontecer. Até grandes reações. Vamos esperar. A próxima é domingo, na Malásia, na madrugada, cinco da manhã.

URUGUAIANA, 31 DE MARÇO DE 2010.

sexta-feira, 12 de março de 2010

RETORNO:

Nunca demorei tanto para retornar do recesso da F1. Justamente, no ano prodígio em novidades. Fatos que mereceriam uma atenção especial de minha parte. Mas, a minha nova ocupação tem “roubado” integral dedicação. Assim, deixei de comentar tempestivamente a volta da Michael Schumacher, um grande fato da F1 para 2010. O retorno da Mercedes, não mais como fornecedora de motores, mas como equipe, adquirindo a Brawn GP. Na chegada da Cosworth, que pode – através da Williams – ser a surpresa do campeonato. Teremos a estréia de novas equipes e novos pilotos brasileiros, aonde chegamos ao número de quatro (Massa, Barrichello, Di Grassi e Bruno Senna).
E temos a regra nova, com o fim do abastecimento. Mudou a pontuação e mexeram nos números. Todas as novidades que passarei a comentar, aqui, no espaço já tradicional, que ouso chamar de BANDEIRADA, afinal, o momento sublime do automobilismo.

CHEGADA:

Nenhuma noticia causou tanto “alvoroço” na mídia mundial e na mídia ligada ao automobilismo do que a chegada de Michael Schumacher na F1 e na novíssima Mercedes. Chegada não, retorno! Vários foram os questionamentos, principalmente, pelo fato do alemão ter parado quase quatro anos. Por voltar numa F1 bem diferente de sua época. Opinião: não esperem que ele chegue dominando tudo e conquistando a pontuação como aquela que conquistou em 2004, na imbatível Ferrari. Mas, considerem como uma das potencialidades na conquistas de importantes vitórias e, dependendo das demais equipes, disputar o título até o final. Mas, por óbvio, se nada conseguir, não poderá abalar a sua fantástica carreira na F1.

SURPRESAS:

Não creio que 2010 as equipes apresentem surpresas nas provas iniciais, como foi a Brawn GP em 2009, que chegou ganhando seis das sete primeiras provas. Acho que haverá muito equilíbrio. Especula-se que a Ferrari está à frente das demais. A McLaren também treinou bem. O desenho da Red Bull é revolucionário e tem – ainda – a Mercedes e a Williams, esta com os novos motores Cosworth, que tiveram o privilégio de serem desenvolvidos até o dia 01/03/2010, quanto os demais estão congelados já a dois anos.


BRIGAS INTERNAS:

Outro ponto importante de debate é a briga interna das equipes Ferrari e McLaren. Por óbvio, a Ferrari será dividida em duas fatias: a fatia de Felipe Massa e a fatia de Fernando Alonso. Só o tempo dirá qual a fatia do bolo será maior. Da mesma forma, a McLaren. Com dois campeões mundiais dividindo o mesmo espaço: Hamilton e Button. Uma guerra interna. Vamos esperar para ver que se dá melhor.

URUGUAIANA, 10 DE MARÇO DE 2010.