quarta-feira, 10 de junho de 2009

MAIS IMPORTANTE:

Mais uma vitória de Jenson Button. Mais uma vitória da Brawn GP. Venceram em todos os tipos de pistas, em todas as condições, faça chuva, faça sol. Nada mais resta, a saber, no campeonato. Button já é campeão. Porém, algo de muito relevante vai ser objeto de muita analise a partir do que se viu nesta temporada: a importância da engenharia.
Veja-se que – até o final da temporada passada – Jenson Button amargava as últimas posições com um carro extremamente problemático como era a Honda. Num Passo de mágica, assumiu – quase na abertura desta temporada – um dos carros da Brawn e lidera facilmente o campeonato.
Qual a leitura que se pode fazer disto? Simples !! Um ótimo engenheiro é muito mais importante do que um bom piloto. O engenheiro consegue fazer milagres de transformar um carro perdedor, num vencedor. O piloto, me desculpem, não!!!

CABAL:

Tínhamos a noção da importância do carro. Agora, temos a prova cabal. Incontestável. Não estou dizendo com isto, que o piloto não tem importância. Porém, reduzo esta. A transformação da Honda em Brawn é a confirmação. Lembro da velha máxima: “Maior inimigo é o companheiro de equipe”. Única chance que o piloto tem de provar que é melhor.

REPROVADO:

O regulamento deste ano, com pneus lisos, limitações aerodinâmicas, difusores e etc está reprovado. Com nota vermelha e baixa. Vínhamos de quatro temporadas decididas na última prova. No detalhe, como a última em Interlagos. As novas regras deram ampla vantagem para uma só equipe, que soube “LER” melhor o regulamento. Não teremos mais interesse. As próprias equipes já estão se desmotivando e trabalhando no projeto do próximo ano. Portanto, retrocesso num momento crucial da F1.






REUNIÃO DA CUPULA DAS EQUIPES GRANDE DA F1, REALIZADA NO IATE DE FLÁVIO BRIATORI


FRIAMENTE CALCULADO:

Não lembro bem o nome do personagem que dizia fazer as coisas “friamente calculadas”. Creio que se tratava do Agente 86. Uma versão mais moderna da “Pantera Cor de Rosa”. Acertava as suas ações no último detalhe, sem a mínima intenção, com carregadas doses de sorte. E seguia sobrevivendo...
A história do novo regulamento da F1, com a LIMITAÇÃO DE GASTO, estão mais ou menos parecidas com a carreira do atrapalhado “86”. Os agentes Mosley e Ecclestone chegaram a montar uma estratégia, noticiando que as equipes deles (March=Mosley e Brabham=Ecclestone) estariam escritas no campeonato mundial de 2010. A seguir, o todo poderoso Mosley fez uma declaração tão bombástica, quanto ao nosso político (**) gaúcho: “- Estou me lixando para as montadoras.” E, ainda: “- Elas que criem uma competição...”
Na verdade, os “agentes” da F1 querem mesmo é colocar pressão nas “grandes” para a aprovação da “tabela” de gastos. Para isto, querem demonstrar que tem muita gente interessada em ocupar vagas na F1, desde que aja a drástica redução dos custos. Na listagem deles, já chegam a vinte (20) o número de inscritas para 2010.
Certamente, como no caso do atrapalhado agente 86, a F1 sobreviverá a mais esta. As montadoras ficarão; não vai haver nenhuma categoria nova, os custos descerão, e a March e a Brabham não disputarão a próxima temporada. Tudo friamente calculado...

(**) Aliás, político que construiu o autódromo de Santa Cruz do Sul.

URUGUAIANA, 10 DE JUNHO DE 2009.


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