quarta-feira, 1 de julho de 2009

MINHA ESCOLHA:

Por tantas vezes, desdenhei da “crise” da F1. Da briga entre FOTA e FIA. Sempre achei que terminaria em pizza! Depois de anunciado o calendário da “New F”, tive certeza do blefe das “grandes”. Mas, fiquei imaginando que me obrigaria a escolhe: F1, a tradição das corridas de automóveis, com gastos controlados, com a volta dos garagistas ou a Nova “New” com as montadoras e todas as suas tecnologias, sem limites de orçamento e testes liberados o ano inteiro? Imaginem-se no meu lugar, um fanático, tendo que escolher, no mesmo horário das nove de domingo, qual delas assistirei?
O bom senso prevaleceu. A guerra acabou. Teremos em 2010, só uma F1. Não precisarei escolher...

INTERESSES:

São muitos os interesses por trás de todo este conflito. A verba da comercialização dos GPs e a fatia que cabe a cada equipe é um dos grandes pontos de discórdia. Do bolo, a parte menor cabe para as equipes, que – na verdade – são as responsáveis pelo espetáculo e são as que fazem o investimento para colocarem os carros na pista. A outra “migalha” cabe as empresas administradas pelos “pobres” Bernie Ecclestone e Max Mosley, FOM e FIA, respectivamente. O segundo ponto, é o teto de “gastos”. Montadoras não aceitam o controle e divergem em relação ao limites de testes. O terceiro ponto é o poder. O fiel da balança sempre foi a Ferrari. Está é a primeira vez que a tradicional equipe italiana está do lado das equipes. Esquecendo um pouco os seus interesses. A Ferrari, pelo que se sabe, acabou sendo decisiva no acordo, já que na noite de terça, houve uma reunião entre o seu diretor Luca de Montezemolo e Bernie Ecclestone, onde – certamente – costuraram as condições, homologadas nesta quarta.

FRAQUEZA:

Se o racha fosse definitivo, todos PERDERIAM! Exemplo disto, aconteceu na ramificação da antiga Fórmula Indy norte-americana. Ficou de um lado a F-Indy e de outro a F-Mundial. Ambas fracas e sem interesse. Se ocorrer isto na F1, certamente, ambas as categorias teriam um enfraquecimento. Por isto, torci para que a união fizesse a força.

RESULTADO:

Enquanto continuava a guerra de interesses e de poder, tivemos a corrida de domingo com o GP Inglaterra tendo uma nova vitória (com autoridade) de Sebastian Vettel. O jovem alemão reascendeu a chama do campeonato. Diminuiu a desvantagem. Porém, o mais importante foi o fato de que a sua Red Bull está se aproximando da Brawn GP. A próxima batalha será daqui a três semanas, onde veremos se ainda há chances para os carros austríacos.

URUGUAIANA, 24 DE JUNHO DE 2009.

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