quarta-feira, 29 de julho de 2009



PREDESTINAÇÃO:

Estou escrevendo um livro sobre os ACIDENTES DA F1. Obviamente, que me detenho a pesquisar aqueles que causaram morte nas pistas. Quase tive que abrir um novo capítulo, no GP Hungria. Mas, o último, continua sendo o da Tamburello, em 1994.
Mas, vejo uma predestinação dos pilotos brasileiros, no envolvimento com acidentes inusitados. Como acompanho a categoria desde o início da década de 70, convivi com o incidente de Emerson Fittipaldi, de cujo seu Lótus, partiu uma “pedra” que atingiu Helmunt Marko, que acabou perdendo a visão em um dos olhos. Num caso, absolutamente semelhante ao que ocorreu com Felipe Massa, no sábado, em Hungaroring.
Os brasileiros, nos últimos anos, tem se envolvido com fatos estranhos as pistas. Cristiano da Matta deixou de correr após sobreviver a um acidente com um cervo, que cruzou a sua frente. Bruno Senna foi com um cachorro. Massa com uma mola. Que coisa! Senna, por exemplo, perdeu a vida por força dos pedaços da suspensão dianteira de seu Williams, que “furaram” a viseira de seu capacete. A saída da pista, na Tamburello, não seria suficiente. Fatalidades...

OUTROS CASOS:

Mas, não é só com brasileiros que ocorre acidentes estranhos. Embora a nossa predestinação para eles. Stefan Johansson também “atropelou” em cervo, em 1987. Tom Pryce, uma das revelações do final da década de 70, perdeu a vida ao bater no “extintor de incêndio” carregado por um Fiscal. Tentava-se apagar o fogo do carro do companheiro de equipe de Tom, Renzo Zorzi, em Kyalami, 1977. Morreram o fiscal que atravessa a pista e o piloto pela batida no extintor.
Inusitado, também, o que ocorreu com Alberto Ascari, em Mônaco, 1955. Um mergulho com sua Ferrari, nas águas do Mediterrâneo, após não conseguir contornar a curva do Porto. Foi salvo por mergulhadores. Morreu não prova seguinte, em Monza. Destino...

OLHO:

A grande preocupação com o acidente de Felipe Massa sempre foram com o olho atingido. Um piloto de F1 precisa estar 100% bem com os braços e com os olhos. São seus principais objetos de trabalho. Nelson Piquet, por exemplo, após o acidente e a desaceleração que sofreu em Imola,1987, disse ter perdido a noção longitudinal da visão. Disse que pilotava bem, quando estava com alguém a sua frente. Mas, perdia um pouco da noção, quando estava sozinho, sem ninguém a sua referência. É um dos problemas, certamente, que terá que passar o Felipe Massa, na sua recuperação.

ESPECULAÇÃO:

Não esperem uma definição breve das conseqüências do acidente de Felipe Massa. Ninguém, quiçá nem os médicos, terão respostas. Só o tempo! O problema do olho e a desaceleração podem deixar seqüelas.

GP:

Para nós, brasileiros, o GO Hungria se tornou quase irrelevante, diante do acidente de Felipe Massa. Mas, em se tratando de Hungaroring, uma das piores pistas em termos de emoção, até que o GP se salvou. Tivemos boas “brigas” e a vitória – quase surpreendente de Lewis Hamilton e com autoridade. No que se refere ao campeonato, à disputa tornou-se intensa entre Button e os dois pilotos da Red Bull. Agora, teremos um intervalo de três semanas.

PUNIÇÃO:

Na corrida passada, um episódio da largada envolvendo Weber e Barrichello, ocasionou a punição do australiano. Manifestei contrario, já que no miolo do pelotão vário são as manobras iguais e que não merecem averiguação dos Fiscais. Pois a prova veio a meu favor na manobra realizada por Raikkonen e que não gerou punição no Hungria. Mesmo tendo tirado da corrida o Vettel. Ambas, em minha opinião, manobras de corrida.

URUGUAIANA, 30 DE JULHO DE 2009.

Um comentário:

DESIGNER BIRA disse...

Vicente, a matéria sobre seu livro é muito interessante. Gostaria de poder ler, já foi publicado? Ela vem de encontro com essa "O ACIDENTE DE MASSA E A MORTE DE SENNA PODERIAM TER SIDO EVITADOS COM O USO DO PCP?" http://designerbira.blogspot.com Gostaria que visse e comentasse a respeito. Um grande abraço.