quarta-feira, 12 de março de 2008

UMA VIDA DE DEDICAÇÃO

DEDICAÇÃO:

Abre a temporada de F1, neste final de semana. Por óbvio, será a principal atração. Não nego a minha ansiedade, já que foram cinco longos meses de espera desde a última prova (GP Brasil, outubro/2007). Não nego, também, a imensa dedicação que tenho por esta categoria, que é principal do automobilismo mundial.
Para começar, confesso: acompanho ininterruptamente todas as provas realizadas pela F1, desde julho/1971. (SIM, 1971, não é erro de digitação). Primeiro, pelo radinho de pilhas, de difícil sintonia, na Globo do Rio, às vezes, na Jovem Pan e até em rádios argentinas. Na TV só por vídeotape, a partir de 76 (a TV só chegou aqui em 1974). Ao vivo, só em 1978, quando foi estudar em Porto Alegre. São quase 600 provas acompanhadas (a F1 ainda não realizou 800, que será em Cingapura, este ano). Só perdi 201 de toda a história, que começou em maio/1950, dez anos antes de eu nascer.
Hoje, orgulhosamente, escrevo em 23 jornais/sites (22 do Brasil e 01 de Portugal) sobre a F1. Isto até me tornou um pouco conhecido, entre aqueles que militam no meio. Por isto, estou sempre recebendo convites para participar de várias corridas, especialmente, a Stock Car Brasil. Mantenho um arquivo invejável de ter a disposição todas as provas – em videocassete – desde a temporada de 1984 (toda a carreira do Ayrton Senna). Estou terminando de escrever um livro sobre os ACIDENTES. Especialmente, aquele inesquecível da Tamburello, em 1994, o último fatal.
Vibrei com Emerson, com Piquet. Chorei por Gilles, Senna, Cevert e Peterson. Ri de Mansell e admirei Schumacher.
Lembro de GPs, como o da Suécia/1973, que Dennis Hulme passou cinco carros, nas dez voltas finais e ganhou a prova. Do GP Mônaco/1982, que quase não teve vencedor. Lembro a cara do diretor de prova esperando – por ninguém – para dar a BANDEIRADA. Até que apareceu o Ricardo Patrese, único a recebê-la. (seis carros pararam na última volta, por uma série de problemas).
As corridas quem mais espero na temporada são: todas as realizadas na madrugada (duplo fascino, pela F1 e pela madrugada) e mais, o GP Mônaco e o GP Bélgica, na desafiadora pista de Spa-Francorchamps. E quando me atrevo a pilotar num Play-Station, sempre escolho as duas. Para passar no túnel de Monte Carlo e sentir um frio na barriga da Eau-Rouge de Spa. Quem já passou pela experiência sabe bem no que eu estou falando...
No domingo, começo a minha 38ª temporada da F1. Uma vida dedicada a uma de minhas paixões. Aguardo, com imensa expectativa, para ver como se apresentam as equipes, os candidatos ao título. Não descarto o favoritismo das Ferraris e das McLarens. Mas... Com o andar cada carruagem (metade do campeonato), incluo Fernando Alonso. O favorito ao título (ou ao bi) é o finlandês Kimi Raikkonen.
Para aqueles que apreciam a F1. Ótimo, GP Austrália. Ótima, temporada.

Um comentário:

Felipe Maciel disse...

Uau...

Muito legal, Vicente...

Já adicionei seu link, voltarei sempre que der.

Abraços