segunda-feira, 22 de outubro de 2007

JUSTICEIRO

BANDEIRADA – POR VICENTE MAJÓ DA MAIA

JUSTICEIRO:
À margem dos escândalos da temporada, fazendo o seu trabalho quieto, sem polemica, sem encrenca com seu companheiro de equipe, com grande destaque na segunda metade da temporada e com seis vitórias (maior vencedor de 2007), o finlandês, ruim de mídia, mas muito bom piloto, arrebata – de forma inédita – o título de 2007, na F1. Depois da descoberta da espionagem, a não punição dos pilotos da McLaren, seria injusto, se ostentassem o título de campeões do mundo. Assim, o título fica em ótimas mãos!! Foi feita Justiça, por linhas certas. Dentro da pista, uma grande reação. Conseguiu uma grande proeza. Acreditou sempre!!! Traduz a vitória do esporte contra a politicagem.

HERÓI OU ANTI-HERÓI:
O público, em geral, compartilha com heróis polêmicos. Escolhe quase que sempre, os mais chegados à mídia, a grandes declarações e badalações. São estereotipados!! No caso de Kimi Matias Raikkonen as coisas são bem diferentes! Veja-se que o finlandês nunca esteve envolvido com brigas internas dentro de suas equipes, que viessem a chamar a atenção. Nunca houve com ele qualquer polêmica de relacionamento com seu companheiro de equipe e com seus adversários na F1, nunca deu uma declaração bombástica contra algo que lhe tenha desgostado dentro de suas equipes. E contrariando a maioria, tem atitudes éticas, com seus colegas de profissão (nunca se envolveu em um acidente doloso). Assim, em meio à gigantesca badalação feita em cima da briga interna da McLaren e o acompanhamento quase que diário da vida privado da nova estrela da F1, Lewis Hamilton, vejo o finlandês como um anti-herói para a mídia internacional (anti-herói, não bandido!!). Não sorri. É extremamente tímido. Não briga!! Responde aos jornalistas com frases pequenas. As vezes, com um simples: sim ou não!! Não é um bom relações públicas de si mesmo. O máximo que conseguiu até hoje foi despertar o interesse da imprensa sobre suas noitadas e bebedeiras, na época de férias. Mas, esta postura – contrária aos interesses da grande imprensa internacional – não pode tirar os méritos que ele apresenta dentro das pistas. É, como outros, um grande campeão nas pistas. E mereceu o título de 2007.

TORCIDA:

Na BANDEIRADA da semana passada, mencionei minha torcida pela Justiça. Portanto, estou satisfeito com o resultado do campeonato.

NOVATO:
Pouco vale a especulação sobre os problemas enfrentados por Lewis Hamilton em Interlagos. A história de que apertou ou não o botão do neutro e desativou o setup do carro. Se desperdiçou dois match-point com saque a favor, terá que superar o trauma. Importa que ele foi o estreante mais surpreendente da história da categoria. Certamente, será um campeão num futuro muito breve.

AMARGO:
Não gostei das atitudes de Massa no podium. Primeiro, foi mostrar que “entregou” a vitória, saindo do posto para mostrar a taça ao torcedor. Depois, não participou do “banho” de champagne ao novo campeão. Parecia não reconhecer em seu companheiro de equipe o legitimo campeão de 2007.

PERDEDOR:
Se Raikkonen foi o grande vencedor da F1 em 2007, o grande perdedor foi Ron Denis. Jamais havia perdido como perdeu nesta temporada. Não falo só do título. Falo da ética, da escolha errado do piloto para enfrentar a Ferrari, neste final. Manchou a F1 com o escândalo da espionagem, manchou a F1 quando declarou total apoio ao piloto Lewis Hamilton. Foi responsável direto em fomentar a intriga entre seus dois pilotos. Alimentou a vaidade e o ego. De quebra, pelo que se viu nas duas últimas corridas, prejudicou deliberadamente as possibilidades de Fernando Alonso conquistar o tri. Perdeu sozinho o campeonato. Castigo!!

MELHORES:
BANDEIRADA sempre é o primeiro em apresentar os melhores da temporada. A justificativa vem na próxima, mas a minha listagem tem, pela ordem: Hamilton, Raikkonen, Alonso, Massa, Rosberg, Hiedfeld, Vettel, Kubica, Kovalainen e Sutil.

TARUMÃ:
Lá vou eu!! Agora, é a Stock Car do Brasil.

URUGUAIANA, 22 DE OUTUBRO DE 2007.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

ROTEIRO

BANDEIRADA – POR VICENTE MAJÓ DA MAIA

ROTEIRO:

Repercutiu na última BANDEIRADA, a questão do filme sobre a temporada de 2007, da F1. A grande dúvida do ali debatido, foi em relação a quem efetivamente merece o papel principal do filme. As opiniões foram diversas. Há quem defenda com hulhas e dentes, que o “mocinho” deve ser Lewis Hamilton. Afinal, postura de bom moço, jovem ídolo, que chegou assombrando recordes na categoria. Representa a novidade em detrimento ao grande número de competidores já bem conhecidos do público. Figura como leal a sua equipe. Contra somente o fato do envolvimento no caso de espionagem, fato que também seu adversário e companheiro Fernando Alonso se envolveu. Na defesa de Fernando Alonso, tem aqueles que o vêem como injustiçado dentro da equipe. Segundo estes, a McLaren e a FIA trabalham pelo título do novato Hamilton. Correndo por fora, os defensores de Kimi Raikkonen. Estes, baseiam seus argumentos no fato de que o finlandês, manteve-se a margem dos escândalos da categoria e teria sido a grande vitima da temporada. Por Justiça, que não foi feita pela FIA, mereceria o título.
Obrigatoriamente, o roteiro tem que ter o seu herói. Portanto, a escolha – no nosso caso, no nosso filme - é absolutamente pessoal. Uns usam o coração, outros a razão, mas todos nós temos a nossa preferência, para a parte final e mais importante, que é o título da temporada. Escolho a minha usando critério de Justiça!!

DEPENDÊNCIA:

O único que corre sem depender do resultado dos adversários é Lewis Hamilton. Basta chegar à frente de Alonso e de Raikkonen. No que se refere às chances do espanhol, por pura ironia, precisa da ajuda do próprio adversário Raikkonen (e dos demais é claro). Se Alonso vencer, alguém tem que evitar que Hamilton seja segundo. No que se refere às chances de Raikkonen, a coisa fica bem mais complicada. Precisa de uma dobradinha com Massa, para eliminar Alonso. Mas, precisa que outros (inclusive, Alonso), evitem que o inglês chegue entre os cinco primeiros. Para ser campeão, o finlandês precisa, portanto, da dobrainha da Ferrari (elimina Alonso) e que Hamilton seja sexto. É complicado. Não vi os prognósticos dos matemáticos, mas os percentuais de Hamilton devem ultrapassar os 80% de chances de ser campeão. Caberão para Alonso, 15% e para Raikkonen, 5%.

DEFININDO O DESTINO:

Entre as várias “variações” possíveis, existe uma em especial, na qual Fernando Alonso poderá definir o título em favor de Hamilton. Imaginemos, então: última volta. Raikkonen perto da linha de chegada, liderando, com o escudeiro Massa, em segundo. Hamilton passa, em sexto. Mantidas as posições, na soma total, Raikkonen ganharia o título em número de vitórias (6 x 4). Porém, em terceiro (ou quarto, ou quinto) corre Fernando Alonso. Como está a frente de Hamilton, pode colaborar com o título saindo da pista ou parando no box. Enfim, cedendo a posição para o companheiro de equipe. Assim, Hamilton poderia subir uma posição e – em quinto lugar – garantir o título por um ponto de vantagem sobre Raikkonen. Pergunta: Qual atitude tomaria Fernando Alonso podendo decidir quem será o campeão da temporada? Não dá para descartar a hipótese. Mas, quem quiser opinar, por favor, faça antes do GP (vmmaia@uol.com.br).

ATENÇÕES VOLTADAS:

Todas as atenções estão voltadas para Interlagos e para a definição do campeonato. O melhor dos últimos dez anos, no mínimo. As variações, a possibilidade de surpresas. Dizem que – desta vez – não haverá chuva. Porém, para que a prova fique sensacional, imaginemos a troca de motor de Hamilton, tendo que “pagar” a pena de 10 posições no grid. Sinceramente, se isto acontecer, será realmente uma prova sensacional. Boa prova para todos. Que vencem quem mais merecer.

URUGUAIANA, 17 DE OUTUBRO DE 2007.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

HOLYWOODIANA

BANDEIRADA – POR VICENTE MAJÓ DA MAIA LEIA-BLOG BANDEIRADA:

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HOLYWOODIANA:

A temporada de F1/2007 é definitivamente uma trama de fazer inveja aos maiores roteiros de Holywood. Teve de tudo!! Dentro e fora das pistas. Para não ser mais esquecida. Para ganhar o OSCAR dos últimos vinte anos. A história começa com o novato atrevido, que estréia subindo ao podium. Passa pelo revezamento de vitórias entre os quatro pretendentes ao título. Enquanto esquenta a disputa nas pistas, ferve – fora dela - a história da espionagem, a tentativa de sabotagem, enfim... Especulação de punições, desclassificação de equipe do mundial de construtores, são fatos que incrementam a história. Teve briga interna na McLaren, proteção declarada por um dos pilotos. Quase no fim, o piloto que tinha a mão e meia na taça, se vê em apuros para arrebatar o título e ser o mais jovem e o primeiro negro a vencer na principal categoria do automobilismo mundial. Chegamos à última corrida sem campeão e com três pretendentes. Roteiro que nenhum Steven Spielberger foi capaz de imaginar, na sua brilhante carreira nas telas. Roteiro para virar filme. Urgente!!

MERECIMENTO:

A dramaticidade do final de temporada, na definição do título é merecida por nós os amantes da velocidade. Há muito tempo, vimos campeonatos sendo decididos na metade da temporada. Quantas vezes, vimos corridas com vitórias pré-anunciadas. Favoritismo destacado de uns, enquanto pouco se esperava de vários. Agora, não!!! Depois de dezessete provas, chegamos ao GP Brasil com três pilotos disputando o título. A temporada parece ter sido escrita linha a linha, para nós, que fomos castigados vários anos. Como espectadores, nunca nós desistimos e, portanto, merecemos este final especial, recheado de expectativas.

TRIPLICE:

No inicio do campeonato houve um tríplice empate na liderança (três pilotos tinham 22 pontos, até a prova do Bahrein). Mais tarde, quatro pilotos passaram a dividir três vitórias para cada um (até Turquia). Agora, numa variação matemática pouco provável – mas possível – o campeonato pode terminar com um empate entre os três pretendentes atingindo 108 pontos. Para isto, seria necessário que Raikkonen (100) fosse segundo no Brasil; Alonso (103) teria que ser quarto e Hamilton (107), o sexto. Terminaram a temporada todos com 108 pontos e o título caberia para Raikkonen pelo número de vitórias (tem 5, contra 4 dos demais).

INÚTIL:

A imprensa dita especializada detona Hamilton, pelo resultado do Japão. Atribuem a ele a responsabilidade do erro, a sua inexperiência, por não ter trocado os pneus duas voltas antes. Não vejo muita relevância na pressa de apontar culpado. Vejo, sim, que a McLaren manteve o piloto o máximo possível na pista, por estratégia de pit-stop. Não deu certo. Ponto. Acabou a borracha e deu no que deu. Tivesse dado certo, ninguém falaria nada. E a taça já estaria no armário.

NOVA GUERRA:

A nova guerra da F1 é fora das pistas. Os exércitos não pilotam carros, não se debruçam sobre pranchetas, não examinam pneus, não acompanham detalhes de telemetria. Às vezes, os soldados entendem muito pouco de automobilismo e são dominados por um imenso patriotismo. Fato da guerra feita pela imprensa inglesa, que defende Lewis Hamilton e a imprensa espanhola que defende Fernando Alonso. A nova guerra da F1 tem intriga, falsa boataria, como nunca foi visto na mais importante categoria do automobilismo mundial. Não é guerra religiosa, mas beira o fanatismo.

CONFIRMAÇÕES:

Entre as confirmações da temporada, a mais evidente é Lewis Hamilton, novato, quase campeão, que ninguém apostou no início de temporada, quando se falava somente em três pretendentes (Alonso, Massa e Raikkonen). Mas, as confirmações podem ser ampliadas em menor grau de importância, embora evidentes, para mais alguns pilotos. Entre eles: Sebastian Vettel, duas grandes corridas na Toro Roso; Adrian Sutil, carregando nas costas a Spyker. Podemos acrescentar na lista o recuperado Nico Rosberg. Todos merecem carros melhores para 2008.

URUGUAIANA, 10 DE OUTRUBRO DE 2007.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

O SALVADOR

BANDEIRADA – POR VICENTE MAJÓ DA MAIALEIA-BLOG BANDEIRADA: WWW.BLOGBANDEIRADA.BLOGSPOT.COM
O SALVADOR:

São Pedro salvou novamente a F1. Na segunda corrida do ano com chuva, tivemos a melhor da temporada. Tirando as voltas intermináveis com o inútil safety-car (viu-se mais tarde serem desnecessárias), o GP Japão, abaixo do Monte Fuji, foi eletrizante. Teve de tudo!! Vitória incontestável do novo talento da F1, Lewis Hamilton. Teve erro na escolha de pneus (mais um da Ferrari em 2007). Teve liderança da Toro Roso, com Sebastian Vettel (merece algo melhor). Teve batida inexplicável deste em Mark Weber, estragando a possibilidade de podium para ambos.Teve Spyker marcando seu primeiro ponto, com Adrian Sutil (também, merece algo melhor). Teve a ultrapassagem por fora de Raikkonen sobre Coulthard. Teve o duelo final, insano, de Kubica com vitória de Massa. Teve o fim das esperanças da Ferrari em ganhar, também, o campeonato de pilotos. Teve Alonso no muro e quase sem esperanças de ser tri. Como disse: teve de tudo, no GP Japão.

CONFIRMAÇÃO:

Não foi só o título quase confirmado por Lewis Hamilton que chamou a atenção neste final de semana. O novato inglês mostrou que realmente merece ser o primeiro estreante campeão (na verdade, segundo, se contarmos que Farina ganhou o primeiro campeonato da F1, em 1950). Mostrou maturidade e experiência dos grandes campeões da F1, pilotando com precisão e competência, no dilúvio de Monte Fuji.

DESTAQUES:

Dois novatos, ambos alemães, mostraram que precisam de mais carro: Sebastian Vettel (apesar do erro de bater em Weber) e Adrina Sutil. Este marcou o primeiro ponto da história da Spyker. Deu-se muito bem nas duas últimas corridas, com a evolução do carro. Se derem mais, certamente, mostrará mais...

DUELO:

O duelo da corrida foi nas voltas finais: Massa contra Kubica. Manobras dignas de registro. Porém, só possíveis por força das condições da pista molhada. Caso contrário, nenhum dos dois teria condições de fazer qualquer tentativa, quando mais ultrapassagem. Daí, eu não comparo, por vários aspectos, com aquela famosa disputa de Villeneuve e Arnoux, em Dijon-Prenios, em 1979. Naquela, a pista era seca e foram várias voltas de um verdadeiro duelo.

BOATARIA:

Continua infernal a boataria na F1. Agora, sai a noticia de que Ron Denis e Lewis Hamilton iriam para a novata ProDriver em 2008. Que Alonso seria da Toyotta. Não creio em nada. A McLaren não vai ser extinta, correrá em 2008 com Alonso e Hamilton e será o ano da revanche. A Prodrive terá um novato e o Pedro de La Rosa e os velhinhos não se aposentarão.

CHINA:

A F1 pode terminar domingo. É a vez da China. Outra madrugada... Basta Hamilton chegar na frente de Alonso. Nem falo em Raikkonen este só um milagre. Massa já era. Corre 2008 com a corda no pescoço.

NO AR:


URUGUAIANA, 03 DE OUTUBRO DE 2007.

DESPRESTIGIADO

BANDEIRADA – POR VICENTE MAJÓ DA MAIALEIA-BLOG BANDEIRADA: WWW.BLOGBANDEIRADA.BLOGSPOT.COM

DESPRESTÍGIO:

As últimas notícias sobre a possibilidade de Fernando Alonso ser da Ferrari em 2008, têm um significado tão bombástico para a F1, quanto o desprestigio do brasileiro Felipe Massa, dentro da equipe italiana. Mesmo que seja mentirosa. Veja-se que – mesmo não concretizando a pretensão – a Ferrari demonstra não estar satisfeita com o trabalho do brasileiro. Aliás, preparado por longo tempo para substituir o alemão Michael Schumacher, não conseguiu até agora o seu intuito de ser unanimidade dentro da equipe. Foram três vitórias em 2007 e um provável final de campeonato sem chance de lutar pelo tão esperado título. Se seguir assim até o final do campeonato, terá um destino não esperado, principalmente, pois iniciou a temporada envolta no otimismo. Alguns poderiam justificar que Massa seria o sacrificado, pois Raikkonen foi contratado a peso de ouro pela equipe italiana. A coisa não é tão simples assim. O sacrifício se houver (em minha opinião não haverá), será fruto da não conquista do título pelo piloto brasileiro. Querendo ou não, Massa chegou na equipe, foi preparado para substituir Schumacher e vencer o título. Não tendo dado resposta imediata, a F1 não espera. É vítima do momento vivido pela categoria.

NÃO MUDA:

Apesar do comentário acima, onde externo mais a situação de massa, do que a possibilidade de se concretizar a troca, quero reafirmar: Alonso não vai para Ferrari. Massa, não sai. Porém, terá que ir para o “tudo ou nada” na próxima temporada. Ou emplaca o título tão sonhado pela equipe de Maranello ou assemelha seu destino ao de Rubens Barrichello. Porém, passará 2008, literalmente, com a corda no pescoço.

TUDO OU NADA:

Declaração de Kimi Raikkonen. É óbvio! E bem pensada. Principalmente, pois estará de franco atirador no GP Japão. Poderá partir para o ataque em cima de Alonso e Hamilton, ambos com mais o que perder. É o único caminho do finlandês.
EM CASA:

Em Silverstone, a Mclaren correu em casa. Em Monza, a Ferrari. Agora, chegou à vez da Toyotta, em Monte Fuji. A montadora japonesa bancou toda a reforma no circuito, que – agora – reveza-se com Suzuka, o direito de sediar o GP Japão. A Mclaren não venceu em Silverstone. A Ferrari não venceu em Monza e, certamente, a Toyotta não vencerá em Fuji.

PALPITE:

A corrida da madrugada de domingo é uma incógnita. A pista é nova. Dizem que o traçado é mais para Mclaren, coisa que este ano, pouco se pode dar credito. Mas, será decisiva para as demais restantes para o final do campeonato. Se é apontado o favoritismo da McLaren, é melhor pensar em Ferrari. Mas, o principal é o fato de existir grande possibilidade de três pilotos chegarem ao Brasil (última prova) com chances reais de servem campeões. Assim espero!

Uruguaiana, 26 de setembro de 2007.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

A CULPA DA FIA

BANDEIRADA – POR VICENTE MAJÓ DA MAIALEIA-BLOG BANDEIRADA: http://www.blogbandeirada.blogspot.com/

SIM OU NÃO (1):

Vários questionamentos surgem após o julgamento do caso da espionagem na F1. A quem diga que a McLaren foi beneficiada, bem como seus pilotos. São muitos os que entendem ser branda a pena e que a equipe de Woking deveria ser excluída do campeonato. Já manifestei minha opinião sobre o assunto e acho que a solução foi a melhor encontrada. Vão-se os anéis, ficam-se os dedos. Mas - a repercussão negativa do caso - culpo a FIA, que foi frouxa no primeiro momento, não tendo a coragem de punir direto a McLaren e por uma pedra no assunto. Deixou a porta aberta para que o caso se tornasse um escândalo.

SIM OU NÃO (2):

Teria sido Fernando Alonso “dedo-duro” ou Ron Denis “refém”? Explico: duas versões são dadas ao caso dos emails: a primeira, teriam chegado através de Alonso, como forma de se livrar do contrato com a McLaren. Na segunda, teriam chegado pelas mãos do próprio Ron Denis que antecipou-se a chantagens sofridas, pelo mesmo assunto. Sinceramente, acho que a Fia já sabia desde o primeiro julgamento. Complicou as coisas por incompetência.

SIM OU NÃO (3):

Especula-se sobre o que teria ganhado em vantagem a McLaren com o material surrupiado da Ferrari. Resumo a discussão aos pontos na tabela. Disto, a Ferrari está perdendo por seus próprios problemas: erros de piloto saindo do box com a luz de proibição (Massa, no canadá), erro de piloto não achando a entrada do box (Raikkonen, em Nurburgring). Erros no reabastecimento e quebra de motores. Enquanto isto, o antigamente famigerado Mercedes, não quebrou nenhuma vez na temporada. E os segredos contidos nos papéis não eram de motores. Portanto, apesar dos documentos terem ajudado na questão dos pneus, vejo que os pilotos da McLaren não estão liderando o campeonato, por causa da espionagem. Os erros da ferrari estão sendo fator importante na decisão do campeonato,até agora.

ÉTICA:

Reverenciamos então a ética da Mclaren no trato com seus pilotos. Nenhum pode reclamar de melhor atenção. Limpa-se em parte a equipe inglesa, depois de cometer uma séria falha no quesito ética, quando surrupiou informações da ferrari.

FORA:

Depois de Spa, Felipe Massa está fora da briga pelo título. Não tem mais condições de derrotar os pilotos da McLaren em condições normais. Veja-se que basta para Hamilton eliminar Massa apenas um 4º e um 5º lugar em três provas. A briga fica – por ora – entre Hamilton, Alonso e Raikkonen.

SPA:

O circuito da Bélgica continua LINDO!! Mas, a corrida não foi de nada. Só a briga da largada entre Hamilton e Alonso, que passaram juntos na Eau-Rouge. Insanos.

QUINTA EDIÇÃO:

Vem aí, a quinta edição da Rádio grid, o Pod Cast do Grid Brasil. Falamos muito sobre a espionagem, o GP Bélgica e as chances dos pilotos no campeonato. Bom proveito!!!

URUGUAIANA, 20 DE SETEMBRO DE 2007.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

SALOMÔNICA

BANDEIRADA – POR VICENTE MAJÓ DA MAIALEIA-BLOG BANDEIRADA: WWW.BLOGBANDEIRADA.BLOGSPOT.COM
SALOMÔNICA:

O caso terminou exatamente dentro do previsto nesta coluna BANDEIRADA, desde que surgiram as primeiras noticia de espionagem (leia os demais textos desta página). Aliás, a FIA foi culpada de boa parte do gigantismo e das repercussões do caso, por não ter punido a McLaren de imediato, no primeiro julgamento.
Deveria – desde o início – ter aplicado a Lei de Salomão. Dividi-se o problema. Tirar os pontos do mundial de construtores e manter os pilotos à margem. Este foi o resultado final.
Contam que – certa vez – o Rei Salomão teria que decidir a quem entregar uma criança, reivindicada por duas mães. Resolveu, então, dizer às mulheres que dividiria a criança ao meio e entregaria uma parte para cada um delas. A mãe verdadeira, não querendo perder o seu filho, mandou o Rei entregar a criança para a outra. O sábio Rei entregou-lhe, então, a criança, identificando a verdadeira mãe.
Em outro caso, dois irmãos brigavam pela mesma área de herança. Ora um reclamava que tinha menor pedaço. Ora, o outro reclamava da localização da sua área. O Rei chamou os dois irmãos e determinou: um divide, outro escolhe.
No caso da F1, a salomônica é a única forma de manutenção da categoria. Ninguém vai dizer que a McLaren não foi punida e que a Ferrari não foi à beneficiada. Dizem que as equipes pensam mais no mundial de construtores. Nisto, a Ferrari vence. Por sua vez, a McLaren se punida, certamente, abandonaria a categoria e poderia, mais tarde, remotivar o movimento de emancipação das montadoras.
Vão-se os anéis, fiquem-se os dedos...
A FIA travestida do Rei Salomão puniu a espionagem da única maneira de conservar o filho da mãe verdadeira e interromper a briga de irmãos.

URUGUAIANA, 13 DE SETEMBRO DE 2007.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

OMISSÃO

BANDEIRADA – POR VICENTE MAJÓ DA MAIALEIA-BLOG BANDEIRADA: WWW.BLOGBANDEIRADA.BLOGSPOT.COM
OMISSÃO:

O caso de espionagem está abalando fortemente as estruturas da F1. As conseqüências são imprevisíveis, já que foi ferida a credibilidade da categoria. Evidentemente que isto acarreta perda de interesse de investimentos, pode significar a saída das principais montadoras, aliás, pode haver a retomada do plano de criação de uma nova categoria. Aquela administrada pelas grandes montadoras. Projeto que foi abortado pela ação rápida de Bernie Ecclestone e sua turma, que toparam dividir o “bolo” com as equipes, em troca da manutenção da união. Porém, com o escândalo, isto pode renascer em breve. Aguardemos!
Mas, o episódio tomou gigantescas repercussões, por inteira culpa da entidade maior da F1. Não foi a espionagem, que sempre existiu. A culpa direta foi da falta de aplicação de uma punição imediata. A culpa foi da omissão. E pior, no primeiro julgamento, a entidade não aplicou punição e, ainda, deixou em aberto a possibilidade de nova discussão. Dois erros, portanto. O primeiro, não puniu. O segundo, obrigou-se a punir severamente no caso de aparecerem novas provas. Com isto, as equipes prejudicadas, com a Ferrari, forçaram a barra nas investigações, na busca. Pressionou a cúpula de a categoria punir exemplarmente a McLaren. Agora, o que poderia ser facilmente conciliado no primeiro julgamento, tornou-se uma questão de honra para todos os envolvidos.
Resumindo: desde o início do episódio, basta vocês lerem meus textos anteriores, venho pregando que – se a McLaren tivesse sido punida com a perda de pontos no mundial de construtores – teriam colocado uma pedra em cima do assunto. Contentaria a Ferrari e demais. Punir-se-ia a espionagem. Manter-se-ia a integridade da categoria. A FIA resolver omitir-se. Deu no que deu. A própria direção da categoria é a grande culpada do abalo moral sofrido pela F1. As conseqüências, não se calcularam as dimensões. Mas... Gigantescas!!!

CULPADOS:

A vaidade de Stepney que queria o cargo de Ross Brawn, na Ferrari. A ganância de Coughan, que queria vencer na McLaren e transferir os seus “conhecimentos” para a Honda, ser o novo mago da F1. Ron Dennis se deixou levar pelo imediatismo. Os pilotos: dizem entregou a equipe. O outro, se omitiu. Tudo tem o seu peso na hora de se apontar culpado. Porém, insisto: se tivesse havido uma punição no primeiro julgamento, nada disto estaria acontecendo agora. Era um pedra que deixou de ser colocada em cima do assunto. Portanto, a grande culpa é de quem não puniu!!!

REPERCUSSÕES:
Se não houver punição séria a McLaren, agora, certamente, algumas montadoras poderão deixar a F1. Leia-se: Renault, Honda e Toyotta. Além a Ferrari. Se punir severamente a McLaren: sai a equipe e quem sabe até a Mercedes. Caso tivesse a FIA tomado a atitude certa na hora certa, ninguém mais falava no assunto. Ponto final.

MONZA:

Em Monza vimos: uma grande ultrapassagem de Hamilton em cima de Raikkonen. Compromete o finlandês e consagra o inglês. Vimos Felipe Massa dar adeus a possibilidade de título (a não ser que a McLaren e seus pilotos sejam expulsos do campeonato). Vimos Fernando Alonso, contra tudo e todos, encurtar a diferença de pontos (só três) e desempatar em numero de vitórias (quatro).

VALOR:

O valor de um título. Para Scott Dixon: meio litro de combustível...


SPA E 36 ANOS:

Apesar do escândalo, estou ansioso pelo GP em SPA (ano passado não teve). A Eau-rouge e outras tantas. Afinal de contas, comemoramos 35 anos do nosso primeiro título da F1. Mas, já estou há 36 anos nesta...

Uruguaiana, 12 de setembro de 2007.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

BANDEIRADA – POR VICENTE MAJÓ DA MAIALEIA-BLOG BANDEIRADA: WWW.BLOGBANDEIRADA.BLOGSPOT.COM

EVIDÊNCIA:

Ora, ora... A FIA suspende o julgamento da apelação do caso McLaren/Espionagem, alegando ter “novas evidências” de uso do material da Ferrari, pela equipe inglesa. Não menciona o que descobriu. Nada sobre o conteúdo. Pois bem!!! A coisa parece estar virando uma enorme trapalhada, com conseqüências sérias para a categoria.
A evidência já havia há muito tempo. Foi achado–material secreto da Ferrari na casa do engenheiro-chefe da McLAren. Quer mais?? Ou será que os “sábios” dirigentes da categoria achavam que o material era só para leitura na hora de sentar no trono?
Fizeram lambança, quando não puniram exemplarmente a espionagem. A repercussão pública da impunidade pegou muito mal para a cúpula da F1. Agora, querem remendar o assunto, com a ameaça de expulsão da McLaren. A declaração nada mais é do que um aviso prévio de que deverá haver uma salomônica negociação, onde o resultado final será a perda dos pontos do mundial de construtores (venho dizendo a muito tempo isto).
Evidentemente, que a McLaren não será expulsa ou suspensa da temporada de 2008. Ninguém tem a força de assim proceder contra uma das mais tradicionais equipes da F1. Nem mesmo a opinião pública que se manifestou por uma punição no início do caso, não vai concordar com a expulsão da equipe. Isto, repito, a FIA ameaça com expulsão e penaliza com a perda de pontos no mundial de construtores. Resolve o caso.

O BOLSO:

Enquanto nova “descoberta”, abala as estruturas da McLaren, no caso de espionagem; no outro processo que investiga a sabotagem nas Ferraris, no GP Mônaco, foi descoberto no bolso de Stepney, o mesmo produto (pó-branco), que foi encontrado nos tanques dos carros. Portanto, encrenca das grossas para o sabotador.

MONZA:

No templo sagrado de Monza, teremos – em meio a nova crise no caso da espionagem – mais uma decisiva etapa do equilibradíssimo mundial de F1. A Ferrari, correndo em casa, é obrigada a descontar a vantagem dos pilotos da McLaren. Mas, o fator local não é de todo decisivo, muito embora importante em se tratando de Ferrari/Itália/Monza. Basta ver que se esperava um domínio de Lewis Hamilton em Silverstone e isto não ocorreu.

GOSTO:
Quase todos os pilotos gostam de Monza. Não só pela torcida, mas principalmente por ser uma prova de alta velocidade. Aliás, prova que não revela grandes habilidades dos pilotos. Revela, sim, o arrojo. O pé no fundo do acelerador. Um grande teste para os motores.
Ano passado, o pole foi Raikkonen (de McLaren). Alonso quebrou (de Renault). Massa se deu mal (9º) e Schumacher venceu.

RÁDIO GRID:
Não deixe de prestigiar a RÁDIO GRID, o Pod Cast do Grid Brasil (www.gridbrasil.com.br).
Estou lá com a turma de especialistas do Grid brasil.
URUGUAIANA,. 05 DE SETEMBRO DE 2007.

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

BANDEIRADA – POR VICENTE MAJÓ DA MAIALEIA-BLOG BANDEIRADA: WWW.BLOGBANDEIRADA.BLOGSPOT.COM

REGULARIDADE:

A tônica da temporada é a regularidade. Veja-se que – depois da vitória de Felipe Massa na Turquia – temos um empate de três vitórias para cada um dos quatro pretendentes ao título. Coisa, aliás, nunca vista na história da categoria. A regularidade é responsável, também, pela liderança de Lewis Hamilton. Marcou pontos em 12 das 13 provas, sempre entre os cinco primeiros. Subiu mais ao podium que os demais e, por isto, é o líder do campeonato. Se os quatro estão iguais em número de vitórias, o diferencial de Hamilton é a sua seqüência de resultados.

DIMINUIU:

Apesar da manutenção da liderança, a vantagem de Lewis Hamilton diminui após o GP Turquia. Em relação ao companheiro Fernando Alonso são cinco pontos. Em relação a dupla da Ferrari a vantagem é de 15 e 16 pontos (Massa e Raikkonen, respectivamente). Porém, mesmo com o favoritismo da Ferrari em Monza (próxima corrida), não creio que seus pilotos ainda possam enfrentar a dupla da McLaren na disputa pelo título. Faltam cinco provas e descontar 15 ou 16 pontos é tarefa muito complicada, sendo a diferença entre o primeiro e o segundo lugar de apenas dois pontos. A Ferrari precisaria muitas dobradinhas até o final, para reverter o resultado. Contar com o infortuito de ambos os pilotos da McLaren. É muito!!

NOVA CHATICE:

Até nas pistas modernas como esta da Turquia, as provas continuam muito chatas. Não gostei nada do GP. O melhor lance foi a “explosão” do pneu de Lewis Hamilton. Nada mais aconteceu. Sequer lembro uma ultrapassagem. Registro, ainda, o fato de que todos os pilotos que largaram terminaram a corrida, exceto Mark Weber. Também, fato inusitado na F1, principalmente, levando-se em conta que era a segunda corrida de vários motores que largaram no GP.

ESTRAGANDO:

A FIA já está estragando o GP Monza. Liberou testes nesta semana, na pista italiana. Prenuncio de mais um GP chatíssimo. Cobrem-me depois...

ESTUPIDEZ:

Continua a política burra de liberar testes nas pistas em que são disputados aos GPs, durante a temporada. A regra deveria ser diferente. Teste em pistas que não fazem parte do calendário. Isto – de certo – limitaria a possibilidade de termos provas de alto nível de chatice.
A outra medida deveria ser modernizar as pistas da Europa. Estudar novos projetos que ajudem a possibilitar ultrapassagens. Caso contrário, iremos continuar a ter um campeonato disputadíssimo na tabela de classificação e corridas sem nenhuma ultrapassagem.

4ª EDIÇÃO:

Já está no AR à quarta edição da RÁDIO GRID. Comentários sobre o GP Turquia e projeções. Escute.

URUGUAIANA, 30 DE AGOSTO DE 2007.

REGULARIDADE

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

CALMA APARENTE

BANDEIRADA – POR VICENTE MAJÓ DA MAIALEIA-BLOG BANDEIRADA: WWW.BLOGBANDEIRADA.BLOGSPOT.COM

CALMA APARENTE:

Vivemos duas semanas de calma aparente na F1. Tirante o fracassado troca-troca de pilotos (Alonso vai mesmo ficar na McLaren, como alertei), nada avançou em termos de soluções para o processo de espionagem, nada em teremos de brigas internas na McLaren. A paz reina em Woking. O trabalho foi dos engenheiros das principais equipes, na busca de soluções para as próximas decisivas corridas.
Mas, certamente, na Turquia, o caldeirão da F1 vai ferver, não só em termos de disputas dentro do moderno circuito turco. Mas, provavelmente, nos bastidores. Na guerra declarada entre McLaren e Ferrari. Na guerra abafada entre Alonso e Hamilton.

CURVA OITO E A DIFERENÇA:

Nesta semana, Fisichella falou da curva oito, turca. Merece um nome. Imediatamente. Rivaliza com a Eau-Rouge (Spa), a mais emocionante da temporada. Poderia rivalizar com a antiga Tamburello e com as Parabólicas do México e de Monza. E com outras, deixo para vocês... Poderei ser chamada de a curva da DIFERENÇA. Ali, se diferenciam os homens dos meninos. Ali, os bons fazem de pé-colado, sem medo. Por isto, merece um nome. Um batizado. Não pode seguir sendo apenas a curva oito da Turquia.
Ano passado, o duelo Fernando Alonso contra Michael Schumacher teve um episódio importante, na curva oito. Lembro que o alemão encostava no espanhol em todas as partes do circuito, mas perdi tempo justamente na curva oito. Não foi de todo decisivo, pois o alemão perdeu o título pela quebra da Ferrari, no Japão. Mas que Alonso venceu a disputa na curva da diferença, isto é fato.

FIO:

O fio de esperança de Felipe Massa e Kimi Raikkonen é uma vitória na Turquia, domingo. Uma vitória com um fraco resultado dos pilotos da McLaren. Caso contrário, as cinco provas finais serão treinos de luxo para os pilotos da Ferrari.


DOR-DE-COTOVELO:

De Santa Cruz, da Stock, só me resta revelar a minha enorme dor-de-cotovelo. Não com a cidade. Mas pelo fato deles terem feito aqui que faltou coragem aqui, em Uruguaiana.

URUGUAIANA, 22 DE AGOSTO DE 2007.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

ASSUNTO DO MOMENTO

ASSUNTO DO MOMENTO:

Com a parada do campeonato, por três semanas, intensificaram-se as especulações sobre o destino de Fernando Alonso, teoricamente brigado com a McLaren. Em principio, creio que nada muda. O espanhol fica na equipe de Woking. Porém, noticia-se um enorme troca-troca de pilotos, onde o centro seria Fernando Alonso. Entre as possibilidades apontadas está o seu retorno ao convívio da Renault. Falam em uma reunião após GP Turquia, com Flávio Briatori. Falam em um contrato milionário com a BMW. Em caso de acerto com a Renault, Nelsinho ficaria sem a vaga em 2008. No caso de escolha pela BMW, ficaria desempregado Kubica. Quem preencheria o lugar do espanhol na McLaren seria Niko Rosberg (alemão, correndo pela Mercedes). Isto é apenas uma pequena análise do que vem pela frente. Principalmente, se o Fernando Alonso for efetivamente liberado pela McLaren.

NAMORADA:

Nesta semana, fora das pistas, a tacada final contra Fernando Alonso. Suas chances de tri foram por águas a baixo. Afinal de contas, Lewis Hamilton está trabalhando muito bem. Nas pistas leva vantagem. Agora, namora a filha do chefe. Foi o golpe definitivo em cima do espanhol. Podem entregar a taça para o inglês.

CÁLCULOS:

Lewis Hamilton já calcula. Se aumentar a vantagem nas próximas três provas (Turquia, Itália e Bélgica) irá ao GP Japão para conquistar o título da temporada. Otimista! Não sei. Mas, é verdade, que os demais correm contra o tempo e contra a boa vantagem acumulada pelo inglês. Faltam só seis provas para o término da temporada. São 60 pontos do primeiro lugar em jogo. O novato inglês precisa administrar sete pontos que leva de vantagem em relação ao seu companheiro Fernando Alonso. Os demais, Raikkonen, 20 pontos atrás e Felipe Massa, 21, estão quase fora da luta. Em relação à dupla da Ferrari, bastará para Hamilton fazer 40 pontos para garantir o título, se um deles vencer todas as seis corridas. Tarefa nada fácil. Portanto, o inglês precisará de bem menos pontos para eliminar a dupla da Ferrari.

FILIAL:

Prodrive, idéia que o milionário inglês David Richards, tem tudo para ser filial da McLaren. Primeiro, pela forte relação de Richards com a equipe inglesa. Na parceira, a nova equipe ficaria com os motores Mercedes e um chassi adaptado do projeto McLaren. Richards nega e diz que busca outras parcerias. Duvido! A não ser que esteja atrás de uma nova montadora, que queira queimar milhões de dinheiros na F1. Quem sabe: Audi, Volkswagen, Subaru, Kia.

STOCK:

Vou para santa cruz, domingo.

URUGUAIANA, 15 DE AGOSTO DE 2007.

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

GUERRA CIVIL NA MCLAREN

GUERRA CIVIL:

Após os episódios ocorridos no GP HUNGRIA, os pilotos da McLaren declaram guerra civil. Vale tudo!! Xingar o chefe, retardar saída do pit e até declaração de: “ou eu, ou ele” dada pelo bicampeão, anunciando o divórcio da dupla. Isto tudo acontecendo quando a equipe domina ambas as tabelas de classificação. Tudo isto acontecendo, exatamente no momento delicado da acusação de espionagem. Portanto, declarada a guerra civil da McLaren. As conseqüências somente o tempo apontará. Não vejo vantagem para nenhum dos lados. Nem para os pilotos, muito menos, para a equipe, que – além de ter que administrar a acusação de espionagem – ainda tem que cuidar do seu conflito interno. O pior de tudo, é que surge – ainda – a notícia da saída de uma das estrelas da equipe, no caso, o bicampeão Fernando Alonso.

CARTA BRANCA:

A crise instalada na McLaren levou Fernando Alonso questionar o seu contrato. Principalmente, na repercussão sobre sua imagem, no episódio da espionagem. Antecipou que poderia sair. Após o ocorrido na Hungria, ganhou a “carta branca” para mudar de equipe em 2008. Agitou o mercado. Mexeu com possibilidades já divulgadas de novos contratos. Estremeceu a F1.


ESTRANHA:

Incompreensível a atitude da FIA: no caso de espionagem não se pune. Porém, a manobra de Alonso é rigorosamente punida. Perde posições nos boxes e perde os pontos dos construtores. Arrependimento?? O pior de tudo é que a manobra punida, não prejudicou terceiros. Apenas, briga da McLaren, cuja responsabilidade deveria ser de ordem interna. Cabia, exclusivamente a equipe definir se o ato de Alonso foi de encontro aos interesses desta.

CHATICE:

Há muito tempo venho reclamando aqui, neste espaço, das pistas da Europa, principalmente. A F1 evoluiu muito. Em todas as áreas. Porém, os circuitos europeus seguiram os mesmos. Sem modernas modificações. Assim, por mais que se esperem soluções nos regulamentos, nada se faz em termos de pistas. Aí, temos que agüentar a chatice de corridas em Imola, Magny Cours e Hungaroring, principalmente, muito embora, várias outras necessitem de reformas urgentes.

IRRECONHECÍVEL:

Não deu para entender a apagada atuação de Felipe Massa na Hungria. Brigou o tempo todo com a pista. Não conseguiu superar adversários com equipamento bem inferior. Não pode colocar a culpa só na dificuldade de ultrapassar. Deixo a sensação de que está longe de merecer o título da temporada.

FORA:

Com o resultado, Felipe Massa e Kimi Raikkonen estão dependendo de um milagre para voltarem a lutar pelo título. A diferença de 21 e 20 pontos (respectivamente), faltando só seis corridas é de difícil reparação. O título deve ficar mesmo entre o novato-nova estrela: Lewis Hamilton e o bicampeão Fernando Alonso.

3ª EDIÇÃO:

Já está na AR a terceira edição da RÁDIO GRID, o POD CAST do GRID BRASIL (www.gridbrasil.com.br). Cada vez, melhor.

URUGUAIANA, 08 DE AGOSTO DE 2007.

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

DISSIDÊNCIA

BANDEIRADA – POR VICENTE MAJÓ DA MAIA -LEIA-BLOG BANDEIRADA: WWW.BLOGBANDEIRADA.BLOGSPOT.COM

DISSIDÊNCIA:

Segue a guerra judicial entre Ferrari e McLaren, no caso de espionagem. Apesar da decisão do Conselho da FIA, agora, tramitam ações da Ferrari contra os envolvidos (Coughlan e Stepney) e, também, contra a própria McLaren. Por sua vez, a alta cúpula da categoria, preocupada com a repercussão negativa da não punição da McLaren, entendeu por mandar o processo a um novo conselho de apelação. Agora, estabeleceu-se dois combates declarados entre Ferrari e McLaren, tanto nas pistas, onde disputam “taco a taco” o campeonato, como nos Tribunais. Dificilmente, a “briga” terminará bem. O pior de tudo, é que estou antevendo um racha maior. Com abalos – inclusive – na própria categoria. A única culpada até agora é a direção da F1. Apressou-se demais em dar uma resposta no caso da espionagem, não investigou de forma adequada e, agora, encontra-se um momento delicado. Poderia ter resolvido com melhor investigação ou tirando pontos no mundial de construtores da McLaren. O episódio pode antecipar um grande racha na F1. Inclusive, com dissidência.

REFLEXOS:

A atitude de Fernando Alonso, pós GP Europa, reclamando de um toque de Felipe Massa, pode ser o início de outro clima quentíssimo deste final de temporada. Tem muita gente compartilhando da minha posição (última Bandeirada) de que as coisas não terminaram ali (com o pedido de desculpa). O clima de guerra entre as duas equipes, pode esquentar ainda mais os ânimos dos pilotos. Quem pode se dar bem com isto são os frios companheiros de equipe: Raikkonen e Hamilton.

RECICLAGEM:

Nelson Piquet deu exemplo de humildade. Apesar de tricampeão da principal categoria do automobilismo mundial, após cometer infrações de trânsito, inscreveu-se em curso de reciclagem para recuperar sua carteira de habilitação ao trânsito.

BATUQUE:

Domingo tem GP. É em Hungarogring. Só São Pedro pode salvar a corrida. Ou um batuque pela chuvarada. Circuito em que passar é impossível. Treino é importantíssimo. Estratégia de box a única chance de ganhar posição. A segunda pista mais lenta do campeonato. Um carrossel. Porém, importantíssima para a definição do campeonato. Ninguém pode perder pontos.

CALENDÁRIO:

Lançado o calendário de 18 provas para o próximo campeonato. Algumas novidades como Valência e Cingapura. Duas corridas de rua, com a possibilidade de a segunda ser noturna. Uma indefinição: GP França.

SEGUNDA EDIÇÃO:

Já está no ar a segunda edição da RÁDIO GRID, o PodCast do Grid Brasil (www.gridbrasil.com.br). Imperdível!!!

URUGUAIANA, 01 DE AGOSTO DE 2007.

quarta-feira, 25 de julho de 2007

O ANIMADOR DA F1

BANDEIRADA – POR VICENTE MAJÓ DA MAIALEIA-BLOG BANDEIRADA: WWW.BLOGBANDEIRADA.BLOGSPOT.COM

O ANIMADOR:

Escrevi isto no ano passado, após o GP Hungria (a melhor prova daquela temporada), São Pedro deve substituir imediatamente ao Max Mosley, Bernie Ecclestone e sua turma. Ou contratado pela dupla, como animador da F1. Vamos chamar o Santo para resolver o marasmo da F1. Choveu, finalmente, tivemos prova!!! De tudo um pouco... Desde a liderança do estreante Markus Winkelhock até o fim da série de podium de Lewis Hamilton. Terceira vitória de Alonso que atropelou Felipe Massa, com a faca entre os dentes. Aproximou-se perigosamente de Hamilton, na luta pelo título. Bastou o São Pedro ajudar e aconteceu uma reviravolta na F1. Que venha sempre!!! Ou, pelo menos, por enquanto...

CHUVA:

Lembrei o GP Brasil de 1993. Poucos minutos antes da largada começou a chover. Algo que virou dilúvio. Lembro Prost batendo no Christian Fittipaldi e o drible de Senna em Damon Hill. Naquela época, chovia e ganhávamos. O retrospecto hoje dos brasileiros já não é bom na chuva. Massa, por exemplo, não se deu bem na Hungria e na China, ano passado. Agora, não agüentou a pressão de Fernando Alonso. Inverteram-se os papéis.

CAMPEONATO:

Depois do GP Europa, fica sensacional a briga dos dois pilotos da McLaren. A diferença caiu para dois pontos e Fernando Alonso tentará nas próximas sete (7) provas, chegar à frente de seu companheiro de equipe. Não precisa mais arriscar, basta se manter á frente de Hamilton e poderá ser o tricampeão. Pela experiência que tem, poderá administrar facilmente a situação. Aliás, já administrou anteriormente situação bem pior do que a atual. Já a dupla da Ferrari, a vantagem de massa, nesta altura da temporada, pode significar fator decisivo e a preferência total da equipe. A diferença de pontos na tabela e o pouco número de provas que faltam para a conclusão do campeonato, deixam Raikkonen praticamente fora da luta pelo título.

CONFIRMAÇÕES:

Na minha última BANDEIRADA disse que as duas provas Europa/Hungria, seriam decisivas para a Ferrari definir o piloto a apoiar até o final do campeonato. Acho que nem precisou de duas provas. A quebra do carro de Raikkonen deve ser decisiva para o apoio integral para Felipe Massa. Caso contrário, será como entregar a disputa do título aos pilotos da McLaren.

BATE-BOCA:

Repercutiu tanto quanto a corrida, o bate-boca entre Alonso e Massa, no caminho do podium. Felipe me pareceu mais valente fora da pista. Embora, acionada a bandeirada da paz, não creio que o episódio termine por aí.

ESPIONAGEM:

Parece estar perto à decisão da FIA em relação ao caso de espionagem. Continuo achando que a punição será para a Mclaren, com a retirada de pontos do mundial de construtores. Não creio em retirada de pontos dos pilotos. Mas, vamos deixar claro o seguinte: acho que será a decisão salomônica (como ocorreu no caso Schumacher/Villeneuve em 1997, quando tiram o vice do alemão, mas mantiveram os dados estatísticos: vitórias, pontos, melhores voltas, poles e etc). Muito embora, concordar com ela seja bem diferente.

URUGUAIANA, 25 DE JULHO DE 2007.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

RÁDIO GRID

  1. BANDEIRADA – POR VICENTE MAJÓ DA MAIA
    RÁDIO GRID:

    Estreei na Rádio Grid, o Pod Cast do GRID BRASIL, um dos melhores sites de automobilismo do país (www.gridbrasil.com.br). Ali, ao lado dos especialistas com Robson Calefi, George Bonatto e Stanley Razzari, debatemos, informamos e nos divertimos. Programa cheio de conhecimento, novidades e gente bem humorada. Um novo e interessante desafio, que me foi possível pela rede mundial de computadores. A primeira edição já está no ar. A segunda estará à disposição, em menos de quinze dias. Aos amantes do automobilismo deixo o convite: vale a pena.

    SEQUÊNCIA DECISIVA:

    As próximas duas provas da F1 começa pelo GP Europa, em Nurburgring, domingo. Depois, na Hungria. Serve para que as duas equipes postulantes ao título se definam – por definitivo – qual de seus pilotos irá apoiar até o fim do campeonato. São duas provas decisivas, principalmente, para a dupla da Ferrari. Afinal de contas, quem ficar atrás na tabela, perderá o privilégio dentro da equipe. Veja-se que – após a seqüência de provas – faltarão apenas seis provas para o término do campeonato. Portanto, a Ferrari terá obrigação de escolher um de seus pilotos para tentar descontar a vantagem conquistada pelos pilotos da McLaren. Esta, porém, poderá sair da seqüência, fortalecida, se aumentar a vantagem na tabela, dividida em termos de dar preferência a um ou outro de seus pilotos. Resumindo: depois da seqüência (Europa e Hungria) teremos três pilotos lutando pelo título: os dois da McLaren e um da Ferrari, falta saber qual.


    EMPREGO:

    Começa o troca-troca na F1. Cedo, este ano. O primeiro a perder o emprego foi Christin Alberts. Também, pudera!!! O holandês deu inveja ao “Mister Bim”, na temporada. Em seu lugar, entra o herdeiro dos Winkelhock, o Markus. Mas, até o final da temporada, muita gente pode perder o emprego. A lista tem: Wurz, Ralf, Fisichella entre outros. Está prevista a chegada de Sebastian Vettel, Nelson Júnior e Sebastian Bourdais. Aliás, vem a noticia de que Ralf tenta se “salvar” aceitando lugar no Toro Roso. É o fim, para o alemão.

    PENDÊNCIA:

    Continua pendente a investigação do caso Stepney-Gate. Pouco se evoluiu,em relação ao tamanho e gravidade do caso descoberto. Creio que – o campeonato seguido equilibrado – quem vai perder os pontos é a McLaren. Os seus pilotos serão salvaguardados, já que não tem culpa no episódio. Não podem pagar a conta, no final. Isto estragaria a F1.

    URUGUAIANA, 18 DE JULHO DE 2007.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

DUPLA DERROTA

BANDEIRADA – POR VICENTE MAJÓ DA MAIA
WWW.BLOGBANDEIRADA.BLOGSPOT.COM
DUPLA DERROTA:

Em uma semana, o brasileiro Felipe Massa viu diminuídas suas chances de ainda ser campeão em 2007. Duas provas favoráveis à Ferrari (tanto que ambas vencidas facilmente pelo seu companheiro de equipe), onde o brasileiro não descontou a vantagem de seus adversários da McLaren e, de quebra, perdeu a terceira posição na tabela para Kimi Raikkonen. Acrescente-se ao prejuízo o fato de que são duas provas a menos para descontar a vantagem. Agora, sequer a matemática lhe ajuda, já que não pode mais alcançar Lewis Hamilton na classificação, sem influencia de terceiros. A vantagem de Lewis é de 18 pontos para Massa e faltando oito (8) provas, somente têm condições de descontar 16 pontos.
A primeira derrota atribuiu ao trafego, na França. A segunda ao apagão da largada. Como consolo restou à recuperação e a mostra de que a Ferrari está mais forte que a McLaren, nesta altura do campeonato. Entre os prejuízos, deve ser computado o importante avanço de Raikkonen, que venceu aproveitou muito bem o progresso da Ferrari e venceu ambas as corridas. Entrou na luta, também.

EUFORIA:

Marcou o GP Inglaterra, a euforia da equipe McLaren, quando da conquista da pole-position, pelo Lewis Hamilton. Na verdade, serviu apenas como dado estatístico. Não valeu para pontuação na tabela, não valeu sequer para garantir a vitória do inglês. A euforia, significou mais como uma intimidação contra a Ferrari, o que acabou não se confirmando da corrida.
VANTAGEM:

Apesar de frustrar o público inglês, sem a vitória de Hamilton, pelo menos, serviu para manter a vantagem na tabela. Menos uma corrida para o final da temporada. E somente dois pontos foram descontados, pelo principal inimigo na luta pelo título: Fernando Alonso.
Com isto, não quero dizer que Felipe Massa e Kimi Raikkonen não tenham chance de ganhar o título. Digo, que o principal rival de Hamilton é Alonso, por ter equipamento igual e por ter uma desvantagem menor de pontos.
Para que a dupla da Ferrari volte a ter chance, é necessário a quebra em uma das próximas provas, de Hamilton; Caso contrário, é difícil descontar a diferença.

POUPANDO:

Vejam que o inglês da McLaren tem pensado diretamente no título. Corre para isto. Na Inglaterra, mesmo com a euforia da torcida e da própria equipe, maduramente, viu que não dava para acompanhar a Ferrari, o que fez: poupou o motor que terá que obrigatoriamente usar na Alemanha. Faltando oito provas, sua palavra chave é administração. De carro, de pontos, de corridas, dos adversários.

GATE:

Claro que o caso STEPNEY-GATE poderá acabar definindo a temporada em favor dos pilotos da Ferrari, numa eventual desclassificação da McLaren. Porém, não se deve acreditar nisto. A palavra de Ecclestone já deixou nas entrelinhas, que a punição será para a equipe, não para os pilotos, que – acredita-se – não tenham nada a ver com a história.
Mas, o GATE vai dar muito que falar nos próximos dias. O plano era maquiavélico. Tirar os dados da Ferrari, mostrar serviço na McLaren e venderem para quem mais necessita: Honda.

URUGUAIANA, 11 DE JULHO DE 2007.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

AMBOS OS PNEUS

Acabou o segundo treino livre para o GP Inglaterra em Silverstone.
Um detalhe me chamou a atenção: KIMI RAIKKONEN fez o melhor tempo de ambos os pneus.
Será que o finalandês desempata?? Apreendeu o caminho??

quinta-feira, 5 de julho de 2007

BANDEIRADA – POR VICENTE MAJÓ DA MAIA
PERDEDOR:

O maior perdedor do GP França foi o brasileiro Felipe Massa. Perdeu, no mínimo, em três vezes: 1º) a corrida que estava ganha, foi perdida na estratégia de box; 2º) o resultado mantém vivo Raikkonen, no campeonato, e continua havendo divisão de privilégios, dentro da equipe; 3º) pois perdeu mais uma corrida para descontar vantagem, poderia ter descontado quatro pontos e descontou somente dois. Agora, tem – matematicamente – a possibilidade de descontar 18 pontos, estando a 17 de desvantagem entre relação a Hamilton.
Portanto, é compreensível a cara feia no podium. O brasileiro tinha pouco que comemorar. Talvez, a grande derrota tenha sido o fato de que seu companheiro de equipe tenha conseguido a vitória e, de quebra, mantém as chances na tabela. No caso de vitória do Felipe Massa, dificilmente, a Ferrari continuaria sem dar total atenção ao brasileiro.

PARELHA:

A vitória de Raikkonen equilibra a “briga” inteira na Ferrari. Nas duas ultimas corridas, o finlandês vem de desempenho semelhante ao brasileiro. Nos Estados Unidos, lutaram pela posição. Nos treinos da França dividiram os melhores tempos. Massa foi pole. Raikkonen, o vencedor. Dificilmente, um dos dois terá o privilégio da equipe. Somente no caso de duas quebras seguidas.

ZEBRA:

Desta vez, quem fez a primeira curva na frente não venceu a corrida. Zebra!!! Foi a primeira vez na atual temporada. Foi à primeira vez, também, que um piloto vence sem largar na primeira fila (Raikkonen largou em terceiro). Foi a segunda vez, que Massa largou na pole e não ganhou a corrida. É o único neste quesito.

DESEMPATE:

Na Inglaterra, domingo, teremos o desempate da temporada. Oito provas: quatro vitórias da McLaren – quatro vitórias da Ferrari. Duas de Alonso, duas de Hamilton, duas de Raikkonen e duas de Massa. Não há dado estatístico igual. As diferenças na tabela de classificação são os “podium” reiterados de Lewis Hamilton.

INVESTIGAÇÃO:

Explodiu a bomba!!! A FIA vai investigar o caso de espionagem e troca de informações sigilosas entre membros da Ferrari para a McLaren. Fala-se em eliminação da equipe inglesa do campeonato, o que – particularmente – vejo como improvável. O campeonato de 2007 já está sob suspeita. Já merece um filme. Quem sabe, uma nova versão para James Bond: 007 e o submundo da F1 ou 007 contra Dr. Denis. Quem sabe a volta de Sherlok Holmes. Vamos aguardar o desfecho. Mas, como disse na coluna da semana passada, isto não é novidade na F1. A novidade foi descobrirem a trama.
URUGUAIANA, 04 DE JULHO DE 2007.

BANDEIRADA DO AR

Hoje, 05-07-2007, estou criando o meu canal de comunicação
com o mundo do automobilismo. Aqui, você terá aminha opinião
sobre o mundo da F1. Terá oportunidade de comentar, contrariar,
participar.
Sempre nas quartas-feiras, você terá o privilégio de ler a coluna da semana.
Um ótimo proveito. Participem. O espaço é de todos.

Um forte abraço.

VICENTE MAJÓ DA MAIA de Uruguaiana