quinta-feira, 28 de maio de 2009

ACEITANDO A REALIDADE:

Quem gosta de automobilismo sempre espera que um campeonato tenha muita disputa, com vários pilotos conquistando as vitórias, pontuação equilibrada na tabela, enfim... Desde o início da temporada, alguns pilotos e dirigentes “entregaram” os pontos, firmando posição de que a nova Brawn GP seria quase imbatível. Tipo aquela história: “-entreguem a taça para eles”.
Teimosamente, fiquei esperando pela reação das grandes (Ferrari e McLaren) ou surgimento de uma nova surpresa (Red Bull). Nada disto aconteceu.
A vantagem de Jenson Button, na Brawn, em Mônaco foi o golpe de misericórdia. A facilidade da vitória, a ausência de qualquer percalço até agora, deixam claro que o campeonato está decidido. Só um milagre ou um acidente terrível tira o titulo do inglês. Entregue a taça, portanto.

LADO BOM:

O único lado bom da história é que os “dirigentes” da categoria vão desistir definitivamente da história de apurar o campeão pelo número de vitórias. Já viram – no efeito Button – que isto não vai dar certo...

CHATURA:

O GP Mônaco é prova mais charmosa, a mais esperada, de visual mais bonito. Porém, as corridas – geralmente – são muito chatas. Foi isto que ocorreu no domingo. Uma chatura. Na Saint Devote as posições finais já estavam definidas. Nada mais mudou, da primeira curva, até o final, entre os três primeiros colocados (Button, Barrichello e Raikkonen).


POUCO:

Pouco pode se comentar em relação ao GP Mônaco. A reação da Ferrari somente poderá se medida na próxima corrida. Igualmente, o avança da McLaren. Como destaque só a turma que andou atrás: Webber, Fisichella (ora vejam!!!), Hamilton.

TETO:

Segue a discussão sobre o regulamento da FIA, estabelecendo teto de gastos a partir da próxima temporada. Reuniões, brigas intensas, ameaças de boicote. Tenho certeza que tudo acaba em pizza.

DESTINO:

Coisa incrível o destino do Helio Castroneves. De um processo movido na severa Corte Americana, ele acaba como tri nas 500 Milhas de Indianápolis. Absolvido e vitorioso.

URUGUAIANA, 27 DE MAIO DE 2009.

quinta-feira, 21 de maio de 2009


O DIA:

Aqui, no Brasil, estabeleceram o dia do futebol, em 19/julho, face ao primeiro clube brasileiro de futebol, o Rio Grande, criado nesta data. Pois o automobilismo mundial deveria estabelecer, o dia mundial da velocidade, no último domingo de maio.
Por repetidas vezes, temos nesta data, as duas das provas mais importantes do calendário: GP Mônaco e as 500 Milhas de Indianápolis.
Assim, neste domingo, teremos o DIA MUNDIAL DA VELOCIDADE. Pela manhã, os carros da F1 enfrentam as apertadas ruas do principado. Na tarde, os velozes carros da Indy, enfrentam os perigosos “muros” de Indianápolis. Prato perfeito para quem ama o automobilismo.

RACHA:

Depois das lamentações de Rubens Barrichello, após a estratégia do GP Espanha, vejo que seja em Monte Carlo a sua grande chance de vencer a primeira na temporada. Acho que o brasileiro se adapta muito melhor que Jenson Button ao circuito e, desta forma, leva favoritismo na disputa. Aliás, é quase um vai ou racha.

ADVERSÁRIOS:

Os principais adversários de Barrichello deverão ser: Sebastian Vettel e Jarno Trulli, este que só ganhou uma vez na vida, justamente, em Mônaco. Os treinos serão de vital importância. Mais que a estratégia, desta vez, pois nela há o problema de trafego, que pode mudar a sorte de quem ficar preso no transito.

QUEDA DE BRAÇO:

Segue a queda de braço entre a FIA e as equipes da F1 (FOTA). As grandes não querem limitação de custos. A direção da categoria alega que tem muita gente querendo entrar, face ao novo regulamento de limite de gastos. Estabeleceu-se uma nova NOVELA. A Ferrari ameaça abandonar a categoria, foi para a Justiça, contra o novo regulamento, não levou! Há prazo para o registro das equipes até o dia 29 de maio. Até lá, muita reunião, mídia, bate-boca. No final, pizza...

SEM FERRARI:

Uma das coisas mais debatidas na imprensa é sobre a F1 sem a Ferrari. Dizem ser coisa igual a Copa do Mundo sem a seleção brasileira. Não vejo este risco. A F1 pode perfeitamente sobreviver sem a Ferrari. O problema é que – junto com a Ferrari – outras grandes podem migrar para outra categoria e ABAFAR completamente o mais tradicional campeonato de automobilismo do planeta. Nisto, vejo o grande risco da deserção. Muito embora, tenha convicção de que nada vai acontecer.

INDIANAPÓLIS:

A prova começa as 13:00 horas e vai até às 17:00 ou mais. Tem cinco brasileiros no grid. O pole é Hélio Castroneves. Vale a pena conferir!

URUGUAIANA, 20 DE MAIO DE 2009.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

REVIRAVOLTA:

Depois das quatro primeiras corridas, onde o grid se inverteu, em comparação ao ano passado, espera-se uma reviravolta na prova da Espanha, no domingo das mães. Não creio. Acho que pode até haver uma reação da Ferrari e da McLaren, não aponto de chegar perto da Brawn, da Red Bull e Toyotta, pela ordem. Imagino isto, pois a pista de Barcelona não ajuda. Sempre ali, temos a prova mais chata do ano. Com grid e posições disputadas entre companheiros de equipe. Sempre em “dobradinhas”. Tudo porque, ali, tirando a curva três, o resto os pilotos fazem de “olhos fechados”.

INSISTO:

A prova da Espanha é – quase sempre – chata, pois os pilotos e engenheiros conhecem demais o traçado. Serve para os testes das equipes, para ajustes em outros circuitos, devido a sua variedade de curvas. Porém, tudo mundo conhece Barcelona como a palma da mão. Claro que – agora – o regulamento limitou os testes. Poderia também a FIA proibir que sejam realizados em pistas que fazem parte do calendário.

ÚNICA:

A única forma de haver uma grande disputa, domingo, é a estratégia de cada piloto e de cada equipe. Se todos optarem pela mesma seqüência de pneus, dificilmente, teremos algo diferente de uma “procissão”.

PERDIDOS:

Os grandes do passo continuam perdidos. Ora, usam o KERs. Ora, não! Sem muito critério naquilo que estão fazendo. Alguns usam o artefato em um só de seus carros (BMW, Ferrari, McLaren e Renault). Não tem certeza de nada. Enquanto estiverem cheios de dúvidas, não há como haver a reação tão esperada. Acho que – pelo tamanho da reta de Barcelona – seria o grande momento para testar a peça. Porém...

ESTRELA:

Polêmicas envolvendo Barrichello continuam. Primeiro, ele declara “fingir” amizade com Schumacher. Depois, é atacado pela basqueteira Hortência que lhe atribui estrela na bunda. Sinceramente, Barrichello é afeito as polêmicas. Por declarações e por atitudes. Mesmo com larga carreira, ainda precisa provar o seu valor. Precisa conquistar o respeito do torcedor.

URUGUAIANA, 06 DE MAIO DE 2009.
RESULTADO ESPERADO:

Não me surpreendeu a nova vitória de Jenson Button. Muito pelo contrário, pois já havia manifestado aqui, na edição passada, que a vitória de Sebastian Vettel tinha sido circunstancial, na China. Porém, o treinamento feito pela Toyotta e o segundo lugar conquistado pela Red Bull mostram que a concorrência está - a passos largos - de equilibrar a disputa. A McLaren também evoluiu com o difusor duplo e pode crescer. Registro negativo, mesmo, só para a Ferrari e para a BMW. Fiasco até agora.

FRACA:

Quem esperava uma prova equilibrada, cheia de bons momentos, teve uma terrível decepção, durante o GP do Bahrein. Depois dos primeiros pit-stops, pouco mudou na corrida. Button abriu vantagem, Vettel segurou o segundo lugar e Trulli contentou-se com o terceiro. Formou-se o podium e nada mais mudou.

VALOR DO CARRO:

Muita coisa tenta-se fazer pelo equilíbrio da categoria. Fórmulas mirabolantes que acabam sucumbindo as pranchetas dos engenheiros, que sempre encontram caminhos de burlar regulamentos ou criar soluções de forma a seus carros andarem na frente. Sempre foi assim. A temporada de 2009, até agora, trouxe uma novidade, que foi a inversão do GRID. Quem andava lá, bem atrás, agora, vence corridas. E vice e versa. A dominadora Ferrari fez migalhas de pontos em quatro provas. Mas, fica uma lição: a importância de um ótimo projeto, de um ótimo carro, é fundamental. Pouco vale um excelente piloto. Há muito tempo, a F1 é assim. Muito tempo, mesmo...

IMPORTÂNCIA DO CARRO:

Vejam o caso de Jenson Button. Sem carro, ano passado, fez três pontos. Este ano, em quatro provas, três vitórias. Será que Button apreendeu a guiar agora? Ou será que o carro é muito mais importante do que o piloto?

ESTRATEGIA:

Vi criticas na imprensa brasileira sobre a estratégia de corrida de Barrichello e suas três paradas, no Bahrein. A F1 é risco, também. Se Barrichello não ganhou posições com a tática, também, não perdeu nenhuma. Portanto, não se pode dizer que tenha sido errada. O pior de tudo é ver alguns insinuarem novas “teorias conspiratórias”, onde Ross Brawn teria feito de propósito para beneficiar Button. Ora, deixem disto!! Brawn sequer garantiu dinheiro para a temporada inteira. Precisa de cada resultado para se garantir. Imaginem se dá um problema com Button e ele não termina a prova. Sinceramente, às vezes, o torcedor (digo torcedor, pois não acredito que alguém que conheça a F1, diga uma besteira igual) precisa enxergar o automobilismo como um grande negócio que é. E nele, o fundamental, é andar na frente. Pouco importa o nome e a nacionalidade do piloto.

UM TIRO E DOIS COELHOS:

Depois do que ouvi, na transmissão de domingo, empregaria “GB” como estrategista da Brawn e ficaria livre dele para sempre.

URUGUAIANA, 29 DE ABRIL DE 2009.