quarta-feira, 6 de maio de 2009

RESULTADO ESPERADO:

Não me surpreendeu a nova vitória de Jenson Button. Muito pelo contrário, pois já havia manifestado aqui, na edição passada, que a vitória de Sebastian Vettel tinha sido circunstancial, na China. Porém, o treinamento feito pela Toyotta e o segundo lugar conquistado pela Red Bull mostram que a concorrência está - a passos largos - de equilibrar a disputa. A McLaren também evoluiu com o difusor duplo e pode crescer. Registro negativo, mesmo, só para a Ferrari e para a BMW. Fiasco até agora.

FRACA:

Quem esperava uma prova equilibrada, cheia de bons momentos, teve uma terrível decepção, durante o GP do Bahrein. Depois dos primeiros pit-stops, pouco mudou na corrida. Button abriu vantagem, Vettel segurou o segundo lugar e Trulli contentou-se com o terceiro. Formou-se o podium e nada mais mudou.

VALOR DO CARRO:

Muita coisa tenta-se fazer pelo equilíbrio da categoria. Fórmulas mirabolantes que acabam sucumbindo as pranchetas dos engenheiros, que sempre encontram caminhos de burlar regulamentos ou criar soluções de forma a seus carros andarem na frente. Sempre foi assim. A temporada de 2009, até agora, trouxe uma novidade, que foi a inversão do GRID. Quem andava lá, bem atrás, agora, vence corridas. E vice e versa. A dominadora Ferrari fez migalhas de pontos em quatro provas. Mas, fica uma lição: a importância de um ótimo projeto, de um ótimo carro, é fundamental. Pouco vale um excelente piloto. Há muito tempo, a F1 é assim. Muito tempo, mesmo...

IMPORTÂNCIA DO CARRO:

Vejam o caso de Jenson Button. Sem carro, ano passado, fez três pontos. Este ano, em quatro provas, três vitórias. Será que Button apreendeu a guiar agora? Ou será que o carro é muito mais importante do que o piloto?

ESTRATEGIA:

Vi criticas na imprensa brasileira sobre a estratégia de corrida de Barrichello e suas três paradas, no Bahrein. A F1 é risco, também. Se Barrichello não ganhou posições com a tática, também, não perdeu nenhuma. Portanto, não se pode dizer que tenha sido errada. O pior de tudo é ver alguns insinuarem novas “teorias conspiratórias”, onde Ross Brawn teria feito de propósito para beneficiar Button. Ora, deixem disto!! Brawn sequer garantiu dinheiro para a temporada inteira. Precisa de cada resultado para se garantir. Imaginem se dá um problema com Button e ele não termina a prova. Sinceramente, às vezes, o torcedor (digo torcedor, pois não acredito que alguém que conheça a F1, diga uma besteira igual) precisa enxergar o automobilismo como um grande negócio que é. E nele, o fundamental, é andar na frente. Pouco importa o nome e a nacionalidade do piloto.

UM TIRO E DOIS COELHOS:

Depois do que ouvi, na transmissão de domingo, empregaria “GB” como estrategista da Brawn e ficaria livre dele para sempre.

URUGUAIANA, 29 DE ABRIL DE 2009.

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