quinta-feira, 29 de outubro de 2009



RUA:

Mais uma prova em pista de rua. Agora, a última da temporada, ocorre em Abu Dhabi. Ao exemplo de Valência, uma tentativa de uma “nova” Monte Carlo. Ninguém conhece a pista, ainda. Tem duas grandes retas e trechos mistos. E o privilégio de ser a última corrida do calendário. As equipes chegam lá descomprometidas, já que os dois principais resultados são conhecidos: Jenson Button é o novo campeão, e a Brawn GP a vencedora entre os construtores. A prova vale para os pilotos que não renovaram contrato, mostrarem serviço. É a última chance de arrumar um lugar para 2010.

AS TROCAS:

Aumentam a cada dia as informações sobre as trocas de equipes e pilotos para 2010. Tem até campeão sem emprego: Kimi Raikkonen. Definida entre as grandes somente a Ferrari que vai de Fernando Alonso e Felipe Massa. A McLaren ainda tem dúvida de quem será o companheiro de Lewis Hamilton. A Brawn provavelmente terá o campeão Jenson Button e o apoio fortíssimo da Mercedes. Há muitas vagas disponíveis, principalmente, nas novas equipes que não definiram seus pilotos.

PACTOS:

Se existe um pacto pouco democrático, este é o da “concórdia” que domina na F1. Cada alteração ou decisão terá que ter unanimidade. Falo nisto, pois é incompreensível que não seja liberada a participação da Sauber, no espólio da BMW, em 2010. Tudo porque Frank Williams velou. O veto sozinho de uma equipe pode atrapalhar um bom projeto. Atitude pouco aceitável numa categoria que perdeu muito prestigia com seus escândalos, o abandono de montadoras e mudanças constantes de regulamento.

AMEAÇAS;

Enquanto a Williams veta a Sauber, a Renault dá mostras de que ficará somente fornecendo motores. Quer sair da F1. Sair como saíram: Honda e BWM. Como a Toyotta sairá...

URUGUAIANA, 28 DE OUTUBRO DE 2009.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

DOUTRINAÇÃO GLOBAL:

Muitas pessoas que conheço deixaram de acompanhar automobilismo, quando da morte do Ayrton Senna, em maio de 1994. Não estavam ali, portanto, por gostarem de corridas de carro. Mas, pelo sentimento de “patriotismo” criado e elevado pela força da grande mídia nacional.
Era uma época em que o futebol estava em baixa e o “automobilismo” - com os títulos e as vitórias de Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet e Ayrton Senna – passou a gerar um grande interesse financeiro para a “grande” mídia.
Deste trio de ouro do nosso automobilismo, quem melhor se adaptou as exigências globais foi justamente Ayrton Senna. Virou um ídolo, quase que intocável, até hoje; principalmente, perante aquelas pessoas que acompanhavam o automobilismo por ocasião de termos um brasileiro vencendo. Insisto: pessoas que nada sabiam e nada sabem sobre esporte a motor.
Após este período, veio o mais grave! A “grande mídia” que praticamente doutrinou o “torcedor” brasileiro, incutindo os efeitos de Ayrton Senna, para não perder a gorda fatia de seus patrocinadores, passou a buscar um substituto. Um novo ídolo. Um novo herói para o automobilismo global.
Nosso último título correu em 1991. De lá para cá, a busca de um novo herói é constante. O primeiro deles foi Rubens Barrichello. Depois Felipe Massa. Nenhum deles atingiu o objetivo esperado, muito embora, as tentativas quase que desesperadas da grande mídia de fazê-los campeões. Muitas vezes, criando teorias conspiratórias como forma de proteção aos nossos pilotos.
No último sábado, após a conquista da “pole position”, por Rubens Barrichello, mais uma vez, o país foi contaminado por uma propaganda e uma euforia de que somos os melhores do mundo no automobilismo.
No domingo, veio à cruel e verdadeira verdade... Não se forja ídolos.

URUGUAIANA, 21 DE OUTUBRO DE 2009.



ABÓBORA:

A abóbora virou definitivamente uma carruagem. A gata borralheira saiu às pressas, quase ao apagar das luzes, do início da temporada da F1. Fez um novo campeão: Jenson Button. Fez um novo campeão de construtores: Brawn GP. De quebra, ainda conseguiu oito vitórias em 2009, metade das possíveis. Ninguém, em sã consciência, acreditaria neste feito. Nunca uma equipe novíssima tinha chegado à principal categoria do automobilismo mundial e surpreendido tanto.
Pouco dinheiro, muita criatividade, ótimos engenheiros e bons pilotos. E um estrategista. Segredos da vitória, dos títulos. Da surpresa.

HARAKIRI:

A Honda passou vários anos na F1. Investiu, sem limites. Nunca chegou perto do objetivo traçado. Veio a crise e uma saída “estratégica”. Uma desculpa para o seu fracasso. Deixou a espólio, quase na bancarrota. A abóbora transformou-se em carruagem. O que era para ser da Honda, foi para a Brawn. Hoje, aqueles que não acreditaram no projeto devem estar pensando no harakiri...

RECEITA:

A receita da Brawn GP para conquistar os dois títulos: duplo difusor traseiro. Foi o que desequilibrou a temporada até a sua metade. Oportunidade em que, tanto a equipe, como seu piloto abriram grande vantagem na tabela. Até os outros descobrirem o segredo.

CRIATIVIDADE:

O duplo difusor, decisivo na temporada, foi à arma da Brawn. Da prancheta de Adrian Newey surgiu o concorrente maior: Red Bull. As grandes favoritas ficaram para trás: Ferrari, McLaren, BMW e Renault. O mais incrível disto é que, Brawn e Red Bull, correram com motores Mercedes e Renault, respectivamente, e conquistaram mais destaques do que as equipes oficiais. Prova cabal da importância de um bom projeto. Da criatividade.

MALDADE:

Dizia o Barão de Itararé: “De onde menos se espera, daí é que não sai nada.” . Vocês sabem bem ao que me refiro...



URUGUAIANA, 21 DE OUTUBRO DE 2009.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

ÁGUAS DE MARÇO:

O GP Brasil era realizado no início da temporada da F1. As equipes ainda se aprontando para enfrentar o campeonato. As águas de março quase sempre eram despejadas sobre o nosso GP. A manutenção no calendário obrigou a mudança para o final, outubro/novembro, quando chove menos. Ganhamos o privilégio de decidir os últimos quatro campeonatos. De revelar novos campeões da F1, aqui, em Interlagos. Neste domingo, a prova não será tão decisiva como as dos últimos anos, porém, temos a chance de coroar o primeiro título de Jenson Button, embora a torcida brasileira deva “secar” o inglês, já que ainda tem chances na tabela o piloto da casa, Rubens Barrichello. Se decidido o título aqui empataremos com o Japão, lugar predestinado a formar campeões na F1.

CHANCES:

Para Jenson Button conquistar seu primeiro título basta-lhe subir ao podium. Em qualquer posição. Independentemente dos seus adversários: Barrichello e Vettel. Porém, a tarefa não será das mais fáceis, já que – na última parte do campeonato – o inglês não anda conseguindo mais do que um sexto lugar. Porém, é fundamental para os pretendentes a vitória. Nada mais interessa para Barrichello e Vettel.

MOMENTO:

No atual momento, quem tem mais chances de conquistar a vitória entre os pretendentes ao título é Sebastian Vettel. Vem de vitória no Japão, através um ótimo momento no campeonato e pode dificultar as coisas para a dupla da Brawn GP. Porém, todos eles terão adversários fortíssimos para a vitória no GP Brasil. Entre eles: Lewis Hamilton e Kiki Raikkonen.

UM:

O número UM é importante na F1. Principalmente, como estratégia de marketing. Para a Brawn GP é importante carregar em 2010, sua segunda temporada, o numero um e o campeão. Assim, se Rubens Barrichello realmente assinou com a Williams, certamente, não terá mais chances em 2009. É a lógica. Levo em conta que a Brawn ainda não tem um patrocinador forte para 2010 e as questões financeiras atrapalharam o desenvolvimento até em 2009, imaginem em 2010, sem dinheiro. Portanto, ter o campeão e o número UM pode significar vantagem na negociação de um grande patrocinador.

HABITAT:

Chuva, barro, falta de energia elétrica, não tiraram o brilho da última etapa do Kart Oeste. Ótimos pegas, bom público, novos campeões. Na foto, apareço no meu “habitat natural”.

URUGUAIANA, 14 DE OUTUBRO DE 2009.


FINAL DO KART – 2009

A festa começou com uma inédita carreata no sábado pela manhã, quando os kartistas desfilaram pelo asfalto das ruas do centro de Uruguaiana.
No domingo, a chuva torrencial, a inundação da pista, a falta de energia elétrica, não foram obstáculos para tirar o brilho da última etapa do KART OESTE 2009, no domingo, no Kart Internacional de Uruguaiana, localizado no Aeroclube.
A grande final do campeonato teve 26 karts, belíssimos “pegas”, bom público apesar do mau tempo e no final consagrou novos campeões nas três categorias.
Na categoria PRO-400: as duas baterias foram vencidas por Renato Reschke, que acabou, também, ficando com o título. Na categoria Speed “B”, ambas as baterias foram vencidas pelo são-borjense José Bola de Paula, que levou o título da categoria. Na Speed “A” as baterias foram vencidas pelo kartista Jonas Simon, de Venâncio Aires, mas o título ficou para o uruguaianense Clécio Bortolazzo.
A direção da prova coube a Bruno Briekoff e Edson Ricardo Trojan.

À noite a Associação Uruguaianense de Automobilismo recebeu kartistas, familiares e convidados para um jantar de entrega da premiação, realizado no Martin Pescador. Na oportunidade, foi exibido em telão, imagens da história do kart de Uruguaiana, sendo que usaram da palavra o Presidente Fabiano Piconi e o desportista Vicente Majó da Maia que contou a História do nascimento do Kartismo em Uruguaiana.
Receberam premiação especial os kartistas: Diego Kleinubing, revelação da temporada. A equipe Hotel Mainardi e o kartista Rodrigo Rosina.
A classificação final das categorias segue:

PRÓ 400:
1º) Renato RESCHKE, 65 PTS; 2º) José Armigliatto, 62 pts; 3º) José “bola” de Paula, 45; 4º) Diego Kleinubing, 37 pts e 5º) Jonas Simon, 33.
SPEED “B”:
1°) José “Bola” de Paula, 82 pts; 2º) Rodrigo Rosina, 71; 3º) Elísio Schimitt, 47;
SPEED “A”:
1º) Clécio Bortolazzo, 66 pts; 2º) Anderson Rocha, 59; 3º) José “Bola” de Paula, 58; 4º) Jonas Simon, 44.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009



DECIDIDO:

Faltando três provas para o termino do campeonato, dou a coisa como decidida. Teremos um novo inglês campeão do mundo: Jenson Button. Ninguém apostou nele no inicio da temporada, onde as “fichas” estavam depositadas em Felipe Massa, Lewis Hamilton e Robert Kubica. O resultado do GP Cingapura sacramentou o título do inglês. A vantagem em relação ao seu companheiro de equipe aumentou. De quebra, vem a noticia de que Barrichello não ficará na Brawn GP em 2010. Isto, deixa claro que as atenções serão exclusivamente ao título de Jenson Button de forma a manter o número um na equipe que terá apoio financeiro da Mercedes na próxima temporada.

INUSITADO:

Claro que uma reviravolta é matematicamente possível. Porém, improvável que Barrichello e Vettel consigam descontar em três a vantagem conseguida por Button. Tem gente que lembra a reação de Raikkonen, em 2007. Porém, hoje, posso ter dúvidas em relação à saída de pista de Hamilton, na entrada do box na China e do engate do “ponto-morto” após a largada no Brasil. Fatos que acabaram permitindo o título do finlandês. Depois da espionagem da McLaren, do muro de Cingapura, passei a acreditar em bruxas...

RUAS:

As corridas nas novas pistas de rua do calendário não agradam. Nem Valência e nem Cingapura. Muitos muros, telas de proteção, carrossel, sem pontos de ultrapassagens. A corrida de domingo foi das mais chatas do ano. Sobrou apenas o visual das imagens de cima da iluminada Marina Bay.

OSSO DURO:

Agora é definitivo! Fernando Alonso na Ferrari. Osso muito duro de roer para Felipe Massa. Talvez, o maior perdedor de 2009. Não se deu bem numa temporada que entrou como favorito. Sofreu acidente. Agora, vê seu espaço ser dividido com um bicampeão, cuja fama e o retrospecto todos conhecem...

JAPÃO:

O campeonato pode ser decidido no Japão. Basta que Button marque cinco pontos a mais que Barrichello. Pouco provável, mas possível. Se o campeonato fosse decidido pelo critério medalhas, já teríamos um novo campeão. Com as seis conquistadas até agora pelo inglês, não perderia mais o campeonato. A prova é na madrugada. Volta a Suzuka.

PALPITE:

O campeonato acaba no Brasil. Vitória de Barrichello e título para Jenson Button. Todos felizes para sempre....

URUGUAIANA, 30 DE SETEMBRO D3 2009.