quarta-feira, 28 de maio de 2008

O DIA MUNDIAL DA VELOCIDADE

Este texto publiquei no JORNAL PAMPIANO de Uruguaiana, sobre o DIA MUNDIAL DA VELOCIDADE. O nome da minha coluna sobre esportes em geral é ESPÍRITO ESPORTIVO

ESPIRITO ESPORTIVO – VICENTE MAJO DA MAIA

O DIA MUNDIAL DA VELOCIDADE

Gastei (ou aproveitei) o meu domingo, em volta da TV, assistindo as corridas mais tradicionais do automobilismo mundial. Primeiro, acordei com o GP Mônaco, da F1. Depois, à tarde, as tradicionais 500 Milhas de Indianapólis. No total, foram quase oito horas de degustação. Terminei o domingo realizado.
Não escondo de ninguém as minhas preferências pelo GP Mônaco. O charme todo, a badalação, o perigo. Na F1 atual com toda a tecnologia, é insano correr ali. Porém, mais insano é ver esta corrida ser tirada do calendário. Por tudo que ela significa para a F1 e para a história do automobilismo mundial.
Para os pilotos, correr em Monte Carlo é um tremendo risco. São pouquíssimos aqueles que gostam de passar duas horas (de corrida, fora os treinos), espremidos, entre as laminas, os muros de concreto. De passarem duas horas acelerando na reta curva da largada, contornando a Saint Devote, onde domingo tivemos um cemitério de carros e de erros de pilotos. De Subirem 78 vezes, o Cassino; se esfregando no muro de pedra da Mirabouex. Parando no Lewis (a curva mais lenta da F1). Acelerarem no túnel, contornando a “nova chicane”. A seqüência de baixa velocidade que passa pela Tabacaria, os “SS” das piscinas, Rascasse. A última é a Albert Nogets, em homenagem ao “inventor” do GP nas ruas do Principado.
As câmeras carregadas pelos carros, quase na visão do piloto, nos propiciam sentir, em casa, no sofá, a emoção que é este GP. Os mais audaciosos, se arriscam num Playstation, para sentirem a emoção de pilotar ali, num lugar onde não é permitido erros. Num lugar em a gloria é terminar a prova. O título é vencê-la! Disse título, pois vencer em Mônaco é quase igual a ser campeão, tal a importância dada a quem sobre ao podium ao lado do Rei Albert e das Princesas: Caroline e Stefani. Quem levanta o troféu, janta no palácio real, ao lado dos descendentes da dinastia dos Grimaldis. É a consagração para o vencedor.

Nas tradicionais 500 Milhas de Indianápolis, tudo começou como sempre. Nos mínimos detalhes. Trinta e três (33) carros no grid, hino americano, sendo que poucos minutos antes da largada, veio à matriarca da família George e determinou: “Senhoras e senhores, liguem os seus motores!” Sendo ovacionada por mais de 300 mil pessoas que se empilhavam nas arquibancadas do templo sagrado ao automobilismo norte-americano. Este ano, em especial, a Sra. George usou a saudação: “senhoras e senhores”, já que no grid tinham três mulheres, buscando colocar a imagem de seu rosto no consagrado troféu das 500 milhas. Ali, onde Emerson Fittipaldi colocou seu rosto duas vezes. Ele e o Helio Castroneves. Gil de Ferran, uma vez.
Foram 200 passagem, em alta velocidade, risco extremo, contornando as quatro curvas do oval e cruzando a linha de tijolos, que a tradição conserva como linha de chegada, até que Scott Dixon, um neozelandês, recebeu a bandeirada final, com o brasileiro Vitor Meira na sua cola.
Degustei tudo! Das 8:45 da manhã até às 17:45 da tarde, com um intervalo para o almoço...

URUGUAIANA, 28 DE MAIO DE 2008.

Um comentário:

Felipe Maciel disse...

Sem dúvida aquele domingo foi o dia internacional do automobilismo, duas corridaças tradicionalíssimas. Haja superlativo...

Quanto a vencer em Mônaco, eu jáposso ostentar algumas vitórias lá... no ps2, claro ;)