quinta-feira, 18 de outubro de 2007

ROTEIRO

BANDEIRADA – POR VICENTE MAJÓ DA MAIA

ROTEIRO:

Repercutiu na última BANDEIRADA, a questão do filme sobre a temporada de 2007, da F1. A grande dúvida do ali debatido, foi em relação a quem efetivamente merece o papel principal do filme. As opiniões foram diversas. Há quem defenda com hulhas e dentes, que o “mocinho” deve ser Lewis Hamilton. Afinal, postura de bom moço, jovem ídolo, que chegou assombrando recordes na categoria. Representa a novidade em detrimento ao grande número de competidores já bem conhecidos do público. Figura como leal a sua equipe. Contra somente o fato do envolvimento no caso de espionagem, fato que também seu adversário e companheiro Fernando Alonso se envolveu. Na defesa de Fernando Alonso, tem aqueles que o vêem como injustiçado dentro da equipe. Segundo estes, a McLaren e a FIA trabalham pelo título do novato Hamilton. Correndo por fora, os defensores de Kimi Raikkonen. Estes, baseiam seus argumentos no fato de que o finlandês, manteve-se a margem dos escândalos da categoria e teria sido a grande vitima da temporada. Por Justiça, que não foi feita pela FIA, mereceria o título.
Obrigatoriamente, o roteiro tem que ter o seu herói. Portanto, a escolha – no nosso caso, no nosso filme - é absolutamente pessoal. Uns usam o coração, outros a razão, mas todos nós temos a nossa preferência, para a parte final e mais importante, que é o título da temporada. Escolho a minha usando critério de Justiça!!

DEPENDÊNCIA:

O único que corre sem depender do resultado dos adversários é Lewis Hamilton. Basta chegar à frente de Alonso e de Raikkonen. No que se refere às chances do espanhol, por pura ironia, precisa da ajuda do próprio adversário Raikkonen (e dos demais é claro). Se Alonso vencer, alguém tem que evitar que Hamilton seja segundo. No que se refere às chances de Raikkonen, a coisa fica bem mais complicada. Precisa de uma dobradinha com Massa, para eliminar Alonso. Mas, precisa que outros (inclusive, Alonso), evitem que o inglês chegue entre os cinco primeiros. Para ser campeão, o finlandês precisa, portanto, da dobrainha da Ferrari (elimina Alonso) e que Hamilton seja sexto. É complicado. Não vi os prognósticos dos matemáticos, mas os percentuais de Hamilton devem ultrapassar os 80% de chances de ser campeão. Caberão para Alonso, 15% e para Raikkonen, 5%.

DEFININDO O DESTINO:

Entre as várias “variações” possíveis, existe uma em especial, na qual Fernando Alonso poderá definir o título em favor de Hamilton. Imaginemos, então: última volta. Raikkonen perto da linha de chegada, liderando, com o escudeiro Massa, em segundo. Hamilton passa, em sexto. Mantidas as posições, na soma total, Raikkonen ganharia o título em número de vitórias (6 x 4). Porém, em terceiro (ou quarto, ou quinto) corre Fernando Alonso. Como está a frente de Hamilton, pode colaborar com o título saindo da pista ou parando no box. Enfim, cedendo a posição para o companheiro de equipe. Assim, Hamilton poderia subir uma posição e – em quinto lugar – garantir o título por um ponto de vantagem sobre Raikkonen. Pergunta: Qual atitude tomaria Fernando Alonso podendo decidir quem será o campeão da temporada? Não dá para descartar a hipótese. Mas, quem quiser opinar, por favor, faça antes do GP (vmmaia@uol.com.br).

ATENÇÕES VOLTADAS:

Todas as atenções estão voltadas para Interlagos e para a definição do campeonato. O melhor dos últimos dez anos, no mínimo. As variações, a possibilidade de surpresas. Dizem que – desta vez – não haverá chuva. Porém, para que a prova fique sensacional, imaginemos a troca de motor de Hamilton, tendo que “pagar” a pena de 10 posições no grid. Sinceramente, se isto acontecer, será realmente uma prova sensacional. Boa prova para todos. Que vencem quem mais merecer.

URUGUAIANA, 17 DE OUTUBRO DE 2007.

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