quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

OS GARAGISTAS









Foto da LOTUS de Colin Chapman, um dos maiores GARAGISTAS da F1, pilotada por Emerson Fittipaldi, em 1971.







OS GARAGISTAS:

A política NEO “quebrou” o sistema financeiro mundial. Eles que pregaram a privatização de tudo que era do Estado, agora, por pura ironia do destino, recorrem ao próprio Estado, como tábua de salvação para a bancarrota. Por uma incrível coincidência, as coisas são semelhantes na F1, na categoria principal do automobilismo mundial.Os dirigentes da F1 badalaram as grandes montadoras; criaram várias regras de acesso à categoria, até uma taxa de adesão na ordem de 40 milhões de dólares. Praticamente, eliminaram as equipes pequenas, que fizeram a história da categoria.Festejaram e privilegiaram a chegada da Honda, Toyotta, Renault, Mercedes e BMW. Acharam que a paz estava selada para sempre e que todos seriam felizes com seus motorhomes, suas festanças (até orgias, como foi pego o Presidente Max Mosley, certa vez).Não é que agora, assustados com o pouco comprometimento das grandes montadoras e com a possibilidade real de deserção, eles – os festeiros – apuram-se a correr atrás de “novos” parceiros. Criam a regra do “motorzinho básico baratinho” e recorrem a quem? Aos velhos garagistas abandonados. Aqueles que faziam seus carros de forma quase artesanal, na garagem de casa, mas que marcaram e criaram a história da categoria.Assim como, os banqueiros, as seguradoras, as montadoras, recorreram ao “velho” Estado; na F1, os dirigentes tentam salvar a categoria, recorrendo aos maltratados garageiros, que desde a década de 50 até a entrada das “grandes” montadoras, mantiveram a F1.
Há um grande risco da F1 em seguir incentivando a participação das grandes montadoras. Assim como elas chegam, saem! Não tem qualquer comprometimento com a categoria. Se o negócio está bom, tudo com elas. Mas, a qualquer adversidade, fim da história.

Uruguaiana, 11 de dezembro de 2008.

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