quarta-feira, 29 de outubro de 2008

DECISÃO E PRESSÃO

DECISÃO E A PRESSÃO:

Sinceramente, não creio que a pressão será o fator de decisão, no campeonato. Qualquer praticante de esporte sofre a sua pressão. Uns mais outros menos. Imagine uma final de futebol, estádio cheio... Uma decisão no basquete americano. De outra medalha olímpica. Portanto, todo o atleta tem que estar preparado para viver este momento. Assim, não podemos dizer que o inglês Lewis Hamilton vai sentir mais pressão do que o brasileiro Felipe Massa, quando apagarem-se as luzes na largada do GP Brasil, domingo. Já estiveram em situações semelhantes em suas carreiras, nas categorias de base e mais jovens. Estão acostumados com a pressão, embora, quem sejamos nós para medi-las. Certamente, Hamilton vai ser arrojado como sempre e Massa usará a sua tática de corrida. O resultado final, dependerá de vários fatores. Porém, não vejo a pressão como fator relevante na hora da decisão.

CHANCES:

A Ferrari é o carro mais adequado a Interlagos. Venceu facilmente ano passado. Porém, a escolha dos pneus pode ser fator de equilíbrio nesta disputa, já que a McLaren tem se dado melhor com os compostos, principalmente, nas ultimas corridas (conjunto duro e semi-mole). Mas, tem o fator motor. Neste quesito a vantagem é da Ferrari, que corre com motores novíssimos e a McLaren terá que repetir o mesmo do GP China. Mais chance de quebra. Muito embora, para o piloto da McLaren não seja necessário correr riscos.

DEPENDÊNCIA:

Imaginam que Felipe Massa seja o vencedor do GP, para chegar ao título necessitaria da colaboração de mais quatro pilotos para preencher as posições a frente de Hamilton (2º, 3º, 4º e 5º lugares, deixando para o inglês o 6º). Na verdade, pelo que se viu no campeonato, não tem ninguém, exceto Raikkonen, que possa garantir a tarefa. Ambas as BMW e as Renault não têm força suficiente para derrotarem o inglês, sem o infortúnio. É melhor o brasileiro torcer pela quebra ou acidente do inglês.

PIZZA:

Depois do anuncio da FIA de que quer motores padronizados e quase monomarca na F1, houve manifestações da Ferrari e Toyota em abandonarem a categoria. Nos meus 38 anos acompanhando a categoria, já vi este filme muitas vezes. Basta uma discórdia e volta o papo de abandono da categoria. Desta vez, sei, a turma do Bernie Ecclestone foi longe demais. Motor padrão é exigir que as grandes montadoras do planeta usem equipamento produzido por terceiros. Uma heresia. Ninguém vai topar. A história do motor padrão e do abandono da categoria pelas montadoras, vai acabar como sempre: em pizza.

URUGUAIANA, 29 DE OUTUBRO DE 2008.

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