quarta-feira, 29 de outubro de 2008

AUTOMOBILISMO: ASSUNTO DO FINAL DE SEMANA

TEXTO PUBLICO NO JORNAL TRIBUNA (30/10/2008)

NÃO TEM OUTRO ASSUNTO:

No domingo, em Interlagos, se decide mais um mundial de F1. Será a final do 49º campeonato da história, que começo no dia 13/05/1950, em Silverstone, na Inglaterra. É a primeira vez, que um brasileiro decide “em casa”, o título da categoria. Tudo isto, não me sobra outro assunto para abordar aqui.
Todos sabem da minha paixão pelo automobilismo, acompanho a F1, desde 1971. Antes de termos o nosso primeiro campeão, o Emerson Fittipaldi (1972). Vi todas as corridas de Nelson Piquet, todas de Senna, todas de Michael Schumacher. Disse todas. Pois desde lá, não perdi nenhuma, de acompanhar ao vivo. Ininterruptamente. No início, escutava no rádio de pilha, na Globo do Rio, com narração do Jorge Curi, reportagem do húngaro Janos Langel e comentários do hoje meu amigo Celso Itiberê (colunista de automobilismo do Globo), o melhor dos melhores. Depois, veio o compacto, no Fantástico. Finalmente, em 1978, quando fui morar em Porto Alegre, passei a ver ao vivo as corridas nos domingos pela manhã. Lembro que o narrador era o Luciano do Vale. O Reginaldo Leme gatinhava nos comentários. Em 1984, já na era do vídeo cassete, passei a gravá-las. Todas, sem perder um detalhe. Finalmente, a F1 tornou-se um dos maiores espetáculos da terra. Cada corrida uma verdadeira obra de arte no colorido dos carros, dos motorhomes, da sofisticação dos autódromos, cuja arquitetura serve exemplo para outras grandes obras no planeta. Veja-se a que ponto chegou a F1, que corridas são realizadas à noite, com clarão de um dia, ao custo dos bolsos emergentes de Cingapura. Lá no longínquo, 1971, isto nunca me passou pela cabeça...

Depois de uma temporada com 17 corridas já disputadas, me encontro no aguardo da última (18ª). Cheio de expectativas, como se fosse à primeira. Depois de ter acompanhado 593 delas, de um total de 802, já realizadas desde 1950. Dado incrível para quem nasceu dez anos depois da criação da categoria. Talvez, poucos tenham isto no currículo, aqui no Rio Grande do Sul, quiçá até no Brasil. Uma doença, não nego, pois NADA me tira da frente da televisão, durante uma corrida de F1. Disse NADA.

Uruguaiana, 29 de outubro de 2008.

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