quarta-feira, 11 de junho de 2008

OS EFEITOS

OS EFEITOS:

A BMW vinha bem na temporada. Apresentou seu carro com vários apêndices, fez bons testes de pré-temporada, vinha colhendo resultados até o Canadá. Faltava a vitória. Ela veio com dobradinha e um domínio significativo e a liderança de Kubica no campeonato, o que é mais surpreendente até o momento. A dúvida, agora, é saber se a BMW veio para ficar. A dúvida é saber quais os efeitos desta vitória e da liderança do campeonato. Em dois aspectos, em especial: primeiro, a importância na elevação evidente da auto-estima da equipe; segundo, na reação de Kubica – agora – convivendo com a sua primeira vitória e com a liderança do campeonato.
Para a equipe o resultado significou um alivio. O fim do jejum. Para o piloto as coisas são bem mais complicadas, pois defende a surpreendente liderança do campeonato. As respostas, só na França...

OS EVENTUAIS:

Passo cada vez mais a defender as corridas nas pistas que são abertas uma vez só por ano, para as provas da F1. Vejam o seguinte: tivemos três provas realizadas em circuitos fechados (Austrália, Mônaco e Canadá) e que foram as três melhores provas até agora. Quando as corridas são realizadas em pistas abertas (e alguns casos de testes dos carros) são chatas e previsíveis. Espero ver boas corridas ainda este ano: Valência e Cingapura, ambas de rua. Certamente, teremos surpresas.

COISA DE GÊNIO:

Realmente, é coisa de gênio a regra de abrir o box para entrada e fechar o box para saída, quando da entrada do safety-car na pista. Não quero com isto absolver o Massa e o Fisichella (ano passado), nem o Hamilton (agora), ou qualquer outro que tenha “furado” o sinal. Mas, questiono a regra. Não é compreensível. E só está criando problemas, vejam o preço pago pelo Kimi Raikkonen, que estava tentando cumprir a regra. Se o objetivo de quem criou a regra é a segurança, pior ainda. O acidente dentro do box poderia ter conseqüências gravíssimas, já que ali circulam carros, combustíveis e, principalmente, pessoas.

BENZEDURA:

A Ferrari precisa de uma benzedura. Kimi Raikkonen, também. No GP de Mônaco deixaram seu carro sem as rodas. Agora, foi abalroado, por trás, como tinha feito com Adrian Sutil. Perdeu a liderança em duas provas. Já o Massa, deixou de ir ao podium, pois não funcionou a mangueira de injeção de combustível. Porém, fez uma baita corrida e uma ultrapassagem digna de registro, dupla: Barrichello e Kovalainen.

MELHOR:

Melhor corrida do ano. Sem dúvidas. Mas, ficou muito satisfeito de ver a BMW vencendo e outro piloto entrando (de mansinho) na luta pelas vitórias e quiçá título. Fica melhor assim a F1.

URUGUAIANA, 11 DE JUNHO DE 2008.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

PSICÓLOGO

PSICÓLOGO:

Não há como ignorar que Felipe Massa está em alta no campeonato. Recuperou-se de um inicio de erros, aproximou-se de seus principais rivais na luta pelo título. Soube administrar bem os equívocos do inicio da temporada, amadureceu e encontra-se preparado psicologicamente para enfrentar a luta pelo seu primeiro título. A recuperação foi elogiável, já que as criticas foram pesadas, após os erros cometidos, principalmente, na Malásia, quando – sozinho – pos fora um segundo lugar mais do que garantido. Recuperou-se na tabela de classificação e, agora, tem tudo para assumir, breve a liderança do campeonato.
Se o leitor deste espaço recordar, mencionei, antes do GP Espanha, que a missão de Massa seria chegar ao fim da prova, marcar pontos, não se preocupar exclusivamente em vencer a corrida. Precisava ele, naquele momento, de afirmação. Pois a partir daquela prova (e do meu texto) as coisas se transformaram para o brasileiro. Talvez, o pior já tenha passado. Agora, é saber administrar a face do campeonato e não se deixar envolver em teorias conspiratórias e outros atos da imprensa que não serve para absolutamente nada.
Preocupando-se com a pilotagem, o brasileiro tem chance sim de conseguir o seu primeiro título.

DONO:

Tem alguns jogadores de futebol que precisam se sentir os donos do time para render o seu potencial. Não sabem dividir espaço com outra(s) estrela(s). Acho que trazendo este exemplo para a F1, podemos identificar o que acontece com Nelson Ângelo, hoje na Renault. Veja-se que ele sempre teve a atenção completa em toda a sua carreira no automobilismo. Teve, muitas vezes, equipe própria, com atenção total de engenheiros e mecânicos. Mostrou resultados. Não podemos esquecer que rivalizou com Lewis Hamilton na G2, lutando até a última prova pelo título. Foi vice. Portanto, não se trata de um piloto sem condições para estar na F1. Porém, parece que está encontrando dificuldades de enfrentar e conviver com o bicampeão Fernando Alonso que tem todas as atenções da equipe. Portanto, parece que Piquet não está conseguindo lidar com outro camisa dez, dentro da equipe. Não está se sentido o dono do pedaço. Daí, não consegue render o seu potencial.

TROCAS:

Muita especulação sobre troca-troca de pilotos em meio à temporada. Passo agir como São Tomé: só vendo para crer. No caso de Piquet, por exemplo, deve ser considerado os patrocínios levados pelo piloto para a Renault. Portanto, não deve ser fácil de desmanchar estes contratos. Desta forma...

MONTREAL:

Outra baixa pista, é esta da Ille de Notre Dame, em Montreal, Canadá, onde teremos – domingo a tarde – mais um etapa do mundial. Quem já pilotou em Playstation, nesta pista, pode verificar que são longas retas seguidas de freadas fortíssimas. Circuito exigente para motores e freios. Nos dois grampos, existe possibilidade de ultrapassagens. Porém, existem trechos perigosos, com um – em especial – que quase vitimou Robert Kubica, ano passado. Bem se vendo que o polonês bateu no quase parado Trulli.

URUGUAIANA, 04 DE JUNHO DE 2008.